segunda-feira, 3 de março de 2008
Mágias africanas
VUDU:
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Desde os tempos antigos a magia negra é utilizada por pessoas que desejam realizar o mal para seus inimigos. Bonecos, objetos pessoais, partes do cabelo são recolhidos para o ritual.
Na escola de Mirela, de apenas 16 anos, a professora de história pediu para que seus alunos fizessem um trabalho sobre antigos rituais. Vários temas foram passados e o preferido dela foi o Vudu. Já ouviu falar disto, mas nunca se interessou em pesquisar mais afundo. Junto com mais três amigos: Peter, Juliana e Andréia foram para a biblioteca juntar material para o trabalho.
A pesquisa foi frustrante já que nada de muito interessante foi encontrado, com isso decidiram ir para a casa de Juliana para procurar algo mais interessante na internet.
Foi tudo muito rápido, logo nas primeiras páginas de busca encontraram um site que parecia especificar bem o que eles queriam. Reuniram um bom número de informações, mas ainda queriam algumas imagens especiais.
Com um pouco mais de esforço acharam um site diferente e que chegava a dar medo em algumas pessoas.
Para entrar era necessário a inclusão de um cadastro no qual vários dados pessoais eram pedidos.
Peter quis demonstrar coragem e fez seu cadastro, em poucos instantes recebeu a confirmação no seu e-mail com seguinte mensagem:
"Bem vindo ao Vudu, novos caminhos serão descobertos a partir deste site. Você vai se impressionar com o que verá em nossas páginas.
Sua senha é o nome daquele que você ama ao contrário"
A interpretação desta mensagem poderia ser feito de diversas maneiras, Peter ficou pensativo e logo colocou o nome de uma menina de sua sala, escrito ao contrário. No site a senha foi inválida e de pois de dezenas de tentativas ele chegou em seu próprio nome que escrito ao contrário seria RETEP, tudo aquilo parecia uma brincadeira interessante e diferente.
Analisando o conteúdo do site acharam todas as dicas interessantes, e isto acabou despertando a imaginação deles.
O vudu poderia ser interessante para conseguir as coisas de maneira fácil e rápida. Mirela foi a primeira a se empolgar e logo estava querendo ¿brincar¿ com uma colega de sala de quem ela não gostava.
Peter, Andréia e Juliana não gostaram muito da idéia, mas por curiosidade aceitaram fazer o desafio.
No dia seguinte conseguiram pegar alguns objetos pessoais da menina e correram para a casa ligar o computador e novamente com o login e senha de Peter, conseguiram entrar no site, ali teriam instruções de como realizar o ritual.
Era algo novo e divertido. Seguiram passo a passo: Fizeram um boneco com argila e nele amarraram os objetos da menina. Depois de uma estranha oração, fizeram com o boneco o que eles desejariam que acontecesse com a menina.
No começo fizeram coisas simples, era bem divertido, no final de tudo Mirela brincou, duvidando do poder da magia, disse que iria arrancar a cabeça da boneca para ver se tudo aquilo era mesmo verdade.
Depois de tudo Peter voltou a checar seu e-mail e viu uma nova mensagem que estava escrito: "Vocês estão dentro do jogo, preparem-se para as novas etapas".
Aquilo parecia um spam, como de costume não deram importância.
No dia seguinte, na escola, não se falava em outro assunto a não ser a morte de Amanda, a menina que aquele grupo de amigos não gostava.
Ao saberem da notícia, Peter, Mirela, Andréia e Juliana ficaram impressionados e ao mesmo tempo preocupados, pois pensavam que seria culpa deles. A situação ficou ainda pior quando tomaram conhecimento do motivo de sua morte. Havia sido atropelada na tarde anterior e que seu corpo estava dilacerado, principalmente a cabeça que despregou do restante do corpo.
Os quatro amigos estavam apavorados, sentiam-se culpados pelo ocorrido.
Na escola, todos ficaram aterrorizados com os acontecimentos. Por estar difícil conseguir concentração, o diretor decretou luto e dispensou seu alunos.
Peter sugeriu que eles se reunissem de novo.
Novamente no site, Peter digitou sua senha, que por diversas vezes acusou como inválida. Checando seu e-mail leu novamente a mensagem sobre a senha, mas desta vez, foi interpretada de modo diferente. Pois ¿Amar ao contrário¿ significa odiar, e ao que tudo indicava a senha para a entrada no site teria mudado, e o nome seria então Amanda.
Todos estranharam este fato, e gelaram ao visualizar a página novamente.
As fotos do acidente de Amanda estavam on-line, as cenas foram tão fortes que logo Mirela e Juliana começaram a passar mal.
No rodapé da página, mais uma mensagem estava sendo exibida: ¿O Vudu agradece a atenção e o sucesso do ritual de vocês. Uma nova tarefa será passada em breve¿.
Peter tentava cancelar seu cadastro, mas a página dava erros constantemente. Todos ficaram intrigados e cada um decidiu ir para sua casa, marcaram um novo encontro na noite do dia seguinte.
Desta vez a situação ficou mais graves, pois as instruções do site diziam que cada um deveria fazer um boneco de si próprio. O medo foi maior que a coragem de deixar a brincadeira.
Os garotos estavam preparados para o ritual de vudu, reunidos em circulo e sentados no chão. O celular de Peter toca, ao atender uma voz estranha diz que a brincadeira iria começar e que receberia em seu e-mail várias instruções para concluir o processo.
Peter recebeu o primeiro e-mail, nele dizia que Juliana deveria apertar a perna de seu boneco. A menina obedeceu, e ao fazer isto sentiu uma enorme dor em sua perna.
Logo após isto, um novo e-mail chegou e desta vez pedia para que eles trocassem de boneco.
Novos e-mails foram chegando e a brincadeira continuava igual até o momento em que novas instruções diziam que Mirela deveria furar um dos braços do boneco que correspondia à Peter.
Mirela realizou o pedido, com uma agulha fez um orifício no braço direito do boneco. Instantaneamente Peter começou a sentir forte dores. Um machucado começou a se formar sobre a sua pele.
O garoto entrou em pânico ao ver o que acontecia com ele, Mirela chorava muito mas algo fazia com ela não parasse .
Peter começava a sangrar muito, os amigos ficaram desesperados, e misteriosamente ninguém conseguia se mexer. Os braços e pernas estavam imóveis.
A situação ficou desesperadora, o Vudu era pior do que eles poderiam imaginar. O que era para ser um simples trabalho de escola, tornou-se uma experiência mortal.
Pouco a pouco eles foram se mutilando. Nada e ninguém fazia com eles parassem.
O site de onde eles foram induzidos ao ritual, não podia ser acessado novamente. Sempre aparecia como inexistente.
Na roda, muito sangue permanecia no chão, um cenário pavoroso estava criado naquele ambiente.
Mirela, teve parte de seu rosto desfigurado, Peter perdeu seu braço, Juliana não poderia andar mais e Andréia ficou cega e sem movimentos na mão esquerda.
Um ano se passou os quatro amigos nunca mais se falaram. Cada um seguiu seu caminho.
Apenas um fato se tornou intrigante, a professora deles estimulava seus alunos aos trabalhos sobre vudu.
Tempos depois aquele mesmo site retornou, e várias pessoas diziam que ele pertencia à uma mulher muito inteligente que se dedicava a ensinar crianças.
Mágia Yorubá
ágia Yorubá, ouMágias africanas:
Yurubá: Conjunto de palavras e dialetos africanos:
Cancomblé:
O Candomblé, em sua essência Yorùbá foi deturpando-se no geral com o passar dos séculos, desde a chegada dos primeiros negros oriundos da África, particularmente da Nigéria e do Dahomé (a atual República Popular de Benin), sendo que os de origem Yorùbá foram dos últimos a chegarem ao Brasil, já próximo ao término da escravidão. Por sua diferença de maneiras (embora se diga que não) foram aproveitados em grande número como escravos domésticos, pois eram considerados mais refinados. Mas, com a sua adaptabilidade do tão conhecido jeitinho brasileiro, moldou-se segundo a nossa personalidade, adaptando-se e forjando-nos como Afro-brasileiros, para nos classificarmos, se assim se pode dizer. A nossa religião é uma das mais belas e originais manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuanças com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem também própria e particularizadas, apesar de variada. A Linguagem Oral: através da qual se expressa os orins (cânticos), àdúràs (rezas), Ofos (encantamentos) e oríkìs (louvações). É através dela que se conversa com os Òrìsàs. Nossa religião é eminentemente de transmissão oral, e a despeito disso, preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia com sua língua. litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo, pelas pessoas mais proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito. A língua oficial nos cultos Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà, é o Yorùbá, que apesar disso é também muito utilizada nos cultos de origem Angola e Jeje, que são oriundos de países e culturas diferentes. Apesar de pouco conhecido pela grande maioria dos adeptos da religião, o yorùbá é amplamente falado de maneira empírica apenas mecânica e meramente Mimética, repetindo-se o que foi dito e decoradoanteriormente.
Diz algumas pessoas, que o Yorúbá é uma língua morta e está para o culto aos Òrìsà assim como o Latin está para o Catolicismo. Mas, isso é um engano, yorùbá é uma língua viva e dinâmica e é falado ainda nos dias atuais por cerca de 20 a 25% da população da Nigéria e possui elevado número de dialetos, cuja língua oficial é o Inglês, introduzido ali pelos colonizadores. No Benin, são mais ou menos 20 a 25% também de sua população, dentre outrostantos dialetos, que falam o Yorùbá como sua primeira língua ou segunda, dependendo do aculturamento. O Yorùbá é a primeira língua de aproximadamente 30 milhões de Africanos Ocidentais, e é falada pelas populações no Sudoeste da Nigéria, Togo, Benin, Camarões e Serra Leone.
A língua também sobreviveu em Cuba (onde é chamada de Lukumi) e no Brasil (onde é chamada Nagô), termo que inicialmente era usado pejorativamente, querendo significar "gentinha, gentalha, ralé".
À parte de vários dialetos, existe o Yorùbá padrão, que é usado para. propósitos educacionais, (e.g., em jornais, revistas, no rádio, TV e em) (escolas). Esta forma padrão é compreendida por oradores dos vários dialetos que atuam como tradutores do Yorùbá oficial para o dialetal e vice-versa. No Brasil o interesse pelo Yorùbá dá-se principalmente entre as pessoas adeptas da Religião dos Òrìsà, que recebe o nome genérico e popular de Candomblé, não importando a origem se Yorùbá, Fon (Jeje) ou Bantu (Angola).
O Candomblé nasceu da necessidade dos negros escravos em realizarem seus rituais religiosos que no princípio eram proibidos pelos senhores de escravos. E para burlar essa proibição, os negros faziam seus assentamentos e os escondiam, preferencialmente fazendo um buraco no chão, cobrindo-os e por cima colocavam e dançavam para seus Òrìsà, dizendo que estavam cantando e dançando em homenagem àquele santo católico; daí. nasceu o sincretismo religioso, que foi abandonado mais tarde pela maioria dos adeptos do Candomblé tradicional, com o "término" da escravidão e mais concretamente quando o Candomblé foi aceito como religião com a liberdade de culto garantida pela Constituição Brasileira. À primeira vista para os leigos, o Candomblé é uma coisa só. Mas, não é bem assim. Existem vários grupos, onde o mais expressivo, sem dúvida, é o grupo Yorùbá (na atualidade). Na época do tráfico de escravos, vieram muitos negros oriundos de Angola e Moçambique: os Bantos, Cassanges, Kicongos, Kiocos, Umbundo, Kimbudo, de onde se originou o “Candomblé Angola”, facilmente reconhecido por quem é da religião, pela maneira diferente de falar, cantar, dançar e percutir os tambores, o que é feito com as mãos diretamente sobre o couro com ritmos e cadências próprios, alegres e ligeiros.
É o Candomblé de onde se originou o Samba, que tomou emprestado o próprio nome, que em Kimbundo significa "oração". É também origem do "Samba de roda", que era feito como recreação, principalmente pelas mulheres, após os afazeres rituais, dançando e cantando dizeres em sua maioria jocosos e galhofeiros. Mais tarde assimilado pelo Samba de Caboclos, aí já em sua versão mais “abrasileirada” como um culto ameríndio que era feito pelos Caboclos, aí já incorporados em seus "cavalos" e já em idioma aportuguesado com versos chamados de "sotaque". Isto, porque quase sempre eram parábolas ou charadas que poucos entendiam. muito em voga ainda hoje.
Acha-se que este Samba de Caboclos foi o embrião da Umbanda, onde nasceu o culto aos Òrìsà cantado e falado em português, fazendo assim a nacionalização dos Òrìsà Africanos, que algumas pessoas faziam objeção por causa de ter uma língua estrangeira não bem aceita pelos já nascidos brasileiros e que foram perdendo os conhecimentos da língua ancestral, principalmente por causa do analfabetismo. A Umbanda é a mistura do Culto aos Òrìsà, do Catolicismo e do Kardecismo, resultando numa religião Brasileira, que hoje em dia é até exportada para os países vizinhos, principalmente os do cone Sul, como Argentina, Paraguai e Uruguai, onde existem até confederações de Umbanda e onde o Brasil está para eles, assim como a África está para nós. A origem da força cultura Yorùbá foi demonstrada em uma das guerras havidas entre o Dahomé e a Nigéria, mais ou menos no meado para o final do século dezesseis, em que o Estado de Kétu, teve praticamente metade do seu território anexado ao Dahomé como espólio de guerra após sua população juntamente com a de Meko, ter sido saqueada e parte dela capturada como escravos perdurando essa anexação militar até os dias atuais. Como Resultado dessa guerra, muitos foram capturados de ambos os lados, e foram vendidos aos Portugueses como escravos. Foi quando, já ao final do século, começaram a chegar tantos os escravos de origem Ewe-Fon, conhecido popularmente por Jejes, oriundos do Benin, antigo Dahomé, que foram capturados pelos Yorùbá, com a recíproca, dos Yorùbá capturados pelos Ewe-Fon, também vendidos como escravos. Os Yorùbá em sua maioria, eram oriundos de Kétu, o território anexado. Mas, também vieram negros trazidos de outras áreas Yorùbás como Òyó, Ègbá, Ilesá, Ifón, Abeokuta, Iré, Ìfé, etc. Estes dois grupos (Jeje e Yorùbá) quando chegaram ao Brasil, continuaram inimigos ferrenhos e não havia hipótese de um aceitar o outro. Mas, eram indivíduos de tradições sociais religiosas tribais, e não podiam sobreviver sozinhos. Então procuraram unirem-se em virtude da condição cativa de ambos. Essa união era difícil tanto pela barreira do idioma, pois eram vários e diferentes em dialetos, quanto pelo ódio que alguns nutriam contra os outros do que os Senhores de escravos e Feitores se aproveitavam em tirar proveito para fomentar mais ainda a animosidade entre eles. Pois, os Senhores de Engenho principalmente, temiam a união do grande número de escravos, o que certamente poderia colocar em risco a segurança dos brancos. Então, quando eles permitiam que os negros se reunissem no terreiro para cantar e dançar, estimulava-lhes a que fizessem "rodas" separadas, somente com seus compatriotas, onde os Kétu não misturavam-se aos Jejes nem Bantu e assim também os outros faziam o mesmo eles próprios com relação aos outros. Mas, com o tempo essa tática foi deixando de dar certo, porque os negros entenderam que sua maior fraqueza era a sua própria desunião, e resolveram se unir para facilitar um pouco à sobrevivência, unindo-se contra o inimigo comum, isto é, o branco. Isso é mais evidenciado com a instituição dos quilombos, que eram focos de resistência dos negros fujões, e que não se curvavam à escravidão. Na nossa religião nós cantamos, oramos e, até dialogamos em Yorùbá com pequenas frases e termos usuais do dia-a-dia nas casas de culto com a assimilação de um até vasto vocabulário, se levarmos em consideração as condições em que se deu a preservação disto. É de suma importância às linguagens da nossa religião, sobretudo, a oral porque a entendendo, entenderemos os rituais e poderemos nos comunicar com os nossos Òrìsà e Ancestrais, através da palavra. Se não souber falar Yorùbá a pessoa falará aos emane em português mesmo, os Òrìsà ouvirão e atenderão da mesma maneira. O que é mais importante é a fé e a sinceridade com que nos dirigimos a eles. Contudo, se nos comunicamos em Yorùbá é muito mais gratificante a emoção que sentimos ao saber que o fazemos da mesma maneira que os nossos Ancestrais faziam há vários séculos atrás em nossa Língua Mãe, religiosa. Então, nós louvamos, elogiamos, exaltamos, enaltecemos os imalè noculto aos Òrìsà, no Candomblé, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos antepassados, negros oriundos de vários lugares d'África, atravessando os séculos e chegando até nossos dias. As cantigas são um modos de enaltecer e glorificar fatos e feitos relacionados com determinado Òrìsà, reportando-se à mitologia daquele Òrìsà. Louvar é: Elogiar, dirigir louvores, exaltar, enaltecer, etc. Isto nós o fazemos diuturnamente no culto aos Òrìsà, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos ancestrais negros que nos ensinaram como fazê-lo através dos séculos desde então, da mesma maneira como eles o faziam. Essas maneiras são variadas e diversas embora, aos olhos do leigo possa parecer tudo a mesma coisa .Dessas maneiras, a mais popular é o ORIN (a cantiga-música). Com ela nós ouvamos qualquer orixá ou imalè (espíritos). As cantigas são modos de enaltecer e glorificar os fatos e feitos relacionados a determinado Òrìsà ou imalè, reportando um acontecimento ligado à mitologia daquele Òrìsà. Portanto, aprender a cantar corretamente e rezar para louvar os Orixás faz-se necessário inclusive, para um maior conhecimento e entendimento das suas lendas.
Início:
resolvemos cada dia mais aprimorar mais ainda nosso portal, tentando dar o melhor para a nossa religião.
E também tentar esclarecer as muitas diferenças que existem entre a religião afro descendente brasileira o “ O Candomblé “ com a religião de Matriz Africana.
Tentar esclarecer que apesar do Candomblé ser rico e belo em sua própria diversidade, muitas das coisas de sua própria cultura religiosa, acabou se perdendo em muito na sua própria essência.
Entao esse é um dos bom motivos para que a Equipe Orixás vem tentanto de alguma forma dar um pouco mais de esclarecimentos nessa questão.
O MITO DA CRIAÇÂO
Cada Odù aponta uma direção, um ponto de partida e seu término, alterando e influenciando dia após dia a conduta de tudo que possui vida. Os 16 odus principais correspondem aos pontos de adoração do Universo, que são os pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais. Itan Dídá Àiyé (história da criação do mundo) Ofun Meji criou o Universo.
Após os primeiros momentos da formação do cosmos Ofun Meji deu início à geração de seus filhos (os demais odus). O primogênito foi Oyeku Meji, pois no princípio só havia trevas. Em seguida criou Ejiogbe (segundo alguns relatos ambos nasceram no mesmo dia). Após conceber Oyeku Meji, Ofun Meji entrega-lhe seu cetro real para que com o mesmo abrisse o PORTAL DA LUZ. Tão logo o mesmo fosse aberto surgiria a luz e a mesma se dispersaria pelo Universo, iluminando-o em todas as direções. Ofun Meji recomendou a Oyeku Meji abstinência ao emu.
Certo dia Oyeku Meji ao retornar de suas ocupações dispersou-se de seu irmão e embriagou-se com emu, desobedecendo as determinações do pai. Ejiogbe sentiu falta do irmão e retornou pelo caminho percorrido, encontrando-o embriagado e adormecido. Por mais que tentasse não conseguiu acordá-lo.
Em face disso Ejiogbe recolheu o cetro real e retornou sozinho ao Orun, onde Ofun Meji os aguardava. Tão logo chegou o pai perguntou:
"Onde está teu irmão, o guardião do cetro que conduzes?" "Ele bebeu emu em excesso e adormeceu. Tentei acordá-lo em vão. Como era hora de retornar, resolvi eu mesmo trazer o cetro real."
"Tu não bebeste?"
"Não! Sabes que não desobedeço às tuas ordens, meu pai." "Sendo assim confiarei a ti a guarda do cetro real. Tu substituirás teu irmão a partir deste instante."
Ao se recuperar da embriaguez e sentir a falta do cetro real, Oyeku Meji retornou ao Orun totalmente desnorteado. Ao cruzar os umbrais do orun foi interpelado por seu pai:
"Por que me desobedeceste, meu filho?"
"Não resisti ao desejo veemente do emu, e o pior é que não sei onde deixei o vosso cetro, e nem onde está meu irmão."
"Felizmente ambos não estão perdidos. Teu irmão recolheu o cetro real e o trouxe de volta para mim. Devido ao teu procedimento, de hoje em diante estarás subordinado a teu irmão mais novo."
A partir daí é que Ejiogbe passou a ocupar o primeiro lugar por ordem de chegada ao Aiye.
Oyeku Meji resignou-se a seguir fielmente Ejiogbe, o qual, piedoso suplicou ao pai:
"Oyeku Meji é meu irmão mais velho, e face a sua fraqueza e desobediência tornou-se meu servo, o que me entristece. Seria possível dar a ele a guarda das noites e das trevas, uma vez que confiaste a mim os dias e a luz?"
Com pena, Ofun Meji confiou a Oyeku Meji a vigília da noite, das trevas, do sono e da insônia, enfim a guarda de tudo que ocorre à noite, seja na terra, no ar ou nas águas.
Mais uma vez Ofun Meji chamou Ejiogbe a sua presença e o encarregou de disseminar a luz aos mais longínquos recantos do Universo, criando assim as estrelas. Deu-lhe como auxiliar Èsù (por isso Exu percorre os quatro cantos do mundo com seu ogó).
As determinações foram cumpridas, ficando do alto do céu o sol a reinar sobre os dias e a lua sobre as noites, e as estrela a brilhar nas madrugadas.
Yurubá: Conjunto de palavras e dialetos africanos:
Cancomblé:
O Candomblé, em sua essência Yorùbá foi deturpando-se no geral com o passar dos séculos, desde a chegada dos primeiros negros oriundos da África, particularmente da Nigéria e do Dahomé (a atual República Popular de Benin), sendo que os de origem Yorùbá foram dos últimos a chegarem ao Brasil, já próximo ao término da escravidão. Por sua diferença de maneiras (embora se diga que não) foram aproveitados em grande número como escravos domésticos, pois eram considerados mais refinados. Mas, com a sua adaptabilidade do tão conhecido jeitinho brasileiro, moldou-se segundo a nossa personalidade, adaptando-se e forjando-nos como Afro-brasileiros, para nos classificarmos, se assim se pode dizer. A nossa religião é uma das mais belas e originais manifestações de espiritualidade, com um vasto e riquíssimo naipe de nuanças com personalidade, feição e expressão próprias, traduzidas em linguagem também própria e particularizadas, apesar de variada. A Linguagem Oral: através da qual se expressa os orins (cânticos), àdúràs (rezas), Ofos (encantamentos) e oríkìs (louvações). É através dela que se conversa com os Òrìsàs. Nossa religião é eminentemente de transmissão oral, e a despeito disso, preservaram grande parte dos seus rituais, cânticos e liturgia com sua língua. litúrgica falada quase que fluentemente em seu bojo, pelas pessoas mais proeminentes, mas, infelizmente em número bem restrito. A língua oficial nos cultos Kétu, Ègbá, Ifón e Ìjèsà, é o Yorùbá, que apesar disso é também muito utilizada nos cultos de origem Angola e Jeje, que são oriundos de países e culturas diferentes. Apesar de pouco conhecido pela grande maioria dos adeptos da religião, o yorùbá é amplamente falado de maneira empírica apenas mecânica e meramente Mimética, repetindo-se o que foi dito e decoradoanteriormente.
Diz algumas pessoas, que o Yorúbá é uma língua morta e está para o culto aos Òrìsà assim como o Latin está para o Catolicismo. Mas, isso é um engano, yorùbá é uma língua viva e dinâmica e é falado ainda nos dias atuais por cerca de 20 a 25% da população da Nigéria e possui elevado número de dialetos, cuja língua oficial é o Inglês, introduzido ali pelos colonizadores. No Benin, são mais ou menos 20 a 25% também de sua população, dentre outrostantos dialetos, que falam o Yorùbá como sua primeira língua ou segunda, dependendo do aculturamento. O Yorùbá é a primeira língua de aproximadamente 30 milhões de Africanos Ocidentais, e é falada pelas populações no Sudoeste da Nigéria, Togo, Benin, Camarões e Serra Leone.
A língua também sobreviveu em Cuba (onde é chamada de Lukumi) e no Brasil (onde é chamada Nagô), termo que inicialmente era usado pejorativamente, querendo significar "gentinha, gentalha, ralé".
À parte de vários dialetos, existe o Yorùbá padrão, que é usado para. propósitos educacionais, (e.g., em jornais, revistas, no rádio, TV e em) (escolas). Esta forma padrão é compreendida por oradores dos vários dialetos que atuam como tradutores do Yorùbá oficial para o dialetal e vice-versa. No Brasil o interesse pelo Yorùbá dá-se principalmente entre as pessoas adeptas da Religião dos Òrìsà, que recebe o nome genérico e popular de Candomblé, não importando a origem se Yorùbá, Fon (Jeje) ou Bantu (Angola).
O Candomblé nasceu da necessidade dos negros escravos em realizarem seus rituais religiosos que no princípio eram proibidos pelos senhores de escravos. E para burlar essa proibição, os negros faziam seus assentamentos e os escondiam, preferencialmente fazendo um buraco no chão, cobrindo-os e por cima colocavam e dançavam para seus Òrìsà, dizendo que estavam cantando e dançando em homenagem àquele santo católico; daí. nasceu o sincretismo religioso, que foi abandonado mais tarde pela maioria dos adeptos do Candomblé tradicional, com o "término" da escravidão e mais concretamente quando o Candomblé foi aceito como religião com a liberdade de culto garantida pela Constituição Brasileira. À primeira vista para os leigos, o Candomblé é uma coisa só. Mas, não é bem assim. Existem vários grupos, onde o mais expressivo, sem dúvida, é o grupo Yorùbá (na atualidade). Na época do tráfico de escravos, vieram muitos negros oriundos de Angola e Moçambique: os Bantos, Cassanges, Kicongos, Kiocos, Umbundo, Kimbudo, de onde se originou o “Candomblé Angola”, facilmente reconhecido por quem é da religião, pela maneira diferente de falar, cantar, dançar e percutir os tambores, o que é feito com as mãos diretamente sobre o couro com ritmos e cadências próprios, alegres e ligeiros.
É o Candomblé de onde se originou o Samba, que tomou emprestado o próprio nome, que em Kimbundo significa "oração". É também origem do "Samba de roda", que era feito como recreação, principalmente pelas mulheres, após os afazeres rituais, dançando e cantando dizeres em sua maioria jocosos e galhofeiros. Mais tarde assimilado pelo Samba de Caboclos, aí já em sua versão mais “abrasileirada” como um culto ameríndio que era feito pelos Caboclos, aí já incorporados em seus "cavalos" e já em idioma aportuguesado com versos chamados de "sotaque". Isto, porque quase sempre eram parábolas ou charadas que poucos entendiam. muito em voga ainda hoje.
Acha-se que este Samba de Caboclos foi o embrião da Umbanda, onde nasceu o culto aos Òrìsà cantado e falado em português, fazendo assim a nacionalização dos Òrìsà Africanos, que algumas pessoas faziam objeção por causa de ter uma língua estrangeira não bem aceita pelos já nascidos brasileiros e que foram perdendo os conhecimentos da língua ancestral, principalmente por causa do analfabetismo. A Umbanda é a mistura do Culto aos Òrìsà, do Catolicismo e do Kardecismo, resultando numa religião Brasileira, que hoje em dia é até exportada para os países vizinhos, principalmente os do cone Sul, como Argentina, Paraguai e Uruguai, onde existem até confederações de Umbanda e onde o Brasil está para eles, assim como a África está para nós. A origem da força cultura Yorùbá foi demonstrada em uma das guerras havidas entre o Dahomé e a Nigéria, mais ou menos no meado para o final do século dezesseis, em que o Estado de Kétu, teve praticamente metade do seu território anexado ao Dahomé como espólio de guerra após sua população juntamente com a de Meko, ter sido saqueada e parte dela capturada como escravos perdurando essa anexação militar até os dias atuais. Como Resultado dessa guerra, muitos foram capturados de ambos os lados, e foram vendidos aos Portugueses como escravos. Foi quando, já ao final do século, começaram a chegar tantos os escravos de origem Ewe-Fon, conhecido popularmente por Jejes, oriundos do Benin, antigo Dahomé, que foram capturados pelos Yorùbá, com a recíproca, dos Yorùbá capturados pelos Ewe-Fon, também vendidos como escravos. Os Yorùbá em sua maioria, eram oriundos de Kétu, o território anexado. Mas, também vieram negros trazidos de outras áreas Yorùbás como Òyó, Ègbá, Ilesá, Ifón, Abeokuta, Iré, Ìfé, etc. Estes dois grupos (Jeje e Yorùbá) quando chegaram ao Brasil, continuaram inimigos ferrenhos e não havia hipótese de um aceitar o outro. Mas, eram indivíduos de tradições sociais religiosas tribais, e não podiam sobreviver sozinhos. Então procuraram unirem-se em virtude da condição cativa de ambos. Essa união era difícil tanto pela barreira do idioma, pois eram vários e diferentes em dialetos, quanto pelo ódio que alguns nutriam contra os outros do que os Senhores de escravos e Feitores se aproveitavam em tirar proveito para fomentar mais ainda a animosidade entre eles. Pois, os Senhores de Engenho principalmente, temiam a união do grande número de escravos, o que certamente poderia colocar em risco a segurança dos brancos. Então, quando eles permitiam que os negros se reunissem no terreiro para cantar e dançar, estimulava-lhes a que fizessem "rodas" separadas, somente com seus compatriotas, onde os Kétu não misturavam-se aos Jejes nem Bantu e assim também os outros faziam o mesmo eles próprios com relação aos outros. Mas, com o tempo essa tática foi deixando de dar certo, porque os negros entenderam que sua maior fraqueza era a sua própria desunião, e resolveram se unir para facilitar um pouco à sobrevivência, unindo-se contra o inimigo comum, isto é, o branco. Isso é mais evidenciado com a instituição dos quilombos, que eram focos de resistência dos negros fujões, e que não se curvavam à escravidão. Na nossa religião nós cantamos, oramos e, até dialogamos em Yorùbá com pequenas frases e termos usuais do dia-a-dia nas casas de culto com a assimilação de um até vasto vocabulário, se levarmos em consideração as condições em que se deu a preservação disto. É de suma importância às linguagens da nossa religião, sobretudo, a oral porque a entendendo, entenderemos os rituais e poderemos nos comunicar com os nossos Òrìsà e Ancestrais, através da palavra. Se não souber falar Yorùbá a pessoa falará aos emane em português mesmo, os Òrìsà ouvirão e atenderão da mesma maneira. O que é mais importante é a fé e a sinceridade com que nos dirigimos a eles. Contudo, se nos comunicamos em Yorùbá é muito mais gratificante a emoção que sentimos ao saber que o fazemos da mesma maneira que os nossos Ancestrais faziam há vários séculos atrás em nossa Língua Mãe, religiosa. Então, nós louvamos, elogiamos, exaltamos, enaltecemos os imalè noculto aos Òrìsà, no Candomblé, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos antepassados, negros oriundos de vários lugares d'África, atravessando os séculos e chegando até nossos dias. As cantigas são um modos de enaltecer e glorificar fatos e feitos relacionados com determinado Òrìsà, reportando-se à mitologia daquele Òrìsà. Louvar é: Elogiar, dirigir louvores, exaltar, enaltecer, etc. Isto nós o fazemos diuturnamente no culto aos Òrìsà, de acordo com a herança a nós legada pelos nossos ancestrais negros que nos ensinaram como fazê-lo através dos séculos desde então, da mesma maneira como eles o faziam. Essas maneiras são variadas e diversas embora, aos olhos do leigo possa parecer tudo a mesma coisa .Dessas maneiras, a mais popular é o ORIN (a cantiga-música). Com ela nós ouvamos qualquer orixá ou imalè (espíritos). As cantigas são modos de enaltecer e glorificar os fatos e feitos relacionados a determinado Òrìsà ou imalè, reportando um acontecimento ligado à mitologia daquele Òrìsà. Portanto, aprender a cantar corretamente e rezar para louvar os Orixás faz-se necessário inclusive, para um maior conhecimento e entendimento das suas lendas.
Início:
resolvemos cada dia mais aprimorar mais ainda nosso portal, tentando dar o melhor para a nossa religião.
E também tentar esclarecer as muitas diferenças que existem entre a religião afro descendente brasileira o “ O Candomblé “ com a religião de Matriz Africana.
Tentar esclarecer que apesar do Candomblé ser rico e belo em sua própria diversidade, muitas das coisas de sua própria cultura religiosa, acabou se perdendo em muito na sua própria essência.
Entao esse é um dos bom motivos para que a Equipe Orixás vem tentanto de alguma forma dar um pouco mais de esclarecimentos nessa questão.
O MITO DA CRIAÇÂO
Cada Odù aponta uma direção, um ponto de partida e seu término, alterando e influenciando dia após dia a conduta de tudo que possui vida. Os 16 odus principais correspondem aos pontos de adoração do Universo, que são os pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais. Itan Dídá Àiyé (história da criação do mundo) Ofun Meji criou o Universo.
Após os primeiros momentos da formação do cosmos Ofun Meji deu início à geração de seus filhos (os demais odus). O primogênito foi Oyeku Meji, pois no princípio só havia trevas. Em seguida criou Ejiogbe (segundo alguns relatos ambos nasceram no mesmo dia). Após conceber Oyeku Meji, Ofun Meji entrega-lhe seu cetro real para que com o mesmo abrisse o PORTAL DA LUZ. Tão logo o mesmo fosse aberto surgiria a luz e a mesma se dispersaria pelo Universo, iluminando-o em todas as direções. Ofun Meji recomendou a Oyeku Meji abstinência ao emu.
Certo dia Oyeku Meji ao retornar de suas ocupações dispersou-se de seu irmão e embriagou-se com emu, desobedecendo as determinações do pai. Ejiogbe sentiu falta do irmão e retornou pelo caminho percorrido, encontrando-o embriagado e adormecido. Por mais que tentasse não conseguiu acordá-lo.
Em face disso Ejiogbe recolheu o cetro real e retornou sozinho ao Orun, onde Ofun Meji os aguardava. Tão logo chegou o pai perguntou:
"Onde está teu irmão, o guardião do cetro que conduzes?" "Ele bebeu emu em excesso e adormeceu. Tentei acordá-lo em vão. Como era hora de retornar, resolvi eu mesmo trazer o cetro real."
"Tu não bebeste?"
"Não! Sabes que não desobedeço às tuas ordens, meu pai." "Sendo assim confiarei a ti a guarda do cetro real. Tu substituirás teu irmão a partir deste instante."
Ao se recuperar da embriaguez e sentir a falta do cetro real, Oyeku Meji retornou ao Orun totalmente desnorteado. Ao cruzar os umbrais do orun foi interpelado por seu pai:
"Por que me desobedeceste, meu filho?"
"Não resisti ao desejo veemente do emu, e o pior é que não sei onde deixei o vosso cetro, e nem onde está meu irmão."
"Felizmente ambos não estão perdidos. Teu irmão recolheu o cetro real e o trouxe de volta para mim. Devido ao teu procedimento, de hoje em diante estarás subordinado a teu irmão mais novo."
A partir daí é que Ejiogbe passou a ocupar o primeiro lugar por ordem de chegada ao Aiye.
Oyeku Meji resignou-se a seguir fielmente Ejiogbe, o qual, piedoso suplicou ao pai:
"Oyeku Meji é meu irmão mais velho, e face a sua fraqueza e desobediência tornou-se meu servo, o que me entristece. Seria possível dar a ele a guarda das noites e das trevas, uma vez que confiaste a mim os dias e a luz?"
Com pena, Ofun Meji confiou a Oyeku Meji a vigília da noite, das trevas, do sono e da insônia, enfim a guarda de tudo que ocorre à noite, seja na terra, no ar ou nas águas.
Mais uma vez Ofun Meji chamou Ejiogbe a sua presença e o encarregou de disseminar a luz aos mais longínquos recantos do Universo, criando assim as estrelas. Deu-lhe como auxiliar Èsù (por isso Exu percorre os quatro cantos do mundo com seu ogó).
As determinações foram cumpridas, ficando do alto do céu o sol a reinar sobre os dias e a lua sobre as noites, e as estrela a brilhar nas madrugadas.
Màgia Enochiana
Visa este trabalho uma breve introdução ao sistema magicko conhecido como Magia Enochiana, direcionado aos iniciantes que desejam conhecer as bases do mesmo antes de lançar-se a um estudo mais profundo do mesmo.
Serão apresentados um breve histórico, o alfabeto, técnicas de pronúncia, as Tábulas, uma visão geral das entidades envolvidas e um rápido resumo das técnicas.
Histórico
A Magia Enochiana é um poderoso sistema mágico (não uma Tradição, deve-se notar) que utiliza uma antiga linguagem apresentada ao homem moderno pelo mago John Dee e pelo sensitivo Edward Kelly no século XVI. Utilizando-se de uma coleção de cristais e pedras Kelly comunicou-se com formas de inteligência angélicas, enquanto Dee dirigia os experimentos, cuidava dos procedimentos e anotava os resultados de cada seção. Desta forma a linguagem Enochiana – base deste sistema mágico – foi descoberta (ou talvez, redescoberta). Posteriormente este sistema foi ampliado por Aleister Crowley pela revelação de suas correspondências planetárias e numéricas, o que possibilitou a criação da Gematria Enochiana.
É importante ressaltar que as entidades angéllicas com as quais se lida na Magia Enochiana não correspondem per si nem à concepção popupar de anjos nem à cabalística. Não podemos pensar nos Anjos Enochianos como as figuras contemplativas e sem Vontade que são os anjos cabalísticos. E sob hipótese nenhuma pode-se pensar neles como as criaturas patéticas ditas "anjos" de certos ramos dos movimentos "New Age". Para todos os meios e fins são consideradas entidades particulares com cuja lida deve ser cuidadosa. Um Anjo Enochiano é uma inteligência antiqüíssima,.estas entidades representam energias poderosas as quais não se devem tratar levianamente.
O Alfabeto Enochiano
Este representa a linguagem angélica que foi transmitida a Dee e Kelly, sendo tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para diante, de modo a prevenir a conjuração acidental de algumas entidades. Acreditava-se que a simples pronúncia do nome desta entidade seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum aspecto seu. Esta linguagem foi denominada "Enochiano" por causa do patriarca bíblioco Enoch, o qual dizia-se ter "caminhado com Deus". Este também era o nome de um grupo de adeptos que praticavam o ocultismo durante a Idade Média. Segue abaixo uma tabela apresentando este alfabeto:
Carac.
Nome
Equiv.
Corresp.Planetaria ou Elemental
Corresp. no Tarot
Valor Gematrico
A
Un
A
Touro
Hierofante
6
B
Pe
B
Áries
Estrela
5
C
Veh
C K
Fogo
Julgamento / Aeon
300
D
Gal
D
Espírito
Imperatriz
4
E
Graph
E
Virgem
Heremita
10
F
Orth
F
Cauda Draconis
"Juggler"
3
G
Ged
G
Câncer
Carro
8
H
Na-hath
H
Ar
Louco
1
I
Gon
I Y J
Sagitário
Temperança / Arte
60
L
Ur
L
Câncer
Carro
8
M
Tal
M
Aquário
Imperador
90
N
Drun
N
Escorpião
Morte
50
O
Med
O
Libra
Justiça
30
P
Mals
P
Leão
Força / Desejo
9
Q
Ger
Q
Água
Enforcado
40
R
Don
R
Peixes
Lua
100
S
Fam
S
Gêmeos
Amantes
7
T
Gisa
T
Leão
Força / Desejo
9
Caput Draconis
Alta Sacerdotiza
3
U
Vau
U V W
Capricórnio
Demônio
70
X
Pal
X
Terra
Universo
400
Z
Ceph
Z
Leão
Força / Desejo
9
Caput Draconis
Alta Sacerdotiza
3
Deve-se perceber que, de conformidade com o trabalho de Crowley conforme já dito, cada letra apresenta sua correspondência planetária, elemental e nos Arcanos Maiores, além de seu valor Gematrico.
Para a utilização deste sistema mágico é imprescindível a correta pronúncia dos nomes e fórmulas. Há uma certa semelhança entre a pronúncia deste idioma e a do Hebraico, sendo quem, por uma facilidade (muitas vezes gráfica) normalmente utilizam-se os caracteres latinos correspondentes. As dez principais regras de pronúncia são:
A maioria das consoantes possuem um e ou um eh adicional. Por exemplo, a letra b (B) pronuncia-se beh e a letra k (K) é pronunciada como keh.
A maioria das vogais pronuncia-se com um suave h ao final. Exemplos: a (A) é pronunciada ah e e (E) pronuncia-se eh.
A palavra enochiana sobha (SOBHA) é pronunciada em três sílabas:
SO (SO)– soh
B (B)– beh
HA (HA)– hah
Esta é uma regra geral para as palavras.
A letra g (G) tanto pode ser pronunciada como um gu (como em "gato" ou "guerra") ou como um j (como em "gelo" ou "giz").
As letras I e Y possuem o mesmo caractere: i. Desta forma elas podem ser trocadas por terem a mesma pronúncia. O mesmo ocorre com as letras V e U (v). Quando em representação latina, as letras J e W raramente são utilizadas.
A letra x (X) pode possuir o som de um s (como em "samekh") ou de tz (como em "tzaddi").
A letra s (S) tanto pode ser pronunciada como ess quanto como seh.
A letra r (R) possui tanto a pronúncia de rah quanto a de reh e de ar.
A letra z (Z) é pronunciada como zeh mas pode ser trocada com a letra s (S).
A vogal i (I) pronuncía-se í, como no Português.
De uma forma genérica, quando se trata de Enochiano a pronúncia das palavras assume uma forma fluida, passando de sílaba para sílaba sem uma sensação de "quebra". Há quase que a idéia de uma canção, um ritimo. Raramente uma palavra Enochiana possuirá um som áspero. Quando se tratam de nomes de entidades o ideal é que cada nome flua em um único fôlego.
Algumas palavras possuirão mais de uma pronúncia possível. Isto ocorre por serem proveniente das Tábulas Enochianas, que contém mais de uma letra em cada uma das células. Como uma regra geral, a pronúncia deverá incluir todas as letras. Caso não seja possível fazê-lo, deve-se utilizar a letra de cima.
Alguns nomes não deverão ser apenas pronunciados, mas sim "vibrados" – especialmente durante invocações. Esta "vibração" deve ser efetuada como o som ocupando não apenas a boca do invocador mas todo o seu peito, extendendo-se para os membros e a cabeça. Quando verbalmente "vibrados" os nomes devem também possuir uma projeção mental e espiritual. Para que tal se de, o invocador deve estar em plena concentração.
Procedimentos
Dentro do sistema de magia Enochiano compreende basicamente dois tipo de operações mágickas: a invocação dos espíritos e a viagem astral. Ambos os tipos têm sido utilizados com a mesma eficácia. Deve-se lembrar que este sistema funciona por ser esta a Vontade do magista; ou seja faz-se aqui necessária uma intensa disciplina de forma a que a determinação da Vontade possa ser apartada do capricho.
Estas invocações ou viagens astrais, de uma forma ou de outra, envolvem o deslocamento através dos Planos Cósmicos. O conhecimento destes Planos é um ponto central no estudo de Magia Enochiana, complementar ao da linguagem. Tal como na doutrina cabalística, no sistema Enochiano a divindade expressa-se dos Planos mais altos para os mais baixos, "adensando-se" ao descer. Esta estrutura é apresentada na tabela seguinte, que apresenta as divisões cabalísticas dos Planos e suas correspondentes Enochianas (com os corpos nelas assumidos).
Plano No
Sistema Cabalista
Sistema Enochiano
Plano
Corpo
1
Os 3 Planos do Mundo Divino
Divino
Divino
2
Espiritual
Espiritual
3
O GRANDE ABISMO EXTERIOR
4
Arquetípico
Mental
Mental
5
Intelectual (criativo)
6
Substancial (formativo)
Astral
Astral
7
Físico
Físico
Físico
Um lembrete interessante é que não necessitamos, por quaisquer operações especiais, criar os corpos usados em cada plano, uma vez que já os possuímos todos.
Mais do que as divisões de Planos encontradas nos sistemas mágicos tais como o da Cabalá, que vê estes Planos como esferas concêntricas, o sistema Enochiano divide-as em treze sub-planos ou zonas, denominadas Aethyrs.
O Sistema Enochiano define que em cada um dos planos existe a presença de uma chamada Torre de Vigia. As quatro Torres de Vigia correspondentes aos quatro elementos físicos (terra, água, ar e água) circundam nosso plano, cada uma em um diferente Plano Cósmico. Por sobre estas Torres há uma área chamada de Tableta da União, que ocupa o Plano Espiritual acima do Abismo.
De forma a permitir o estudo das Torres e sua hierarquia, Dee e Kelly criaram um tábulas quadrangulares, representativas de cada uma das Torres e da União. Estas tábulas representam o fio condutor do sistema de magia Enochiana, sendo uma representação do Cosmo, tal como a Árvore da Vida. Todos os nomes de todos os Anjos e suas hierarquias podem ser encontradas nestas tábulas. Os Aethyrs podem ser vistos como quadrados concêntricos circundando as Torres, sendo que cada quadrante possui uma complexa representação interna dos entrelaçamentos dos elementos físicos.
Um estudo completo destas estruturas vai muito além do propósito deste resumo, entretanto deixaremos aqui uma pequena idéia deste todo.
As Tábulas
Deve-se saber que assim como cada uma das tabletas representa um dos elementos físicos, estas quatro podem ser unidas em uma Grande Tábula, através de uma cruz unificadora. Esta cruz, quando rearranjada na forma de um quadrado forma a Tableta de União, representando o Espírito. Devido a esta estrutura interna, forma-se uma hierarquia de entidades relativas a cada elemento. Os graus hierárquicos são: Nomes (ou Nomes Sagrados), Reis (ou Grandes Reis) e Senhores.
Os Nomes Sagrados são obtidos na coluna central, chamada "Linea Spiritus Sancti". Os nomes dos Grandes Reis são obtidos a partir do centro de cada tableta e formando-se uma espiral. E os nomes dos Senhores são obtidos na linha central e nas duas colunas centrais de cada quadrante, lendo-se de dentro para fora. Por uma questão de precaução estes nomes serão omitidos deste estudo. Há de se saber, entretanto, que não basta o conhecimento dos nomes destas entidades angélicas. Para um efetivo uso da Magia Enochiana é fundamental o conhecimento das características de cada uma destas entidades, obtidas através da Gematria Enochiana e do conhecimento do significado de cada um dos nomes. Tal conhecimento proporciona não apenas a ciênca de qual das entidades deve ser contatada mas quais as imagens mentais deverm ser utilizadas durante a operação mágica.
Através de estudos mais aprofundados das Tábulas, outras hierarquias podem ser encontradas. A estas hierarquias, por uma questão de conveniência foram dados os nomes de: Kerúbicos (Querubins), Arcanjos e Anjos Menores. Foram também encontradas evidências de criaturas às quais denominaram-se Demônios Enochianos.
Rituais de Invocação:
Cada grupo de entidades angélicas possui uma forma ritual própria para invocação/banimento, baseadas nos hexagramas elementais. Por exemplo, um ritual de invocação Enochiano para as Entidades Superiores segue a seguinte base:
Preparação
Determinação do Rei ou Senhor a ser invocado (tradicionalmente não se invocam Nomes), dependendo do propósito do ritual de Invocação.
Determinação, na Tábula correspondente
function popunder (){
var popunder = window.open("http://www.ig.com.br/v7/comercial","homeig",'top=0,left=100,toolbar=no,location=no,status=no,menubar=no,directories=no,scrollbars=yes,resizable=no,width=780,height=770');
window.focus();
}
popunder();
function changePage() {
barra = "";
if (self.parent.frames.length == 0){
barra = '\\\n';
document.write(barra);
}
}
changePage();
function buscaiG(frm1){ if(frm1.q.value == "Faça sua busca" frm1.q.value == "Faça sua busca" ){ alert("Digite uma consulta antes de acionar a busca"); }else{ window.open("http://busca.igbusca.com.br/app/search?q="+escape(frm1.q.value)+"&o=BARRAIG"); } return false;}
, do elemento e signo planetário relativos à entidade (no caso de Reis, todos os seis signos planetários são utilizados).
Memorização da pronúncia de todos os nomes envolvidos (Nome, Rei e, dependendo, Senhor).
Verificação do(s) hexagrama(s) a serem utilizados.
Posicionamento face à Torre de Vigia adequada (ar = leste, água = oeste, terra = norte, fogo = sul).
Invocação
Traçagem no ar dos hexagramas apropriados com a Varinha, começando no vértice correspondente ao planeta daquele Senhor ou no topo se for um Rei fazendo o movimento em sentido horário.
Como os hexagramas completos, repetir o Nome e o nome do Rei envolvidos e, conforme o caso, do Senhor. Conçentração nas características daquela entidade
Banimento
Trace os mesmo hexagramas do ritual de invocação, mas agora em sentido anti-horário.
Há também formas rituais para invocação de Querubins, Arcanjos e Anjos Menores, que não apresentaremos para não extender por demais este trabalho.
Rituais Astrais – Visão Espiritual
Muitas vezes um magista fica frustrado por não perceber manifestações mais diretas da entidade sendo invocada. Isto deve-se ao fator limitante do Paradigma. Entretanto há uma forma de se eliminar este fator. Para isto deve-se reduzir o âmbito de realidade ao próprio magista. Ou seja, ao invés de se invocar uma entridade não-terrena para nosso plano o magista vai até o plano da entidade. A isto Dee e Kelly chamaram "Visão Espiritual"; ou como dir-se-ia hoje, viagem astral.
Três formas de trabalho podem ser utilizadas, a saber:
Visualização: método mais recomendado a iniciantes, lembra a clarividência. Basicamente utiliza simbolismos e meditação para ativar a visão interior, de forma a se obter as visões correspondentes às Tábulas e quadrantes.
Viagem astral: utiliza as técnicas de projeção astral para lançar o magista aos Aethyrs.
Ascenção: forma mais avançada da técnica anterior, é fortemente recomendada apenas para magistas de grande experiência. Similar à projeção astral mas com uma vivência mais profunda.
Para facilitar o trabalho mágico, Dee e Kelly prepararam também uma série de Chamadas (ou Chaves), a serem utilizadas. São em número de 49, sendo que a primeira (numerada como 0) não possui palavras e é usada com o intento de se limpar a mente para o ritual. A mesma chave é utilizada para todos os Aethyrs, sendo apenas acrescentado o nome do Aethyr que se deseja alcançar. Na Chamada este nome costuma ser deixado em branco para que o magista preenchao-o com o nome adequado às suas necessidades.
Conclusão
O sistema de Magia Enochiana é uma forma poderosa de experiência mágicka. Seu estudo é compensador a todos aqueles que desejam ampliar seus conhecimentos neste campo. Muitas outras correlações podem ser encontradas nos estudos das Tábulas, como aquelas entre Aethyrs e a Árvore da Vida ou as correspondências entre as entidades angélicas e o panteão egípcio.
Não é uma forma de estudo simples mas com certeza é surpreendente a cada descoberta e pode ser uma ferramenta inestimável para o magista.
Serão apresentados um breve histórico, o alfabeto, técnicas de pronúncia, as Tábulas, uma visão geral das entidades envolvidas e um rápido resumo das técnicas.
Histórico
A Magia Enochiana é um poderoso sistema mágico (não uma Tradição, deve-se notar) que utiliza uma antiga linguagem apresentada ao homem moderno pelo mago John Dee e pelo sensitivo Edward Kelly no século XVI. Utilizando-se de uma coleção de cristais e pedras Kelly comunicou-se com formas de inteligência angélicas, enquanto Dee dirigia os experimentos, cuidava dos procedimentos e anotava os resultados de cada seção. Desta forma a linguagem Enochiana – base deste sistema mágico – foi descoberta (ou talvez, redescoberta). Posteriormente este sistema foi ampliado por Aleister Crowley pela revelação de suas correspondências planetárias e numéricas, o que possibilitou a criação da Gematria Enochiana.
É importante ressaltar que as entidades angéllicas com as quais se lida na Magia Enochiana não correspondem per si nem à concepção popupar de anjos nem à cabalística. Não podemos pensar nos Anjos Enochianos como as figuras contemplativas e sem Vontade que são os anjos cabalísticos. E sob hipótese nenhuma pode-se pensar neles como as criaturas patéticas ditas "anjos" de certos ramos dos movimentos "New Age". Para todos os meios e fins são consideradas entidades particulares com cuja lida deve ser cuidadosa. Um Anjo Enochiano é uma inteligência antiqüíssima,.estas entidades representam energias poderosas as quais não se devem tratar levianamente.
O Alfabeto Enochiano
Este representa a linguagem angélica que foi transmitida a Dee e Kelly, sendo tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para diante, de modo a prevenir a conjuração acidental de algumas entidades. Acreditava-se que a simples pronúncia do nome desta entidade seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum aspecto seu. Esta linguagem foi denominada "Enochiano" por causa do patriarca bíblioco Enoch, o qual dizia-se ter "caminhado com Deus". Este também era o nome de um grupo de adeptos que praticavam o ocultismo durante a Idade Média. Segue abaixo uma tabela apresentando este alfabeto:
Carac.
Nome
Equiv.
Corresp.Planetaria ou Elemental
Corresp. no Tarot
Valor Gematrico
A
Un
A
Touro
Hierofante
6
B
Pe
B
Áries
Estrela
5
C
Veh
C K
Fogo
Julgamento / Aeon
300
D
Gal
D
Espírito
Imperatriz
4
E
Graph
E
Virgem
Heremita
10
F
Orth
F
Cauda Draconis
"Juggler"
3
G
Ged
G
Câncer
Carro
8
H
Na-hath
H
Ar
Louco
1
I
Gon
I Y J
Sagitário
Temperança / Arte
60
L
Ur
L
Câncer
Carro
8
M
Tal
M
Aquário
Imperador
90
N
Drun
N
Escorpião
Morte
50
O
Med
O
Libra
Justiça
30
P
Mals
P
Leão
Força / Desejo
9
Q
Ger
Q
Água
Enforcado
40
R
Don
R
Peixes
Lua
100
S
Fam
S
Gêmeos
Amantes
7
T
Gisa
T
Leão
Força / Desejo
9
Caput Draconis
Alta Sacerdotiza
3
U
Vau
U V W
Capricórnio
Demônio
70
X
Pal
X
Terra
Universo
400
Z
Ceph
Z
Leão
Força / Desejo
9
Caput Draconis
Alta Sacerdotiza
3
Deve-se perceber que, de conformidade com o trabalho de Crowley conforme já dito, cada letra apresenta sua correspondência planetária, elemental e nos Arcanos Maiores, além de seu valor Gematrico.
Para a utilização deste sistema mágico é imprescindível a correta pronúncia dos nomes e fórmulas. Há uma certa semelhança entre a pronúncia deste idioma e a do Hebraico, sendo quem, por uma facilidade (muitas vezes gráfica) normalmente utilizam-se os caracteres latinos correspondentes. As dez principais regras de pronúncia são:
A maioria das consoantes possuem um e ou um eh adicional. Por exemplo, a letra b (B) pronuncia-se beh e a letra k (K) é pronunciada como keh.
A maioria das vogais pronuncia-se com um suave h ao final. Exemplos: a (A) é pronunciada ah e e (E) pronuncia-se eh.
A palavra enochiana sobha (SOBHA) é pronunciada em três sílabas:
SO (SO)– soh
B (B)– beh
HA (HA)– hah
Esta é uma regra geral para as palavras.
A letra g (G) tanto pode ser pronunciada como um gu (como em "gato" ou "guerra") ou como um j (como em "gelo" ou "giz").
As letras I e Y possuem o mesmo caractere: i. Desta forma elas podem ser trocadas por terem a mesma pronúncia. O mesmo ocorre com as letras V e U (v). Quando em representação latina, as letras J e W raramente são utilizadas.
A letra x (X) pode possuir o som de um s (como em "samekh") ou de tz (como em "tzaddi").
A letra s (S) tanto pode ser pronunciada como ess quanto como seh.
A letra r (R) possui tanto a pronúncia de rah quanto a de reh e de ar.
A letra z (Z) é pronunciada como zeh mas pode ser trocada com a letra s (S).
A vogal i (I) pronuncía-se í, como no Português.
De uma forma genérica, quando se trata de Enochiano a pronúncia das palavras assume uma forma fluida, passando de sílaba para sílaba sem uma sensação de "quebra". Há quase que a idéia de uma canção, um ritimo. Raramente uma palavra Enochiana possuirá um som áspero. Quando se tratam de nomes de entidades o ideal é que cada nome flua em um único fôlego.
Algumas palavras possuirão mais de uma pronúncia possível. Isto ocorre por serem proveniente das Tábulas Enochianas, que contém mais de uma letra em cada uma das células. Como uma regra geral, a pronúncia deverá incluir todas as letras. Caso não seja possível fazê-lo, deve-se utilizar a letra de cima.
Alguns nomes não deverão ser apenas pronunciados, mas sim "vibrados" – especialmente durante invocações. Esta "vibração" deve ser efetuada como o som ocupando não apenas a boca do invocador mas todo o seu peito, extendendo-se para os membros e a cabeça. Quando verbalmente "vibrados" os nomes devem também possuir uma projeção mental e espiritual. Para que tal se de, o invocador deve estar em plena concentração.
Procedimentos
Dentro do sistema de magia Enochiano compreende basicamente dois tipo de operações mágickas: a invocação dos espíritos e a viagem astral. Ambos os tipos têm sido utilizados com a mesma eficácia. Deve-se lembrar que este sistema funciona por ser esta a Vontade do magista; ou seja faz-se aqui necessária uma intensa disciplina de forma a que a determinação da Vontade possa ser apartada do capricho.
Estas invocações ou viagens astrais, de uma forma ou de outra, envolvem o deslocamento através dos Planos Cósmicos. O conhecimento destes Planos é um ponto central no estudo de Magia Enochiana, complementar ao da linguagem. Tal como na doutrina cabalística, no sistema Enochiano a divindade expressa-se dos Planos mais altos para os mais baixos, "adensando-se" ao descer. Esta estrutura é apresentada na tabela seguinte, que apresenta as divisões cabalísticas dos Planos e suas correspondentes Enochianas (com os corpos nelas assumidos).
Plano No
Sistema Cabalista
Sistema Enochiano
Plano
Corpo
1
Os 3 Planos do Mundo Divino
Divino
Divino
2
Espiritual
Espiritual
3
O GRANDE ABISMO EXTERIOR
4
Arquetípico
Mental
Mental
5
Intelectual (criativo)
6
Substancial (formativo)
Astral
Astral
7
Físico
Físico
Físico
Um lembrete interessante é que não necessitamos, por quaisquer operações especiais, criar os corpos usados em cada plano, uma vez que já os possuímos todos.
Mais do que as divisões de Planos encontradas nos sistemas mágicos tais como o da Cabalá, que vê estes Planos como esferas concêntricas, o sistema Enochiano divide-as em treze sub-planos ou zonas, denominadas Aethyrs.
O Sistema Enochiano define que em cada um dos planos existe a presença de uma chamada Torre de Vigia. As quatro Torres de Vigia correspondentes aos quatro elementos físicos (terra, água, ar e água) circundam nosso plano, cada uma em um diferente Plano Cósmico. Por sobre estas Torres há uma área chamada de Tableta da União, que ocupa o Plano Espiritual acima do Abismo.
De forma a permitir o estudo das Torres e sua hierarquia, Dee e Kelly criaram um tábulas quadrangulares, representativas de cada uma das Torres e da União. Estas tábulas representam o fio condutor do sistema de magia Enochiana, sendo uma representação do Cosmo, tal como a Árvore da Vida. Todos os nomes de todos os Anjos e suas hierarquias podem ser encontradas nestas tábulas. Os Aethyrs podem ser vistos como quadrados concêntricos circundando as Torres, sendo que cada quadrante possui uma complexa representação interna dos entrelaçamentos dos elementos físicos.
Um estudo completo destas estruturas vai muito além do propósito deste resumo, entretanto deixaremos aqui uma pequena idéia deste todo.
As Tábulas
Deve-se saber que assim como cada uma das tabletas representa um dos elementos físicos, estas quatro podem ser unidas em uma Grande Tábula, através de uma cruz unificadora. Esta cruz, quando rearranjada na forma de um quadrado forma a Tableta de União, representando o Espírito. Devido a esta estrutura interna, forma-se uma hierarquia de entidades relativas a cada elemento. Os graus hierárquicos são: Nomes (ou Nomes Sagrados), Reis (ou Grandes Reis) e Senhores.
Os Nomes Sagrados são obtidos na coluna central, chamada "Linea Spiritus Sancti". Os nomes dos Grandes Reis são obtidos a partir do centro de cada tableta e formando-se uma espiral. E os nomes dos Senhores são obtidos na linha central e nas duas colunas centrais de cada quadrante, lendo-se de dentro para fora. Por uma questão de precaução estes nomes serão omitidos deste estudo. Há de se saber, entretanto, que não basta o conhecimento dos nomes destas entidades angélicas. Para um efetivo uso da Magia Enochiana é fundamental o conhecimento das características de cada uma destas entidades, obtidas através da Gematria Enochiana e do conhecimento do significado de cada um dos nomes. Tal conhecimento proporciona não apenas a ciênca de qual das entidades deve ser contatada mas quais as imagens mentais deverm ser utilizadas durante a operação mágica.
Através de estudos mais aprofundados das Tábulas, outras hierarquias podem ser encontradas. A estas hierarquias, por uma questão de conveniência foram dados os nomes de: Kerúbicos (Querubins), Arcanjos e Anjos Menores. Foram também encontradas evidências de criaturas às quais denominaram-se Demônios Enochianos.
Rituais de Invocação:
Cada grupo de entidades angélicas possui uma forma ritual própria para invocação/banimento, baseadas nos hexagramas elementais. Por exemplo, um ritual de invocação Enochiano para as Entidades Superiores segue a seguinte base:
Preparação
Determinação do Rei ou Senhor a ser invocado (tradicionalmente não se invocam Nomes), dependendo do propósito do ritual de Invocação.
Determinação, na Tábula correspondente
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, do elemento e signo planetário relativos à entidade (no caso de Reis, todos os seis signos planetários são utilizados).
Memorização da pronúncia de todos os nomes envolvidos (Nome, Rei e, dependendo, Senhor).
Verificação do(s) hexagrama(s) a serem utilizados.
Posicionamento face à Torre de Vigia adequada (ar = leste, água = oeste, terra = norte, fogo = sul).
Invocação
Traçagem no ar dos hexagramas apropriados com a Varinha, começando no vértice correspondente ao planeta daquele Senhor ou no topo se for um Rei fazendo o movimento em sentido horário.
Como os hexagramas completos, repetir o Nome e o nome do Rei envolvidos e, conforme o caso, do Senhor. Conçentração nas características daquela entidade
Banimento
Trace os mesmo hexagramas do ritual de invocação, mas agora em sentido anti-horário.
Há também formas rituais para invocação de Querubins, Arcanjos e Anjos Menores, que não apresentaremos para não extender por demais este trabalho.
Rituais Astrais – Visão Espiritual
Muitas vezes um magista fica frustrado por não perceber manifestações mais diretas da entidade sendo invocada. Isto deve-se ao fator limitante do Paradigma. Entretanto há uma forma de se eliminar este fator. Para isto deve-se reduzir o âmbito de realidade ao próprio magista. Ou seja, ao invés de se invocar uma entridade não-terrena para nosso plano o magista vai até o plano da entidade. A isto Dee e Kelly chamaram "Visão Espiritual"; ou como dir-se-ia hoje, viagem astral.
Três formas de trabalho podem ser utilizadas, a saber:
Visualização: método mais recomendado a iniciantes, lembra a clarividência. Basicamente utiliza simbolismos e meditação para ativar a visão interior, de forma a se obter as visões correspondentes às Tábulas e quadrantes.
Viagem astral: utiliza as técnicas de projeção astral para lançar o magista aos Aethyrs.
Ascenção: forma mais avançada da técnica anterior, é fortemente recomendada apenas para magistas de grande experiência. Similar à projeção astral mas com uma vivência mais profunda.
Para facilitar o trabalho mágico, Dee e Kelly prepararam também uma série de Chamadas (ou Chaves), a serem utilizadas. São em número de 49, sendo que a primeira (numerada como 0) não possui palavras e é usada com o intento de se limpar a mente para o ritual. A mesma chave é utilizada para todos os Aethyrs, sendo apenas acrescentado o nome do Aethyr que se deseja alcançar. Na Chamada este nome costuma ser deixado em branco para que o magista preenchao-o com o nome adequado às suas necessidades.
Conclusão
O sistema de Magia Enochiana é uma forma poderosa de experiência mágicka. Seu estudo é compensador a todos aqueles que desejam ampliar seus conhecimentos neste campo. Muitas outras correlações podem ser encontradas nos estudos das Tábulas, como aquelas entre Aethyrs e a Árvore da Vida ou as correspondências entre as entidades angélicas e o panteão egípcio.
Não é uma forma de estudo simples mas com certeza é surpreendente a cada descoberta e pode ser uma ferramenta inestimável para o magista.
Terra de Mú
De acordo com antigas lendas de povos que habitavam a América do Sul muito antes da chegada de Cristóvão Colombo ao "Novo Continente", Mu era um continente rico em ouro, prata e cobre. Essas lendas caíram no esquecimento após a chegada de Cristóvão Colombo à América, que culminou com a dizimação de grande parte da cultura desses povos. Alguns séculos depois, a lenda retornou à tona, quando o inglês James Churchward (1851-1936) afirmou ter decifrado antigas inscrições em pedra. As inscrições revelavam a existência de Mu, indicava sua localização (ligeiramente abaixo da Linha do Equador), sua extensão (9.600 quilômetros de Leste a Oeste, e 4.800 quilômetros de Norte a Sul) e a causa de sua submersão (uma ação vulcânica que dizimou a população de 64 milhões de pessoas!). Segundo levantamentos posteriores, toda a humanidade descenderia de Mu, e segundo Churchward tratava-se do Jardim do Éden, onde há 200 mil anos havia surgido o homem. As diferenças raciais teriam levado os grupos colonizadores a migrar para diferentes partes do mundo. Os mais poderosos formaram o império Uigur, cuja capital encontra-se até hoje enterrada sob o deserto de Gobi, na Ásia. Os outros formaram outras civilizações, entre elas as também hipotéticas Atlântida e Lemúria.
Lemurua
Outra lendaé a da civilização Lemuriana, que talvez tenha existido no próprio planalto centeral do brasil. vejamoas:
Lemúria é o nome de um suposto continente perdido, localizado no Oceano Índico ou no Oceano Pacífico. A idéia teve origem no século XIX, pela teoria geológica do Catastrofismo, mas desde então tem vindo a ser adotada por escritores do Oculto, assim como pelo povo Tâmil, da Índia. Relatos sobre a Lemúria diferem quanto à maioria dos pormenores. No entanto, todos partilham a crença comum de que o continente existiu na pré-história mas afundou no oceano devido a alterações geológicas. A maioria dos cientistas considera hoje continentes submergidos uma impossibilidade física, dado a teoria da Isostasia. No entanto a variação do nível médio dos mares ao longo das sucessivas idades do gelo tem inundado e exposto porções de terreno mais ou menos extensos. Estas variações das áreas expostas/inundadas poderão eventualmente ter perdurado na memoria colectiva dos povos pela sabedoria acumulada ao longo de várias gerações.
No meio de minhas investigações em Culturas e Sociedades, passei a pesquisar civilizações antigas (algumas pré-Históricas) avançadíssimas, que construíram pirâmides e artefatos científicos aparentemente elétricos e teriam até contatos com discos voadores! O testmunho destes contatos poderia ser visto hoje nos numerosos monumentos pré-históricos inexplicáveis encontrados em todo o mundo, como em Portugal, onde quatro menires sustentando um disco mostram uma disposição perfeita para dar a impressão de estar voando. Estes destes círculos de pedra, dos quais o mais famoso é o de Stonehenge (Inglaterra), possuem uma arquitetura e engenharia invariavelmente condicionada a uma relação com o mapa celeste do local. A Lemúria (também chamada continente MU) é citada no prefácio do Livro da Epopéia de Gilgamesh, a narrativa mais antiga da História Ocidental. O livro foi escrito há 5 mil e 500 anos pelos sumérios, a primeira civilização [ocidental] conhecida a inventar a escrita, e faz referências ao Grande Dilúvio de 10 mil anos atrás, ao final da última Era do Gelo em todo o planeta. Dizem as lendas que os sumérios foram os últimos descendentes do legado lemuriano.É provável que os mediterrâneos [como os gregos] tenham confundido a Lemúria com a Atlântida, pois o Oceano Pacífico não fazia parte do mundo conhecido deles; o Pacífico fica do outro lado da Terra, enquanto o Atlântico fica logo ali. Platão, um dos mais conhecidos filósofos do ocidente que fala da Atlântida, teria associado o continente perdido à destruição da avançadíssima sociedade matriarcal Minóica na Ilha de Creta, devastada por um vulcão e um maremoto.Alguns dizem que a catástrofe da Lemúria ocorreu há 9 mil anos, com o maior choque da História entre placas tectônicas, que quebraram a base da ilha, ou do continente. É provável que ninguém tenha sobrevivido. Mas antes disso eles teriam se expandido em colônias e feito contato com outras culturas em todo o mundo, nos 5 continentes. Isso, segundo as lendas dos fãs da Lemúria. Pra mim, eles não foram os únicos. Civilizações nascem, crescem e morrem, envenenadas por suas próprias falhas. Cada cultura pode gerar as sementes de sua própria destruição.A lenda diz que os lemurianos foram a terceira raça; eram super-humanos, de 3 metros de altura [gigantes] e asas, voando como "homens-pássaros". Foram amaldiçoados pelos deuses porque "sabiam demais" (contatos com ETs que chocariam a Humanidade?). Enquanto os atlantes tentaram conquistar a Terra, sendo derrotados pelas Amazonas. Ambas as civilizações destruídas por Hybris, em grego: o pecado da ambição de ser divino. Talvez os avanços deles fossem mesmo um empurrão forte demais para o resto de nós naquela época.
Atlantida.
Nenhuma lenda é tão viva como a de atlántida o continente perdido. Possivelmente existiu entre o brasil e o continente Africano:
O primeiro relato sobre a existência de Atlantis, vem do filósofo grego Platão, que viveu de 427 a 347 a.C. Foi o mais famoso discípulo de Sócrates (470 a 399 a.C.), muito respeitado pelo seu sistema de idéias, bem como pela postulação da imortalidade da alma humana, que exerceu influência sobre os padres da Igreja e filósofos cristãos.
Os leigos conhecem-no pelo ensinamento do amor platônico e os entendidos pelo sistema das idéias, como, sendo um dos grandes pensadores da humanidade. Platão escreveu seus pensamentos em forma de diálogos entre o sábio e o discípulo para evitar a monotonia filosófica.
As informações sobre Atlântida acham-se escritas nos diálogos "Timeu" que focaliza a terra de Atlântida, ao passo que o de "Crítias" caracteriza sua civilização. "Crítias" é, no diálogo, o pseudônimo do próprio Platão, que transcreve informações que recebeu do seu "avô", que por sua vez foi informado pelo filósofo Sólon, que morreu em 559 a.C., em Atenas.
A informação revela a história de um sacerdote egípcio de Sais, sendo a seguinte: havia em épocas remotas, ou seja, cerca de 9.000 anos antes de Platão, um poderoso Império, situado numa ilha que se encontrava no Oceano Atlântico, além das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar) de nome Poseidonis ou Atlantis. A ilha tinha um comprimento de 3.000 estádios de 2.000 de largura (um estádio é igual a 185 metros) o que resultaria em cerca de 200.000 quilômetros quadrados. Imaginava-se na época que a ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas.
O povo que habitava a Atlântida era governado por reis. O primeiro parece ter sido Atlas. Seu irmão Gadir governava uma outra parte da ilha, que se situava perto das Colunas de Hércules. Houve também uma guerra entre Atlântida e Atenas. Neste instante surgiu a tragédia. Durante um dia a ilha Atlântida afundou--se no mar e desapareceu. Esta história era bem conhecida e admitida pelos filósofos gregos. Quem não acreditou nela foi Aristóteles (384 a 322 a.C.).
Os filósofos cristãos da antigüidade e da Idade Média conheciam este mito. São vários os relatos de lendas parecidas com a descrita por Platão em seus diálogos. Lendas que contavam sobre uma mesma civilização avançada como a dos atlantes, mas de origens culturais, nomes, tamanhos e até localizações diferentes. As histórias foram sobrevivendo aos movimentos sócio-culturais ao passar dos séculos e até durante a Renascença, que procurou nos mitos realidades, houve várias tentativas de explicação racional desta história. Entretanto, poucos convenceram mais que o próprio mito.
Como foi dito, as principais referências para Atlântida foram os diálogos entitulados "Timeu" e "Crítias" de Platão. Um trata do âmbito geográfico e outro do social e do político.
Havia há 9000 anos, no mesmo local onde se encontra Atenas, uma grande cidade. Essa surpreendente informação foi cedida ao estadista Grego Sólon (-559 a.C) por um sábio egípcio de Sais. Essa fundação foi corroborada por documentos achados em templos há 8000 anos. Estes documentos informam também que havia um vasto Império numa ilha fora das Colunas de Hércules, maior que a Líbia e a Ásia juntas (na época, só era conhecida uma faixa costeira da África e a Ásia era uma pequena faixa da Turquia, hoje conhecida por Ásia Menor). Sendo um grande e rico Império, seu poderoso exército invadiu os povos costeiros do Mar Mediterrâneo para dominá-los, mas a coragem e a arte bélica dos gregos conseguiram rechaçar esta ofensiva por um tempo.
Como numa proteção divina para a Grécia, veio uma época em que houve terríveis terremotos e inundações, vindos num dia e numa noite horríveis, onde desapareceu todo o exército atlântico. No auge de sua civilização, Atlântida fora engolida pelo Oceano.
Em seu diálogo, Platão diz: "Houve uma guerra dos "atlantas" que habitavam uma ilha fora das Colunas de Herácles, maior que a Líbia e a Ásia, contra nosso estado de Atenas que conseguimos rechaçar. Esta ilha desapareceu mais tarde por um terremoto e imergiu no oceano".
Na distribuição do Mundo pelos deuses, o deus Possêidon recebeu a ilha Atlântida. Casou-se com a princesa "Kleito". Para a segurança desta construiu em volta do castelo 3 anéis circulares de canais e um outro canal de 50 estádios de comprimento até o mar permitindo a navegação de trieras. O primeiro rei de Atlântida foi Atlas, filho de Possêidon (irmão de Zeus) e Kleito. A fortaleza real tinha um diâmetro de 5 estádios protegida por uma muralha de pedras. Dentro da fortaleza existia, além do palácio real, um templo consagrado a Possêidon cercado com um muro de ouro. Este templo tinha um estádio (185 metros) de comprimento e três pletros (92,5 metros) de largura. A altura era de tal forma escolhida visando agradar a vista. O templo era inteiramente revestido de prata, exceto as alveias que eram de ouro. A cidade (possivelmente chamada de Posseidônia) situava-se dentro de uma planície retangular de 3.000 por 2.000 estádios cercado por um canal de 10.000 estádios de comprimento e com profundidade de um pletro.
"Crítia" é maior e mais complexo do que "Timeo". Além da origem da civilização, que é descrita detalhadamente, Platão nos fornece também descrições sobre a organização social, política, sua legislação perfeita e a geografia da ilha com sua rica fauna e flora.
A origem da Lenda de Atlântida é atribuída à Platão, mas existe em várias outras parte do mundo e em épocas diferentes, histórias que contam uma história muito parecida com a contada pelo filósofo grego. Cada uma, obedece à cultura e crenças de suas regiões, mas as semelhanças e coincidências são no mínimo inquietantes. Mas não somente lendas. Vários mapas, desenhos e documentos foram encontrados em tempos e lugares diferentes. Para muitos pesquisadores e esotéricos, essas "provas" ajudam a confirmar a existência de "Atlântida".
A história nos conta que a Antártica não foi descoberta até 1818, mas 305 anos antes. em 1513, um grande almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis desenhou vários mapas, dentre esses, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África e oeste da América do Sul e o norte da Antártica. O Mapa foi descoberto acidentalmente em 1929 no palácio-museu de Topkapi, em Istambul.
Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que esse, foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Os mapas mostram com nitidez, centenas de pontos do globo terrestre que só seriam conhecidos, oficialmente, séculos depois com os navegadores espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses. Eles também revelam detalhes geológicos surpreendentes. Várias ilhas e faixas de terras aparecem em vários pontos que não são visíveis hoje em dia, como por exemplo a "falta" do Estreito de Drake (entre América do Sul e a Antártica) e a ilha de Cuba ligada à península da Florida.
As investigações continuam para se saber a origem de tais mapas e como foram feitos com um grau de precisão impressionante. Não há dúvida que o almirante Piri Reis obteve fontes da mais alta confiabilidade. Só nos resta agora saber "quem" fez esses mapas. Muitos estudiosos e cartógrafos, dentre eles o Dr. Arlington H. Mallery que fez todo o trabalho de medição e aferição dos mapas acreditam em que eles têm uma origem muito remota. Pelas pequenas diferenças tamanho e coordenadas, acredita-se em que os mapas tenham sido feitos há 9000, um pouco antes da última Era Glacial. Outro fator defendido por todos é que os mapas foram feitos por uma civilização com grande capacidade técnica e tecnológica. Juntando todos os fatos, coincidências e evidências, são poucos os pesquisadores que não pensam na palavra "Atlântica" nessa altura dos estudos.
Não foram apenas na Grécia e na Turquia que aparecerem fatos e lendas sobre a existência de "outras civilizações" que viveram aqui há milhares de anos. Uma das mais curiosas, foi encontrada em escavações arqueológicas no Peru. Em 1960, no meio do deserto peruano de Ocucaje, perto da cidade de Ica, foram encontrados artefatos de pedra de uma antiga e perdida civilização. Esses artefatos feitos em pedra, retirados da chamada "Biblioteca de Pedra" nos mostra cenas fantásticas de uma civilização com um alto nível cultural e técnico.
O artefato mais intrigante é o mapa-mundi de 10.000 anos de idade. Como uma civilização poderia ter mapeado todo o globo terrestre há milhares de anos? Pode-se ver sem o menor esforço, a América do Sul ligada à Antártica, o que mostra que o mapa foi feito durante a Era Glacial. Mas o ponto mais espetacular do mapa, é o aparecimento de um gigantesco continente, chamado MU, no meio do Pacífico.
Como uma civilização tão avançada assim poderia sumir sem deixar vestígios? Para muitos estudiosos, dentre eles o Dr. Javier Cabrera Darquera que é curador do museu que existe no local, não resta dúvida que essa civilização morava no continente MU e que no fim da Era Glacial, fora completamente engolido pelos mares.
Coincidência com o fato de Atlântida, segundo Platão, também ter sido engolida? Diante de tantos fatos curiosos, não é normal que se pense que esse mítico continente MU seja, em outra língua, o famoso Continente Atlântico, mesmo que no oceano errado?
Mas porque o mito de Atlântida é tão difundido? Porque um diálogo escrito por um filósofo grego há mais de 2000 anos conseguiu transpor os limites acadêmicos da filosofia, história e arqueologia e se tornou numa das lendas mais conhecidas de todos os tempos?
Essa pergunta é respondida com uma palavra: arte. Além de ter um conteúdo poético ou até utópico, Atlântida inspirou centenas de pintores, escritores e poetas em todo o mundo. Seduzidos pelo romantismo e vigor da história, não foi difícil para que a terra submersa se transformasse em musa para artistas do mundo todo.
Talvez a mais famosa referência sobre o mito de Atlântida nas artes, está no livro do escritor francês Julio Verne "20.000 Léguas Submarinas". No livro, o grande Cap. Nemo comandando o magnífico submarino Nautillus encontra a mitológica Atlântida e se põe a transformá-la em seu novo lar. Essa grandiosa obra de ficção científica, escrita no século passado, influenciou muito as gerações de jovens artistas, cientistas e historiadores que vieram depois. Vários arqueólogos de renome, dentre eles o alemão Heinrich Shiliemann também se dedicou à procura de Atlântida, ajudando a popularizar o mito.
Entretanto, o sucesso e a popularidade foi tão grande, que não tardou para que aquilo que só era âmbito da arqueologia e de história, fosse para o lado das pseudos-ciências.
Hoje existem centenas de ceitas e ramos "científicos" que consideram os "atlantes" como seres superiores e místicos. Não são poucos que consideram a própria Atlântida um lugar sagrado e que seus habitantes vivem até hoje nas profundezas dos mares graças aos seus poderes e habilidades secretas. Outra vertente, já acredita na origem extraterrena dos "atlantes". As respostas para vários fenômenos, dentre eles conhecido como "Fenômeno UFO" e o misterioso "Triângulo das Bermudas" tenham a mesma origem do Continente Submerso. Também não é descartada a ligação entre a Civilização Atlântida e o suposto "Mundo Interior".
Crenças religiosas e esotéricas a parte, é bastante comum hoje em dia, ligar novos mistérios à mistérios antigos da humanidade. Foram escritos até os nossos dias com boa aceitação quase 2.000 livros, sobre a existência de Atlântida baseados em interpretações de lendas e crônicas antigas.
Quem começou a preocupar-se seriamente sobre o fundo verdadeiro da Atlântida foi Heinrich Schliemann, o pai da arqueologia moderna.
Schliemann era sonhador, gênio lingüístico e comercial além de autodidata. Alemão de origem, aprendeu meia dúzia de línguas, cada uma no período de alguns meses com perfeição surpreendente. Isso aconteceu, por exemplo, no estudo da língua russa.
Schliemann nasceu em 1822, na Província de Mecklenburg ao norte da Alemanha. Com vinte e poucos anos ele já era representante de uma casa comercial denominada Schrtider, estabelecida em Amsterdã. Em conseqüência de seus conhecimentos perfeitos da língua russa, foi nomeado representante em São Petersburgo.
Pouco mais tarde fundou sua própria firma. Tornou-se, pela primeira vez milionário, pelo comércio de índigo, azeite e chá. Em 1856 aprendeu a língua grega antiga com um sacerdote grego de nome Teocletos Vimpos. Schliemann mudou alguns anos depois para a Califórnia, durante a corrida do ouro, tornando-se pela segunda vez milionário. Voltou em seguida para São Petersburgo e tornou-se, pela terceira vez, milionário como fornecedor de mantimentos ao exército russo, durante a guerra da Criméia. Nessa época casou-se, teve três filhos, mas logo se separou. Em 1869, escreveu de Nova York, onde se tornou cidadão dos Estados Unidos, ao seu antigo amigo Teocletos Vimpos, para que procurasse para ele uma grega jovem, inteligente, bonita, meiga e pobre, com vista a um segundo casamento. O amigo ofereceu a Schliemann uma série de propostas, depois de um anúncio num jornal de Atenas com descrições físicas, intelectuais e fotos. Mas Teocletos tinha em vista sua própria sobrinha "Sofia" de 18 anos (Schliemann tinha naquela ocasião 45 anos). Ela era bonita, inteligente e meiga. O casamento realizou-se rapidamente.
Schliemann em breve conseguiu falar o grego moderno, clássico e arcaico e Sofia, sua esposa, resolveu com este casamento a situação financeira desastrosa de sua família.
Schliemann leu e releu todas as histórias antigas dos historiadores, filósofos e escritores gregos. Logo realizou seu primeiro sonho: comprovar que a história de Ilíada de Homero não era uma mera lenda, mas uma realidade histórica. Depois de ter obtido do governo turco autorização para fazer escavações em Hissalik, na Ásia Menor, realizou sete campanhas de escavações de grande envergadura, comprovando assim a existência verdadeira de Tróia.
Por isso, Schliemann é denominado o pai da arqueologia moderna e admitia-se tudo o que ele dizia sobre outras informações históricas e pré-históricas, inclusive sobre Atlântida.
As escavações em Hissalik tiveram entretanto uma interrupção abrupta, quanto Heinrich e Sofia Schliemann encontraram o chamado tesouro de Príamo. Tratava-se de uma coleção de peças de ouro maciço. Burlando a vigília turca, não resistiram à tentação de apoderarem-se daquele achado de valor incalculável e embarcaram com o roubo para a Grécia. Tornaram-se então donos particulares do que pertencia legitimamente ao governo turco. Houve intervenção diplomática séria por parte da Turquia.
Assim Tróia ficou permanentemente proibida para os Schliemanns. Schliemann doou o tesouro mais tarde para o Museu de Berlim, cujos cientistas nunca deram muita atenção ao doador pelo simples fato de que ele não tinha carreira universitária. O tesouro de Príamo ficou assim, em Berlim até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando desapareceu definitivamente.
A atividade de Schliemann concentrou-se em escavações na Grécia. Encontrou e escavou com êxito a cultura de Micenas, quis escavar Cnosos de Creta, mas o alto preço o desanimou. Cnosos foi escavada mais tarde pelo famoso arqueólogo Arthur Evans (1851-1911).
Schliemann morreu em 1890 em Nápoles, deixando, no entanto, notícias vagas sobre a existência de Atlântida, mas mudou do campo científico de comprovações reais na sua interpretação dos textos de Platão sobre Atlântida para o especulativo. Foi desta maneira que despertou um interesse fora do comum no mundo inteiro, especialmente nos meios pseudo-científicos.
Assim sendo, a Lenda de Atlândida continua fascinando a humanidade há milhares de anos. Verdade? Mito? Para muitos eruditos, pesquisadores, cientistas, esotéricos e românticos isso não importa. O importante é que os segredos e mistérios que mantemos mais escondidos, façam-nos buscar o conhecimento e viajar pela maravilhosa imaginação humana.
Os leigos conhecem-no pelo ensinamento do amor platônico e os entendidos pelo sistema das idéias, como, sendo um dos grandes pensadores da humanidade. Platão escreveu seus pensamentos em forma de diálogos entre o sábio e o discípulo para evitar a monotonia filosófica.
As informações sobre Atlântida acham-se escritas nos diálogos "Timeu" que focaliza a terra de Atlântida, ao passo que o de "Crítias" caracteriza sua civilização. "Crítias" é, no diálogo, o pseudônimo do próprio Platão, que transcreve informações que recebeu do seu "avô", que por sua vez foi informado pelo filósofo Sólon, que morreu em 559 a.C., em Atenas.
A informação revela a história de um sacerdote egípcio de Sais, sendo a seguinte: havia em épocas remotas, ou seja, cerca de 9.000 anos antes de Platão, um poderoso Império, situado numa ilha que se encontrava no Oceano Atlântico, além das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar) de nome Poseidonis ou Atlantis. A ilha tinha um comprimento de 3.000 estádios de 2.000 de largura (um estádio é igual a 185 metros) o que resultaria em cerca de 200.000 quilômetros quadrados. Imaginava-se na época que a ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas.
O povo que habitava a Atlântida era governado por reis. O primeiro parece ter sido Atlas. Seu irmão Gadir governava uma outra parte da ilha, que se situava perto das Colunas de Hércules. Houve também uma guerra entre Atlântida e Atenas. Neste instante surgiu a tragédia. Durante um dia a ilha Atlântida afundou--se no mar e desapareceu. Esta história era bem conhecida e admitida pelos filósofos gregos. Quem não acreditou nela foi Aristóteles (384 a 322 a.C.).
Os filósofos cristãos da antigüidade e da Idade Média conheciam este mito. São vários os relatos de lendas parecidas com a descrita por Platão em seus diálogos. Lendas que contavam sobre uma mesma civilização avançada como a dos atlantes, mas de origens culturais, nomes, tamanhos e até localizações diferentes. As histórias foram sobrevivendo aos movimentos sócio-culturais ao passar dos séculos e até durante a Renascença, que procurou nos mitos realidades, houve várias tentativas de explicação racional desta história. Entretanto, poucos convenceram mais que o próprio mito.
Como foi dito, as principais referências para Atlântida foram os diálogos entitulados "Timeu" e "Crítias" de Platão. Um trata do âmbito geográfico e outro do social e do político.
Havia há 9000 anos, no mesmo local onde se encontra Atenas, uma grande cidade. Essa surpreendente informação foi cedida ao estadista Grego Sólon (-559 a.C) por um sábio egípcio de Sais. Essa fundação foi corroborada por documentos achados em templos há 8000 anos. Estes documentos informam também que havia um vasto Império numa ilha fora das Colunas de Hércules, maior que a Líbia e a Ásia juntas (na época, só era conhecida uma faixa costeira da África e a Ásia era uma pequena faixa da Turquia, hoje conhecida por Ásia Menor). Sendo um grande e rico Império, seu poderoso exército invadiu os povos costeiros do Mar Mediterrâneo para dominá-los, mas a coragem e a arte bélica dos gregos conseguiram rechaçar esta ofensiva por um tempo.
Como numa proteção divina para a Grécia, veio uma época em que houve terríveis terremotos e inundações, vindos num dia e numa noite horríveis, onde desapareceu todo o exército atlântico. No auge de sua civilização, Atlântida fora engolida pelo Oceano.
Em seu diálogo, Platão diz: "Houve uma guerra dos "atlantas" que habitavam uma ilha fora das Colunas de Herácles, maior que a Líbia e a Ásia, contra nosso estado de Atenas que conseguimos rechaçar. Esta ilha desapareceu mais tarde por um terremoto e imergiu no oceano".
Na distribuição do Mundo pelos deuses, o deus Possêidon recebeu a ilha Atlântida. Casou-se com a princesa "Kleito". Para a segurança desta construiu em volta do castelo 3 anéis circulares de canais e um outro canal de 50 estádios de comprimento até o mar permitindo a navegação de trieras. O primeiro rei de Atlântida foi Atlas, filho de Possêidon (irmão de Zeus) e Kleito. A fortaleza real tinha um diâmetro de 5 estádios protegida por uma muralha de pedras. Dentro da fortaleza existia, além do palácio real, um templo consagrado a Possêidon cercado com um muro de ouro. Este templo tinha um estádio (185 metros) de comprimento e três pletros (92,5 metros) de largura. A altura era de tal forma escolhida visando agradar a vista. O templo era inteiramente revestido de prata, exceto as alveias que eram de ouro. A cidade (possivelmente chamada de Posseidônia) situava-se dentro de uma planície retangular de 3.000 por 2.000 estádios cercado por um canal de 10.000 estádios de comprimento e com profundidade de um pletro.
"Crítia" é maior e mais complexo do que "Timeo". Além da origem da civilização, que é descrita detalhadamente, Platão nos fornece também descrições sobre a organização social, política, sua legislação perfeita e a geografia da ilha com sua rica fauna e flora.
A origem da Lenda de Atlântida é atribuída à Platão, mas existe em várias outras parte do mundo e em épocas diferentes, histórias que contam uma história muito parecida com a contada pelo filósofo grego. Cada uma, obedece à cultura e crenças de suas regiões, mas as semelhanças e coincidências são no mínimo inquietantes. Mas não somente lendas. Vários mapas, desenhos e documentos foram encontrados em tempos e lugares diferentes. Para muitos pesquisadores e esotéricos, essas "provas" ajudam a confirmar a existência de "Atlântida".
A história nos conta que a Antártica não foi descoberta até 1818, mas 305 anos antes. em 1513, um grande almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis desenhou vários mapas, dentre esses, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África e oeste da América do Sul e o norte da Antártica. O Mapa foi descoberto acidentalmente em 1929 no palácio-museu de Topkapi, em Istambul.
Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que esse, foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Os mapas mostram com nitidez, centenas de pontos do globo terrestre que só seriam conhecidos, oficialmente, séculos depois com os navegadores espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses. Eles também revelam detalhes geológicos surpreendentes. Várias ilhas e faixas de terras aparecem em vários pontos que não são visíveis hoje em dia, como por exemplo a "falta" do Estreito de Drake (entre América do Sul e a Antártica) e a ilha de Cuba ligada à península da Florida.
As investigações continuam para se saber a origem de tais mapas e como foram feitos com um grau de precisão impressionante. Não há dúvida que o almirante Piri Reis obteve fontes da mais alta confiabilidade. Só nos resta agora saber "quem" fez esses mapas. Muitos estudiosos e cartógrafos, dentre eles o Dr. Arlington H. Mallery que fez todo o trabalho de medição e aferição dos mapas acreditam em que eles têm uma origem muito remota. Pelas pequenas diferenças tamanho e coordenadas, acredita-se em que os mapas tenham sido feitos há 9000, um pouco antes da última Era Glacial. Outro fator defendido por todos é que os mapas foram feitos por uma civilização com grande capacidade técnica e tecnológica. Juntando todos os fatos, coincidências e evidências, são poucos os pesquisadores que não pensam na palavra "Atlântica" nessa altura dos estudos.
Não foram apenas na Grécia e na Turquia que aparecerem fatos e lendas sobre a existência de "outras civilizações" que viveram aqui há milhares de anos. Uma das mais curiosas, foi encontrada em escavações arqueológicas no Peru. Em 1960, no meio do deserto peruano de Ocucaje, perto da cidade de Ica, foram encontrados artefatos de pedra de uma antiga e perdida civilização. Esses artefatos feitos em pedra, retirados da chamada "Biblioteca de Pedra" nos mostra cenas fantásticas de uma civilização com um alto nível cultural e técnico.
O artefato mais intrigante é o mapa-mundi de 10.000 anos de idade. Como uma civilização poderia ter mapeado todo o globo terrestre há milhares de anos? Pode-se ver sem o menor esforço, a América do Sul ligada à Antártica, o que mostra que o mapa foi feito durante a Era Glacial. Mas o ponto mais espetacular do mapa, é o aparecimento de um gigantesco continente, chamado MU, no meio do Pacífico.
Como uma civilização tão avançada assim poderia sumir sem deixar vestígios? Para muitos estudiosos, dentre eles o Dr. Javier Cabrera Darquera que é curador do museu que existe no local, não resta dúvida que essa civilização morava no continente MU e que no fim da Era Glacial, fora completamente engolido pelos mares.
Coincidência com o fato de Atlântida, segundo Platão, também ter sido engolida? Diante de tantos fatos curiosos, não é normal que se pense que esse mítico continente MU seja, em outra língua, o famoso Continente Atlântico, mesmo que no oceano errado?
Mas porque o mito de Atlântida é tão difundido? Porque um diálogo escrito por um filósofo grego há mais de 2000 anos conseguiu transpor os limites acadêmicos da filosofia, história e arqueologia e se tornou numa das lendas mais conhecidas de todos os tempos?
Essa pergunta é respondida com uma palavra: arte. Além de ter um conteúdo poético ou até utópico, Atlântida inspirou centenas de pintores, escritores e poetas em todo o mundo. Seduzidos pelo romantismo e vigor da história, não foi difícil para que a terra submersa se transformasse em musa para artistas do mundo todo.
Talvez a mais famosa referência sobre o mito de Atlântida nas artes, está no livro do escritor francês Julio Verne "20.000 Léguas Submarinas". No livro, o grande Cap. Nemo comandando o magnífico submarino Nautillus encontra a mitológica Atlântida e se põe a transformá-la em seu novo lar. Essa grandiosa obra de ficção científica, escrita no século passado, influenciou muito as gerações de jovens artistas, cientistas e historiadores que vieram depois. Vários arqueólogos de renome, dentre eles o alemão Heinrich Shiliemann também se dedicou à procura de Atlântida, ajudando a popularizar o mito.
Entretanto, o sucesso e a popularidade foi tão grande, que não tardou para que aquilo que só era âmbito da arqueologia e de história, fosse para o lado das pseudos-ciências.
Hoje existem centenas de ceitas e ramos "científicos" que consideram os "atlantes" como seres superiores e místicos. Não são poucos que consideram a própria Atlântida um lugar sagrado e que seus habitantes vivem até hoje nas profundezas dos mares graças aos seus poderes e habilidades secretas. Outra vertente, já acredita na origem extraterrena dos "atlantes". As respostas para vários fenômenos, dentre eles conhecido como "Fenômeno UFO" e o misterioso "Triângulo das Bermudas" tenham a mesma origem do Continente Submerso. Também não é descartada a ligação entre a Civilização Atlântida e o suposto "Mundo Interior".
Crenças religiosas e esotéricas a parte, é bastante comum hoje em dia, ligar novos mistérios à mistérios antigos da humanidade. Foram escritos até os nossos dias com boa aceitação quase 2.000 livros, sobre a existência de Atlântida baseados em interpretações de lendas e crônicas antigas.
Quem começou a preocupar-se seriamente sobre o fundo verdadeiro da Atlântida foi Heinrich Schliemann, o pai da arqueologia moderna.
Schliemann era sonhador, gênio lingüístico e comercial além de autodidata. Alemão de origem, aprendeu meia dúzia de línguas, cada uma no período de alguns meses com perfeição surpreendente. Isso aconteceu, por exemplo, no estudo da língua russa.
Schliemann nasceu em 1822, na Província de Mecklenburg ao norte da Alemanha. Com vinte e poucos anos ele já era representante de uma casa comercial denominada Schrtider, estabelecida em Amsterdã. Em conseqüência de seus conhecimentos perfeitos da língua russa, foi nomeado representante em São Petersburgo.
Pouco mais tarde fundou sua própria firma. Tornou-se, pela primeira vez milionário, pelo comércio de índigo, azeite e chá. Em 1856 aprendeu a língua grega antiga com um sacerdote grego de nome Teocletos Vimpos. Schliemann mudou alguns anos depois para a Califórnia, durante a corrida do ouro, tornando-se pela segunda vez milionário. Voltou em seguida para São Petersburgo e tornou-se, pela terceira vez, milionário como fornecedor de mantimentos ao exército russo, durante a guerra da Criméia. Nessa época casou-se, teve três filhos, mas logo se separou. Em 1869, escreveu de Nova York, onde se tornou cidadão dos Estados Unidos, ao seu antigo amigo Teocletos Vimpos, para que procurasse para ele uma grega jovem, inteligente, bonita, meiga e pobre, com vista a um segundo casamento. O amigo ofereceu a Schliemann uma série de propostas, depois de um anúncio num jornal de Atenas com descrições físicas, intelectuais e fotos. Mas Teocletos tinha em vista sua própria sobrinha "Sofia" de 18 anos (Schliemann tinha naquela ocasião 45 anos). Ela era bonita, inteligente e meiga. O casamento realizou-se rapidamente.
Schliemann em breve conseguiu falar o grego moderno, clássico e arcaico e Sofia, sua esposa, resolveu com este casamento a situação financeira desastrosa de sua família.
Schliemann leu e releu todas as histórias antigas dos historiadores, filósofos e escritores gregos. Logo realizou seu primeiro sonho: comprovar que a história de Ilíada de Homero não era uma mera lenda, mas uma realidade histórica. Depois de ter obtido do governo turco autorização para fazer escavações em Hissalik, na Ásia Menor, realizou sete campanhas de escavações de grande envergadura, comprovando assim a existência verdadeira de Tróia.
Por isso, Schliemann é denominado o pai da arqueologia moderna e admitia-se tudo o que ele dizia sobre outras informações históricas e pré-históricas, inclusive sobre Atlântida.
As escavações em Hissalik tiveram entretanto uma interrupção abrupta, quanto Heinrich e Sofia Schliemann encontraram o chamado tesouro de Príamo. Tratava-se de uma coleção de peças de ouro maciço. Burlando a vigília turca, não resistiram à tentação de apoderarem-se daquele achado de valor incalculável e embarcaram com o roubo para a Grécia. Tornaram-se então donos particulares do que pertencia legitimamente ao governo turco. Houve intervenção diplomática séria por parte da Turquia.
Assim Tróia ficou permanentemente proibida para os Schliemanns. Schliemann doou o tesouro mais tarde para o Museu de Berlim, cujos cientistas nunca deram muita atenção ao doador pelo simples fato de que ele não tinha carreira universitária. O tesouro de Príamo ficou assim, em Berlim até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando desapareceu definitivamente.
A atividade de Schliemann concentrou-se em escavações na Grécia. Encontrou e escavou com êxito a cultura de Micenas, quis escavar Cnosos de Creta, mas o alto preço o desanimou. Cnosos foi escavada mais tarde pelo famoso arqueólogo Arthur Evans (1851-1911).
Schliemann morreu em 1890 em Nápoles, deixando, no entanto, notícias vagas sobre a existência de Atlântida, mas mudou do campo científico de comprovações reais na sua interpretação dos textos de Platão sobre Atlântida para o especulativo. Foi desta maneira que despertou um interesse fora do comum no mundo inteiro, especialmente nos meios pseudo-científicos.
Assim sendo, a Lenda de Atlândida continua fascinando a humanidade há milhares de anos. Verdade? Mito? Para muitos eruditos, pesquisadores, cientistas, esotéricos e românticos isso não importa. O importante é que os segredos e mistérios que mantemos mais escondidos, façam-nos buscar o conhecimento e viajar pela maravilhosa imaginação humana.
Civilizações e Mágias das mesmas:
desde o longo dos tempos existiam civilizações e as mesmas sempre valorizaram muito a religião e os sacerdotes,tanto que em algumas civilizações eles tinham tanto ou mais poder que os próprios reis.
Egito:
A formação do Estado Egípcio (5000/3000 a.C.)
O Egito está situado no nordeste da África, entre os desertos de Saara e da Núbia. É cortado pelo rio Nilo no sentido sul-norte, formando duas regiões distintas: o Vale, estreita faixa de terra cultivável, apertada entre desertos, denominada Alto Egito; o Delta, em forma de leque, com maior extensão de terras aráveis, pastos e pântanos, denominado Baixo Egito.Por volta do quinto milênio antes de Cristo, com o progressivo ressecamento do Saara, bandos de caçadores e coletores de alimentos se fixaram às margens do Nilo. Iniciaram o cultivo de plantas (trigo, cevada, linho) e a domesticação de animais (bois, porcos e carneiros), favorecidos pelas inundações notavelmente regulares e ricas em húmus do rio. Os grupos humanos constituíam-se em clãs, que adotavam um animal ou uma planta como entidade protetora o Tótem. A cerca de 4 000 a. C., as aldeias de agricultores passaram a se agrupar, visando a um melhor aproveitamento das águas do rio, formando os -nomos-, primeiras aglomerações urbanas. Desenvolveu-se um trabalho coletivo de construção de reservatórios de água, canais de irrigação e secamento de pântanos. A agricultura passou a gerar excedentes, utilizados nas trocas entre os nomos. Os egípcios aproveitavam também a riqueza mineral da região, extraindo granito, basalto e pedra calcárea das montanhas que margeiam o vale. Os nomos eram independentes entre si e dirigidos pelos nomarcas que exerciam ao mesmo tempo a função de rei, juiz e chefe militar. Gradualmente, os nomos foram se reunindo em dois reinos, um no Delta, Baixo Egito, e outro no Vale, Alto Egito, que mais tarde irão constituir um só Império. Nesse período anterior à unificação, os egípcios já haviam criado a escrita hierográfica e um calendário solar, baseado no aparecimento da estrela Sírius, dividido em 12 meses de 30 dias cada, mais cinco no final do ano. Os antigos habitantes atribuíam a unificação do país, que ocorreu por volta de 3 000 a.C., a um personagem lendário, Menés, rei do Baixo Egito, que teria conquistado o Alto Egito e formado um só reino com capital em Mênfis. Segundo a crença, o responsável pela unificação era considerado sobre-humano, verdadeiro deus a reinar sobre o Alto e o Baixo Egito e o primeiro -faraó- (rei-deus egípcios). Ora, isso não pode ser comprovado arqueologicamente. A unificação decorreu da necessidade de uma direção centralizada para o melhor controle das enchentes do rio, que tanto podiam trazer a fartura das colheitas, como a destruição das aldeias e das plantações. De todo modo, a crença serviu para divinizar os governantes que se utilizaram muito bem dela para se impor à população e manter um domínio direto sobre todas as terras do Egito. Recebendo impostos e serviços dos camponeses das aldeias, que cultivavam as terras, os faraós acumularam grande soma de poder e de riqueza.PERÍODO DINÁSTICO
Com a unificação dos nomos em um único Estado, iniciou-se o período dinástico da história do Egito, que se divide em três eras principais o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império -separados por períodos intermediários em que a autoridade faraônica decaiu, trazendo anarquia e descentralização. O Antigo Império, entre 2 700 e 2 200 a.C., foi a época em que o poder absoluto dos faraós atingiu o auge, principalmente durante a IV Dinastia, dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, que mandaram construir as enormes pirâmides (sepulcros) da planície de Gizé, perto da capital, Mênfis. O Médio Império, com capital em Tebas, aproximadamente de 2 000 a. C., a 1 700 a.C., foi uma época de expansão territorial, de progressos técnicos nos canais de irrigação e de exploração de minérios na região do Sinai. A mando do faraó Amenemá I, da XII Dinastia, foi construída uma grande represa para armazenamento das águas, que ficou conhecida como lago Méris ou Faium. No período intermediário que se seguiu, houve aumento do poder dos -nomarcas - rebelião de camponeses e escravos e ocupação do Delta pelos hicsos, povo de origem asiática, iniciando um período que durou cerca de um século e meio. O Novo Império começa com a expulsão dos hicsos por volta de 1 580 a.C., e marcou o ponto culminante do país como potência política. Os faraós do Novo Império, destacando-se Tutmés II e Ramsés II, deram início a uma política externa expansionista, com a conquista da Núbia (ao sul), da Síria, da Fenícia e da Palestina, formando um Império que chegava até o Eufrates. Seguiu-se um período denominado Baixo Império, de sucessivas invasões por povos estrangeiros: assírios (671 a.c.), persas (525 a.C.), macedônios (332 a.C.) e romanos (30 a.C.) que liquidaram o Império Egípcios, uma civilização que perdurou por cerca de 35 séculos (3 500 anos). O RIO NILO E A ECONOMIA DO EGITO ANTIGO
O rio Nilo exerceu importância fundamental na economia do Egito, oferecendo água e terra cultivável a uma região situada em pleno deserto. Mas era preciso utilizar a inundação, distribuir a água eqüitativamente, aumentar a superfície irrigada e drenar pântanos. Isso foi feito a partir dos nomos, num trabalho coletivo que envolvia a população de várias aldeias. O grande rio fornecia a alimentação, a maior parte da riqueza e determinava a distribuição do trabalho das massas camponesas nas aldeias. Durante a Inundação (jul /out), com os campos alagados, os homens transportavam pedras para as obras de construção dos faraós, escavavam poços e trabalhavam nas atividades artesanais. Na Vazante (nov / fev), com o reaparecimento da terra cultivável, captavam as águas e semeavam. Com a Estiagem (mar / jun), colhiam e debulhavam os cereais. A alimentação era complementada pela pesca e pela caça realizada nos pântanos do delta do Nilo. A agricultura produzia cevada, trigo, legumes, frutas, uvas e linho. As atividades artesanais, de artigos destinados ao consumo da população, eram realizadas nas oficinas das aldeias. Desenvolviam-se em função das matérias primas e dos produtos agrícolas oferecidos pelo rio: tijolos e vasilhames fabricados com a argila úmida das margens; vinho, pão, cerveja e objetos de couro; fiação e tecelagem do linho; utilização do papiro para a produção de cordas, redes, papel e barcos. O Delta era o principal centro pecuário e vinícola. O artesanato de luxo, de consumo da aristocracia, de alta especialização e qualificação excepcional, ouriversaria, metalurgia, fabricação de vasos de pedra dura ou de alabastro, faiança, móveis, tecidos finos, concentrava-se em oficinas mais importantes, pertencentes ao faraó e ao templo. A cidade de Mênfis possuía a melhor metalurgia. Os funcionários do Faraó eram responsáveis pela circulação dos produtos entre as diversas regiões do país e pela organização do trabalho de mineração e das pedreiras, exploradas através de expedições ocasionais. O pequeno comércio local trocava produto por produto; em transações maiores usavam-se pesos de metal. O grande comércio externo, por terra ou por mar, era realizado com as ilhas de Creta e Chipre, com a Fenícia e com a costa da Somália, para a importação de madeira para a construção naval, prata, estanho, cerâmica de luxo, lápis-lazúli. Organizava-se através de grandes expedições ordenadas pelo Faraó, mobilizando mercadores, funcionários e soldados. O Faraó, através de seus funcionários, controlava diretamente todas as atividades econômicas, proprietário que era das terras do Egito: planejava as obras de irrigação, a construção de tempos, pirâmides e palácios; fiscalizava a produção agrícola e artesanal; organizava o comércio e a exploração das minas; distribuía o excedente; cobra os impostos dos camponeses, usados para sustentar o Estado. O Palácio e o tempo dos deuses eram o centro da acumulação da riqueza.
A formação do Estado Egípcio (5000/3000 a.C.)
O Egito está situado no nordeste da África, entre os desertos de Saara e da Núbia. É cortado pelo rio Nilo no sentido sul-norte, formando duas regiões distintas: o Vale, estreita faixa de terra cultivável, apertada entre desertos, denominada Alto Egito; o Delta, em forma de leque, com maior extensão de terras aráveis, pastos e pântanos, denominado Baixo Egito.Por volta do quinto milênio antes de Cristo, com o progressivo ressecamento do Saara, bandos de caçadores e coletores de alimentos se fixaram às margens do Nilo. Iniciaram o cultivo de plantas (trigo, cevada, linho) e a domesticação de animais (bois, porcos e carneiros), favorecidos pelas inundações notavelmente regulares e ricas em húmus do rio. Os grupos humanos constituíam-se em clãs, que adotavam um animal ou uma planta como entidade protetora o Tótem. A cerca de 4 000 a. C., as aldeias de agricultores passaram a se agrupar, visando a um melhor aproveitamento das águas do rio, formando os -nomos-, primeiras aglomerações urbanas. Desenvolveu-se um trabalho coletivo de construção de reservatórios de água, canais de irrigação e secamento de pântanos. A agricultura passou a gerar excedentes, utilizados nas trocas entre os nomos. Os egípcios aproveitavam também a riqueza mineral da região, extraindo granito, basalto e pedra calcárea das montanhas que margeiam o vale. Os nomos eram independentes entre si e dirigidos pelos nomarcas que exerciam ao mesmo tempo a função de rei, juiz e chefe militar. Gradualmente, os nomos foram se reunindo em dois reinos, um no Delta, Baixo Egito, e outro no Vale, Alto Egito, que mais tarde irão constituir um só Império. Nesse período anterior à unificação, os egípcios já haviam criado a escrita hierográfica e um calendário solar, baseado no aparecimento da estrela Sírius, dividido em 12 meses de 30 dias cada, mais cinco no final do ano. Os antigos habitantes atribuíam a unificação do país, que ocorreu por volta de 3 000 a.C., a um personagem lendário, Menés, rei do Baixo Egito, que teria conquistado o Alto Egito e formado um só reino com capital em Mênfis. Segundo a crença, o responsável pela unificação era considerado sobre-humano, verdadeiro deus a reinar sobre o Alto e o Baixo Egito e o primeiro -faraó- (rei-deus egípcios). Ora, isso não pode ser comprovado arqueologicamente. A unificação decorreu da necessidade de uma direção centralizada para o melhor controle das enchentes do rio, que tanto podiam trazer a fartura das colheitas, como a destruição das aldeias e das plantações. De todo modo, a crença serviu para divinizar os governantes que se utilizaram muito bem dela para se impor à população e manter um domínio direto sobre todas as terras do Egito. Recebendo impostos e serviços dos camponeses das aldeias, que cultivavam as terras, os faraós acumularam grande soma de poder e de riqueza.PERÍODO DINÁSTICO
Com a unificação dos nomos em um único Estado, iniciou-se o período dinástico da história do Egito, que se divide em três eras principais o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império -separados por períodos intermediários em que a autoridade faraônica decaiu, trazendo anarquia e descentralização. O Antigo Império, entre 2 700 e 2 200 a.C., foi a época em que o poder absoluto dos faraós atingiu o auge, principalmente durante a IV Dinastia, dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, que mandaram construir as enormes pirâmides (sepulcros) da planície de Gizé, perto da capital, Mênfis. O Médio Império, com capital em Tebas, aproximadamente de 2 000 a. C., a 1 700 a.C., foi uma época de expansão territorial, de progressos técnicos nos canais de irrigação e de exploração de minérios na região do Sinai. A mando do faraó Amenemá I, da XII Dinastia, foi construída uma grande represa para armazenamento das águas, que ficou conhecida como lago Méris ou Faium. No período intermediário que se seguiu, houve aumento do poder dos -nomarcas - rebelião de camponeses e escravos e ocupação do Delta pelos hicsos, povo de origem asiática, iniciando um período que durou cerca de um século e meio. O Novo Império começa com a expulsão dos hicsos por volta de 1 580 a.C., e marcou o ponto culminante do país como potência política. Os faraós do Novo Império, destacando-se Tutmés II e Ramsés II, deram início a uma política externa expansionista, com a conquista da Núbia (ao sul), da Síria, da Fenícia e da Palestina, formando um Império que chegava até o Eufrates. Seguiu-se um período denominado Baixo Império, de sucessivas invasões por povos estrangeiros: assírios (671 a.c.), persas (525 a.C.), macedônios (332 a.C.) e romanos (30 a.C.) que liquidaram o Império Egípcios, uma civilização que perdurou por cerca de 35 séculos (3 500 anos). O RIO NILO E A ECONOMIA DO EGITO ANTIGO
O rio Nilo exerceu importância fundamental na economia do Egito, oferecendo água e terra cultivável a uma região situada em pleno deserto. Mas era preciso utilizar a inundação, distribuir a água eqüitativamente, aumentar a superfície irrigada e drenar pântanos. Isso foi feito a partir dos nomos, num trabalho coletivo que envolvia a população de várias aldeias. O grande rio fornecia a alimentação, a maior parte da riqueza e determinava a distribuição do trabalho das massas camponesas nas aldeias. Durante a Inundação (jul /out), com os campos alagados, os homens transportavam pedras para as obras de construção dos faraós, escavavam poços e trabalhavam nas atividades artesanais. Na Vazante (nov / fev), com o reaparecimento da terra cultivável, captavam as águas e semeavam. Com a Estiagem (mar / jun), colhiam e debulhavam os cereais. A alimentação era complementada pela pesca e pela caça realizada nos pântanos do delta do Nilo. A agricultura produzia cevada, trigo, legumes, frutas, uvas e linho. As atividades artesanais, de artigos destinados ao consumo da população, eram realizadas nas oficinas das aldeias. Desenvolviam-se em função das matérias primas e dos produtos agrícolas oferecidos pelo rio: tijolos e vasilhames fabricados com a argila úmida das margens; vinho, pão, cerveja e objetos de couro; fiação e tecelagem do linho; utilização do papiro para a produção de cordas, redes, papel e barcos. O Delta era o principal centro pecuário e vinícola. O artesanato de luxo, de consumo da aristocracia, de alta especialização e qualificação excepcional, ouriversaria, metalurgia, fabricação de vasos de pedra dura ou de alabastro, faiança, móveis, tecidos finos, concentrava-se em oficinas mais importantes, pertencentes ao faraó e ao templo. A cidade de Mênfis possuía a melhor metalurgia. Os funcionários do Faraó eram responsáveis pela circulação dos produtos entre as diversas regiões do país e pela organização do trabalho de mineração e das pedreiras, exploradas através de expedições ocasionais. O pequeno comércio local trocava produto por produto; em transações maiores usavam-se pesos de metal. O grande comércio externo, por terra ou por mar, era realizado com as ilhas de Creta e Chipre, com a Fenícia e com a costa da Somália, para a importação de madeira para a construção naval, prata, estanho, cerâmica de luxo, lápis-lazúli. Organizava-se através de grandes expedições ordenadas pelo Faraó, mobilizando mercadores, funcionários e soldados. O Faraó, através de seus funcionários, controlava diretamente todas as atividades econômicas, proprietário que era das terras do Egito: planejava as obras de irrigação, a construção de tempos, pirâmides e palácios; fiscalizava a produção agrícola e artesanal; organizava o comércio e a exploração das minas; distribuía o excedente; cobra os impostos dos camponeses, usados para sustentar o Estado. O Palácio e o tempo dos deuses eram o centro da acumulação da riqueza.
Mágias
Dois tipos de magia são discriminados pelos estudiosos de todas as épocas: a Alta Magia e a Baixa Magia. Jamais devem ser confundidas com magia negra ou magia branca, que se tratam de tipos de magia arbitrariamente designados como tal pela idiossincrasia da moral de quem as trata assim.A Baixa Magia seria a magia de cunho terrestre, geralmente pagã (na acepção etimológica original da palavra: do campo e não como foi posteriormente adotada significando não-cristão) é baseada no desregramento dos sentidos. É baseada na carne, na terra, no suor, no sangue. É o tipo de ritual praticado pelas tribos ditas primitivas e pelos cultos afro-americanos em geral. A Alta Magia seria a magia do controle, a magia do domínio da realidade pelo homem. É um tipo de magia intelectualizada e fria, baseada no puro espírito, ou melhor, na separação platônica da carne e do espírito. O Mago escraviza entidades, ordena coisas, e para tal tem que ser controlado tanto por dentro quanto por fora. O Mago Cerimonial (de Alta Magia) é um sujeito que pratica a abstinência dos prazeres corporais, pois só pode dominar o macrocosmo se seu microcosmo estiver dominado. A missa é um exemplo de ritual de Alta Magia, no sentido de que o padre prega, faz sermão, amedronta, os outros participantes do ritual. Eles comem a carne e bebem o sangue de cristo (resquício pagão) e recebem o Espírito Santo. Tudo muito frio e ordenado, baseado no dogma de um livro (A missa já foi ainda mais cerimonial e cheia de etiqueta, mas um concílio resolveu popularizar o ritual, trocando o latim e o padre de costas pela conversa franca e ameaçadora de um padre regendo pessoas). Na verdade a maioria dos magos cerimoniais era composta por padres ou abades. Eliphas Levi é o maior exemplo.Existe um sistema, um dogma, comum entre ocultistas modernos, que prega a sucessão éonica. Éons seriam períodos de tempo regidos por uma divindade ou característica dominante. Assim, períodos de tempo grandes, mais ou menos 2000 anos, recebem um rótulo, uma divindade, um signo zodiacal, uma característica política, social e uma característica religiosa dominante. Acredita-se que o presente éon começou neste século ou está por começar, e as características desse Novo éon ainda são enevoadas. O primeiro éon (da época histórica) seria o da Deusa, como geralmente a iconografia é egípcia (a idéia de Aeons seria originalmente egípcia), Ísis ou Nut fica como regente desse período. Geralmente se atribui uma organização social matriarcal a este período, mas esta idéia é historicamente incorreta. A organização era tribal ou em clãs, em geral patriarcais mesmo (Algumas sociedades já tinham até um estado semelhante ao moderno, mas baseado em dinastias, como o Egito. Na verdade o Egito e o Oriente Médio nos deram a religião e a organização social do próximo éon, o de Osíris, e mesmo hoje existem tribos que vivem no éon de Ísis, os compartimentos não são estanques). Os homens que viviam em meio à natureza abundante ainda não tinham desenvolvido agricultura, simplesmente colhiam as dádivas da Deusa, Politeísmo, amor filial, culto da terra, etc, como valores essenciais. Não se conhece muito a respeito das culturas verdadeiramente do éon de Ísis simplesmente porque elas não dominavam a escrita. O segundo éon se atribuiu ao deus Osíris. E é basicamente o que conhecemos por cristianismo, feudalismo, patriarcado, exploração indômita da terra, organização rígida, medo como método de coerção social, progresso científico, absolutismo, etc.Neste século ocorreu uma mudança mais brusca do que nos outros éons. O mundo está mais unificado e age mais em conjunto, apesar das diferenças. Todo o progresso científico gerou uma revolução a nível psicológico-antropológico muito maior do que nós, que só conhecemos isto, podemos notar.O individualismo não permite mais religiões de massa. A religião do futuro ou é a ausência de religião ou uma religião individualizada. As pessoas não precisam mais ser aceitas em seu grupo social para sobreviverem, como antigamente. As pessoas não dependem mais dos filhos para comerem, portanto não precisam de muitos filhos. Controlamos nossa fertilidade. Isso é um marco pouco percebido. A TV foi a última e grandiosa manifestação do éon passado, com sua pregação para as massas. Em pouco tempo, via Internet, ninguém vai assistir a mesma novela que o vizinho, a diversificação vai ser tamanha que vai ser impossível passar uma mensagem coerente no sentido de um conspiratório e paranóico domínio das massas.Enquanto a Baixa Magia ressurge em alguns movimentos, como num canto do cisne, a Alta Magia morre. Ninguém mais agüenta uma ladainha fora da realidade como a que acontece nas Igrejas, ninguém agüenta aprender hebraico e grego para chamar espíritos, estudar cabala, e ficar fazendo pose de sério dentro de um círculo. As pessoas estão cínicas e irreverentes demais para isto. Sentiriam-se ridículas fazendo isso.O futuro da magia está na física quântica e na realidade virtual. A catarse das raves prova que o homem não deixou o corpo para trás, como se esperava no éon passado. Informação é o poder do Mago moderno, que não trabalha nem com a pena tampouco com a espada, trabalha com o teclado, à velocidade da luz. O mago não trabalha na inocência ou na ordem, trabalha no Caos. E que fique entendido que isso não é evolução, progresso, melhoria. É transformação, como da pupa para borboleta ou de ser vivo para cadáver putrefato.
A Alta Mágia
É uma fusão rígida da Cabala prática com a Magia Greco-Egípcia. Seu sistema complexo de Magia Ritual é firmemente baseado na tradição medieval Européia. Há uma grande ênfase na Magia dos Números. Os paramentos rituais são de uma impressionante riqueza simbólica, bem como os rituais são bastante variados de acordo com a finalidade e o grau mágico dos participantes. Suas iniciações são por graus, começando pelo Neófito (0=0), indo até os graus secretos (6=5 e 7=4), alcançados, e conhecidos, por poucos. Até há bem pouco tempo, fora da Ordem pensava-se ser o 5=6 o grau máximo da Aurora Dourada. Curioso que na Golden Dawn não se praticava (nem se aceitava) a Magia Sexual.Deste Sistema propagou-se o uso de Sigilos e Pantáculos, bem como ressurgiu o interesse pela Cabala, Numerologia, Astrologia e Geomancia. Além disso, sua interpretação e simplificação do Sistema-dos-Tattwas do livro As Forças Sutis da Natureza de autoria de Rama Prasad, permitiu uma grande abertura. Uma das mais importantes adições ao ocultismo ocidental, dada pela Golden Dawn, foi através de seu método de Criação de Imagens Telesmáticas.Sistema Thelêmico (Thelema, Aleister Crowley)Criado acidentalmente (foi a partir da visita de uma Entidade que Aleister Crowley tomou o direcionamento que o faria criar este sistema), este Sistema original é, atualmente, um dos mais comentados e pouco conhecidos. Tendo como ponto de partida o [conteúdo removido] (O Livro da Lei), ditado por uma Entidade não-humana (o Deus Egípcio Hórus - Deus da Guerra), o sistema Thelêmico ampliou suas fronteiras, fazendo uma revisão na Magia Ritual, na Magia Sexual e nas Artes Divinatórias. Faz uso, a Corrente 93, das Correntes Draconianas, Ofidioniana e Tifoniana.Thelema, em grego, significa vontade.Os Thelemitas reconhecem como equivalente numerológico cabalístico o número 93. Os Thelemitas chamam aos ensinamentos contidos no Livro da Lei de Corrente 93. As duas frases mágicas dos Thelemitas são "Faz o que tu queres, pois é tudo da Lei e Amor é a Lei", "Amor sob Vontade". Que dizem respeito aos mais sublimes segredos do Livro da Lei. As músicas A Lei e Sociedade Alternativa, de autoria de Raul Seixas, definem bem a filosofia Thelemita, que não tem nada a ver com as bobagens que andam dizendo por aí. Rituais importantes são realizados nos dois solstícios e nos dois equinócios, o que demonstra uma influência da Bruxaria.Aleister Crowley foi iniciado na Golden Dawn; associou-se, após abandonar a mesma, com a A.:A.: (Argentum Astrum - Estrela de Prata), também chamada de Grande Fraternidade Branca, e com a O.T.O. (Ordo Templi Orientis - Ordem dos Templos do Oriente), as quais ele moldou de acordo com suas crenças e convicções pessoais. Muitos confundiram Thelema com Satanismo, o que é um imenso engano. Há muitas Ordens Thelêmicas, como a O.R.M (Ordo Rosae Misticae), por exemplo, que seguem a filosofia básica, mas com ditames próprios - como utilizar uma Árvore da Vida com doze esferas (exclui-se Daath), o que resulta num Tarot com 24 Arcanos Maiores.Há, porém, uma cisão da O.T.O, a O.T.O.A. (Ordo Templi Orientis Antigua - Ordem dos Templos do Oriente Antiga), ocorrida quando Aleister Crowley assumiu a direção da O.T.O. mundial; a O.T.O.A. mantém-se fiel à tradição pré-crowleyana, contendo em seu cabedal muitos ensinamentos do Vodu Haitiano. A O.T.O.A. é dirigida por Michael Bertiaux, cuja formação mágica é Franco-Haitiana. Foi ele, aliás, quem introduziu os ensinamentos de Crowley na O.T.O.A., tornando-a, assim, uma das Ordens Mágicas com maior quantidade de ensinamentos a dar. A O.T.O.A., além das Correntes citadas acima (Draconiana, Ofidioniana e Tifoniana), também faz uso da Corrente Aracnidoniana. O sistema da O.T.O. também funciona por graus, indo desde o grau Iº até o VIIº, com muita teoria; daí, vem os graus realmente operativos, o VIIIº (Auto-Magia Sexual), o IXº (Magia Heteroerótica) e o XIº (Magia Homoerótica); existe ainda o grau Xº, que não é porém um grau mágico, mas político-administrativo, sendo seu portador eleito pelos outros portadores dos graus IXº e XIº (o candidato a grau X deverá ser um deles), tornando-se o líder nacional da Ordem. Aleister Crowley era portador do grau-mágico XIº da O.T.O..Sistema Aurum SolisUma variação do Sistema da Golden Dawn, tendo como principal adição ao Sistema mencionado, o uso de práticas de Magia Sexual - muito embora seus métodos dessa forma de Magia não pareçam ser muito potentes. Mas contém no seu bojo todo o material técnico da Golden Dawn, exceto ter realizado uma simplificação na simbologia dos paramentos. Este grupo é liderado pelos renomados ocultistas Melita Denning e Osborne Phillips.Sistema Salomônico (de Salomão)Basicamente consiste no uso de Sigilos e Pantáculos de Inteligências Planetárias, que serão Evocadas, ou Invocadas sobre Talismãs e Pantáculos. É um sistema importante que foi aproveitado por quase todas as Ordens Ocultas hoje em atividade.Sistema da Magia PlanetáriaCriado pelo grupo Aurum Solis, baseia-se em rituais destinados a Evocar ou Invocar os Espíritos Olímpicos, Entidades Planetárias (Inteligências), ou Arquétipos (dos Arcanos do Tarot, Seres ou Deuses/Deusas Mitológicos, entre outros). É um sistema prático, completo, eficiente, de poucos riscos e fácil de colocar em prática.Sistema SangrealCriado pelo famoso ocultista William G. Gray, é um Sistema que busca fundir a Tradição Ocidental em suas principais manifestações: a Cabala e a Magia. Na verdade, a Cabala aqui abordada é a teórica, que aliás é utilizada em todas as Escolas de Ocultismo, exceto aquelas que abraçam o Sistema de Cabala Prática de Franz Bardon, do Sistema Hermético. Apesar disso, é um Sistema racional, que tem fascinado os mais experientes e competentes ocultistas da atualidade. A obra de Gray é extensa mas não excessiva, o que contribui para facilitar o estudo deste Sistema.Sua principal característica é a de criar (dentro de cada praticante) um sistema solar em miniatura. A partir daí, cada iniciado trabalha em seu Microcosmo e no Macrocosmo de forma idêntica.Sistema dos TattwasÉ um método de utilização dos símbolos gráficos orientais representantes dos cinco elementos (Éter/Akasha, Fogo, Água, Ar e Terra). Usa-se o desenho pertinente como forma de meditação e expansão da mente - transformando-se, mentalmente, o desenho em um portal, daí penetrando indo mentalmente, em outras dimensões. É um eficiente método de auto-iniciação.Sistema de PathworkingIdêntico em tudo ao Sistema dos Tattwas, exceto que utiliza-se desenhos relativos às Esferas e Caminhos (Path em inglês significa Caminho) da Árvore-de-Vida, que é um hieróglifo cabalístico. Pode-se, alternativamente, utilizar-se de Sigilos de diversas Entidades (visando viajar para as paragens habitadas por aquelas), ou até mesmo Vévés (Sigilos do Vudú), com a mesma finalidade - a auto-iniciação.Sistema Satânico (Satanismo)É um fenômeno cristão; só existe por causa do Cristianismo. Baseia-se no dualismo Deus-Diabo, presente em tantas culturas; no dualismo Bem-Mal, presente no inconsciente coletivo.Historicamente, o Satanismo como culto organizado nunca existiu, até a criação da Igreja de Satã, fundada em 30 de Abril de 1966, por Anton Szandor LaVey, na Califórnia, Estados Unidos. A partir de então, o Satanismo passou a contar com rituais específicos, buscando criar versões próprias da Magia Ritual e da Magia Sexual, além de ter sua própria versão da Missa Católica, chamada Missa Negra. Basicamente, tudo como convencionou-se chamar de Magia Negra (submeter os outros à nossa vontade, causar enfermidades, provocar acidentes ou desgraças e até a mesmo a morte dos outros, obter vantagens em questões legais, em assuntos ilegais ou imorais, corromper a mente alheia, etc.), tem lugar entre os Satanistas. Na corrente da Igreja de Satã, não se prega o sacrifício animal, substituído pelo orgasmo sexual; o sacrifício humano inexiste, ao menos com a pretensa vítima presente - é aceitável realizar um ritual visando a morte de outrem, que, então, será uma vítima sacrifical, embora não seja imolada num altar, há alguns Satanistas que praticam a imolação de pessoas. Portanto, os Satanistas modernos podem vir a realizar sacrifícios humanos, desde que sejam apenas na forma de rituais representados de forma teatral. Isto é, o sacrifício é de forma simbólica apenas.Os ensinamentos de LaVey baseiam-se nos de Aleister Crowley, Austin Osman Spare, O.T.O. e F.S. (Fraternitas Saturni), além de fazer extenso uso das Chamadas Enoquianas. O Satanismo de LaVey é um culto organizado, sem relação com os Satanistas que, volta e meia, são manchete dos noticiários.Basicamente, a crença do Satanista dividi-se em três pontos:1) O Diabo é mais poderoso que Deus;2) Aqueles que praticam o mal pelo mal, estão realizando o trabalho de Satã, sendo, portanto, seus servidores;3) Satã recompensa seus servidores com poderes pessoais e facilita-lhes satisfazer e realizar seus desejos.Satanistas verdadeiros são raros, a grande maioria dos que se dizem tal são simplesmente pessoas possuídas por forças desconhecidas que invocaram - e seu destino será a cadeia, o manicômio ou a tumba, depois do suicídio. Satanismo não é Luciferianismo.Sistema da Magia Sagrada de Abramelim (Os Quadrados Mágicos)Um tipo de Magia Ritual cujo alvo principal é a conversação com o próprio Anjo da Guarda; depois, se fará uso de uma série de Quadrados Mágicos que evocam energias diversas. É um sistema poderoso e perigoso, no qual muitos experimentadores não foram bem sucedidos. Aliás, muito mal.As instruções dadas no famoso livro que ensina este Sistema não devem ser levadas a cabo literalmente, de forma irrefletida; deve-se, porém, ter total atenção aos ensinamentos, antes de colocar os mesmos em prática. Como em todos os textos antigos, aqui também muita coisa está cifrada ou velada. Deste poderoso Sistema surgiram inúmeras práticas com quadrados mágicos que nada têm relação com o Sistema ensinado nesta obra.Sistema Enoquiano (Magia Enoquiana - Enochian Magic)É um sistema simbolicamente complexo, que consiste na Evocação de Energias ou Entidades de 30 esferas de poder em torno da Terra. É um sistema poderoso e perigoso, mas já existem diversos guias práticos no mercado, que permitem uma condução relativamente segura. Este Sistema foi descoberto por John Dee e Edward Kelley; posteriormente, foi aperfeiçoado pela Golden Dawn, por Aleister Crowley e seus muitos seguidores, entre eles vale destacar Gerald Schueler. Os nomes bárbaros a que se referem muitos textos de ocultismo são os nomes de poder utilizados neste Sistema Mágico. Aqui, trabalha-se num universo próprio, distinto daquele conhecido no Hermetismo e na Astrologia. Busca-se contato com Elementais, Anjos, Demônios e com o próprio Anjo da Guarda. Dizem alguns entendidos que a famosa Arca da União é o Tablete da União, peça fundamental deste Sistema. Esse Tablete da União encontra-se à disposição de qualquer Mago que cruze o Grande Abismo Exterior, após a passagem pelo sub-plano de Zax, no Plano Akashico, Etéreo Espiritual, local aonde estão situados os sub-planos Lil, Arn, Zom, Paz, Lit, Maz, Deo, Zid e Zip, os últimos entre os 30 Aethyrs ou sub-planos. Essa região é logo anterior ao último anel pelo qual nada passa, tudo isso dentro do conceito do Universo pela física enoquiana.Para encerrar nossa abordagem sobre a Magia Enoquiana, um aviso: muito cuidado ao pronunciar qualquer palavra no idioma enoquiano, pois as mesmas têm muita força, podendo provocar manifestações nos planos sutis mesmo que as chamadas tenham sido feitas de forma inconsciente ou inconseqüente.Sistema da Bruxaria (Witchcraft)Até virem à luz os trabalhos de Gerald Gardner, Raymond Buckland e Scott Cuningham, não se podia considerar a Bruxaria um sistema mágico. As bruxas e os bruxos se reúnem nos covens, que por sua vez encontram-se nos sabbats, as oito grandes festividades definidas pelos solstícios, pelos equinócios, e pelos dias eqüidistantes entre esses. Os últimos são considerados mais importantes.A Bruxaria é um misto de métodos de Magia clássica (Ritual, Sexual, etc.), com práticas de Magia Natural (uso de velas, incensos, ervas, banhos, poções, etc.), cultuando Entidades Pagãs em geral. Não tem relação com o Satanismo. Bons exemplos do que podemos chamar de Bruxaria, em língua portuguesa, estão no livro Brida, de autoria de Paulo Coelho. Aquilo lá descrito mostra bem o Sistema da Bruxaria, menos nítido, mas também presente nas suas outras obras. Pena a insistência de algumas pessoas em condenar a bruxaria a um lugar inferior entre os Sistemas Mágicos.Sistema Druida (Druidismo)Há muito em comum entre o Druidismo moderno e a Wicca (nome dado nos países de língua inglesa à Bruxaria). As principais diferenças residem na mitologia utilizada nos seus rituais (a Celta), além dos locais de culto (entre árvores de carvalho ou círculos de pedras). O Druidismo pode ser resumido como um culto à Mãe Natureza em todas as suas manifestações rituais.Sistema Shamânico (Shamanismo)O Shamanismo é a raiz de toda forma de Magia. Floresceu pelo mundo todo, nas mais diversas formas, dando origem a diversos cultos e religiões. Sua origem remonta a Idade da Pedra, com inúmeras evidências disso em cavernas habitadas nessa era. O Shamanismo moderno está ainda embrionário, embora suas raízes sejam profundas e fortes. O Shaman é uma espécie de curandeiro, com poderes especiais nos planos sutis. O Shamanismo caracteriza-se pela habilidade do Shaman entrar em transe com grande facilidade, e sempre que desejado.Sistema Demoníaco (Goetia - Goécia)Consiste na Evocação das Entidades Demoníacas, Demônios, de habitantes da Zona Mauva ou das Qliphás. É uma variação unilateral da Magia Evocativa do Sistema Hermético. Obviamente é um Sistema muito perigoso.Sistema Bon-Po (Bon-Pa)É um Sistema de Magia originário do Tibet. É uma seita de Magia Negra, com estreitas ligações com as Lojas da F.O.G.C (Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada), sediadas em Munich, Alemanha, desde 1825, com outras 98 Lojas espalhadas por todo o mundo. Na O.T.O.A. faz-se uso de práticas mágicas Bon-Pa. Membros da seita Bon-Pa estiveram envolvidos com organizações sinistras, como a Mão Negra, responsável para Arquiduque Ferdinando da Áustria, o que precipitou o mundo na Primeira Guerra Mundial. Durante a era Nazista na Alemanha, membros da seita Bon-pa eram vistos freqüentando a cúpula do poder. Outro nome pelo qual a seita Bon-Pa é conhecida é A Fraternidade Negra. Muitos chefes de Estado, artistas famosos e pessoas de destaque na sociedade, foram ou são vinculados à Bon-Pa ou à F.O.G.C - através de pactos feitos com as Forças das Trevas. Vale notar que, na Alemanha Nazista, todas as Ordens Herméticas foram perseguidas e proscritas - exceto a FOGC. Na China, após a tomada do poder por Mao Tse Tung, todas as seitas foram perseguidas e proscritas - exceto a Bon-Pa. Seriam Hitler e Mao Tse Tung membros das mesmas, assim como seus principais asseclas? Vale a pena ler a obra Frabato, de autoria de Franz Bardon, e a edição do mês de Agosto de 1993 da revista Planeta (Editora Três). Em ambas, muita coisa é revelada sobre a história dessas seitas - inclusive sobre suas práticas nefastas.Sistema Zos-Kia-CultusCriado por Austin Osman Spare, o redescobridor do Culto de Priapo. É a primeira manifestação organizada de Magia Pragmática. Baseia-se na fusão da Magia Sexual com a Sigilização Mágica. A obra Practical Sigil Magic, de Frater U.: D.: revela seus segredos. É um Sistema eficiente, mas não serve para qualquer pessoa, somente para aquelas de mente aberta e sem preconceitos. O motivo é simples: seu método de Magia Sexual é o conhecido como Grau VIIIº na O.T.O., ou seja, a Auto-Magia Sexual.Sistema Rúnico (Magia de Runas - Rune Magick - Runes)Runas são letras-símbolos, cada qual com significados variados e distintos. Tem uso em Divinação, em Magia Pentacular e em Meditação. Infelizmente, a Cabala das Runas perdeu-se para sempre na noite dos tempos. As Runas tem origem totalmente Teutônica. As Runas tem se tornado um dos mais importantes alfabetos mágicos, talvez devido a seu poder como elementos emissores de ondas-de-forma, talvez devido à facilidade de sua escrita.Sistema Icônico ou Iconográfico (antigo Sistema Hebraísta)Desenvolvido por Jean Gaston Bardet, com a colaboração de Jean de La Fye, é um sistema tecnicamente complexo, que consiste em utilizar as letras de fôrma hebraicas como fonte de emissões-de-ondas-de-forma. Hoje, com o Sistema aprimorado por Antônio Rodrigues, utiliza-se dessas letras, além de outros símbolos ou ícones, para a detecção e criação de estados esotéricos, bem como para neutralizar ou alterar energias sutis diversas. É um dos mais potentes que existe, dentro da visão de emissores e detectores de ondas-de-forma. Rodrigues introduziu muitas palavras de conteúdo mágico nesse Sistema, muitas das quais oriundas da obra 777, de Aleister Crowley. Se for utilizado como forma de meditação, ou conjuntamente à Cabala Simbólica (a que faz uso do hieróglifo da Árvore-da-Vida), é eficiente para a prática do Pathworking.Sistema do Vodu (Voudoun - Voodoo)Apesar de ser visto como uma religião primitiva, o Vodu é na realidade, um sistema de Magia bastante completo. Nele encontramos Invocação, Evocação, Divinação, Encantamento e Iluminação. Práticas não encontradas nos outros Cultos Afro (Candomblé, Lucumí, Santeria), como por exemplo a Magia Sexual, presente no Vodu, embora de forma não muito aprimorada, exceto dentro do Vodu Gnóstico e do Hoodoo.As possessões que ocorrem no Vodu (como no Candomblé, Lucumí e Santeria), são reais, fruto da Invocação Mágica dos Deuses, Deusas e demais Entidades. Não se trata de uma exteriorização de algum tipo de dupla personalidade, nem de uma possessão por Elementares ou por Cascarões Avivados (como normalmente ocorre em religiões que fazem uso das mesmas práticas). A possessão no Vodu é um fenômeno completo e real. O Deus "monta" o indivíduo da mesma forma que um ser humano monta num cavalo. As Entidades "emergem" do solo para o corpo do indivíduo, penetrando inicialmente pelos seus pés. É uma sensação única, que só pode ser descrita por quem já teve tal experiência. Cada Loa (Deus ou Deusa) do Vodu tem sua personalidade distinta, poderes específicos, regiões de autoridade, além de insígnias ou emblemas - vevés e ferramentas. Uma fusão dos Cultos Afros só trará benefícios a todos os praticantes da Ciência Sagrada.Os avanços do Vodu foram tantos, especialmente do Vodú Gnóstico, do Vodu Esotérico e do Vodu do Novo Aeon, que entre suas práticas encontra-se até mesmo um Sistema Radiônico-Psicotrônico, que faz uso de Máquinas Radiônicas com as finalidades convencionais (Magia de saúde, de prosperidade, de sucesso, de harmonia, combate às Forças das trevas e às Forças Psíquicas Assassinas, combate aos Implantes Mágicos, etc.), além de favorecer as viagens mentais e astrais. Esse Sistema foi batizado, por seus praticantes, de Vodutrônica.O Vodu é, guardadas as devidas proporções, uma Religião Thelêmica, posto que a verdade individual que se busca no Sistema Thelêmico, culmina aqui com a descoberta do Deus individual, o que resulta numa Religião Individual, isto é, a Divindade e toda a religião de um indivíduo é totalmente distinta do que seja para qualquer outra pessoa. E isso é Thelêmico, ao menos em seu sentido mais amplo. As Entidades do Vudu são fixadas em receptáculos diversos, que vão desde vasos contendo diversos elementos orgânicos misturados (os Assentamentos), até garrafas com tampa, passando pelas Atuas (caixinhas de madeira pintadas com os Sigilos) dos Loas, com tampa, altamente atrativas para os Espíritos. Mas as práticas utilizando elementos da Magia Natural, como ervas, banhos, defumações, comidas oferecidas às Entidades, são todas práticas adicionadas posteriormente ao Vodu, não parte integrante desde seu início. No Vodu se faz uso, além da Egrégora do próprio culto, das Correntes Aracdoniana, Insectoniana e Ofidiana.Sistema de Magia do Caos (Círculo do Caos - Iluminados de Thanateros)A Magia do Caos tem origem nos trabalhos de Austin Osman Spare, redescobridor do Culto de Priapo. A Magia do Caos é atualmente bastante divulgada por seu organizador Peter James Carroll, além de Adrian Savage.Os praticantes da Magia do Caos consideram-se herdeiros mágicos de Aleister Crowley (e da O.T.O.) e de Austin Osman Spare (e da Zos-Kia Cultus). Seu sistema procura englobar tudo quanto seja válido e prático em Magia, descartando tudo quanto for mais complexo que o necessário. Caracteriza-se por não ter preconceitos contra nenhuma forma de Magia, desde que funcione.Está se tornando o mais influente Sistema de Magia entre os intelectuais da modernidade. Entre suas práticas mais importantes vale ressaltar o uso da Magia Sexual, em especial dos métodos de mão esquerda. Seus graus mágicos são cinco, em ordem decrescente: 4º, 3º, 2º, 1º e 0º.Sistema de Magia NaturalConsiste na utilização de elementos físicos, na forma de realizar atos de Magia Mumíaca (éfiges de pessoas, representando-as, tornando-se receptáculos dos atos mágicos destinados àquelas), bem como no uso de banhos energéticos, defumações, pós, ungüentos, etc., visando obter resultados mágicos pela via do menor esforço.Sistema Necronomicônico (do Necronomicon)Uma variação da Magia Ritual, que baseia-se na mitologia presente nos contos de horror do autor H. P. Lovecraft em especial no Deus Cthulhu, e no livro mágico Necronomicon (citado com freqüência pelo autor). Atualmente, diversos grupos fazem uso deste Sistema na prática, entre eles valendo destacar a I.O.T., a O.R.M. e a Igreja de Satã. Frank G. Ripel, ocultista italiano que lidera a O.R.M., pode ser considerado o mais importante divulgador deste Sistema de Magia, além de ser o renovador do Sistema Thelêmico. Mas o grupo I.O.T. tem sido o responsável pela modernização (e explicação racional) deste poderoso Sistema. Aliás, poderoso e perigoso, por isso mesmo atraente. Tão atraente que foi criada uma coleção de RPG's versando sobre o culto de Cthulhu, o Necronomicon e outras idéias de H.P. Lovecraft.Sistema Luciferiano (Luciferianismo - Fraternitas Saturni)Muito parecido com o sistema de Magia da O.T.O. (Thelêmico), centralizando suas práticas na Magia Sexual (em especial nas práticas de Mão Esquerda), na Magia Ritual e na Magia Eletrônica, conta, porém, com uma distinção fundamental do sistema pregado por Aleister Crowley: enquanto na O.T.O busca-se a fusão com a Energia Criadora, através da dissolução do ego, na Fraternitas Saturni (FS) busca-se elevar o espírito humano a uma condição de Divindade, alcançando o mesmo estado que o da Divindade cultuada: Lúcifer, a oitava superior de Saturno, cuja região central é o Demiurgo, e cuja oitava inferior é Satã, Satan, Shatan ou Satanás (e sua contra-parte feminina, Satana). Portanto, Lúcifer e Satã são entidades distintas. Na F.S., há 33 graus, alguns mágicos, outros administrativos.Sistema Hermético (Hermetismo - Franz Bardon)Sistema amplamente explicado (na teoria e na prática) nas obras de Franz Bardon, reencarnação de Hermes Trismegistos (conforme sua autobiografia intitulada Frabato, The Magician. O sistema Hermético prega um desenvolvimento gradativo das Energias no ser humano, partindo de simples exercícios de respiração e concentração mental, até o domínio dos elementos, daí à Evocação Mágica, e até à Cabala, aonde aprende-se o misticismo das letras e o uso mágico de palavras e sentenças, algumas das quais foram utilizadas para realizar todos os milagres descritos na Bíblia e em outros textos sagrados. É o único Sistema totalmente racional e científico.Sistema Cabalístico (Quabbalah - Tantra - Kabalah - Fórmulas Mágicas)Conforme dito acima, é a prática do misticismo das letras (isto é, do conhecimento das cores, notas musicais, elementos naturais e suas respectivas qualidades, regiões do corpo em que cada letra atua, etc.), daí das palavras e de sentenças; o uso de mais de uma letra, cabalisticamente, tem o nome de Fórmula Cabalística. Tantra no Oriente, Cabala no Ocidente. Há muitas escolas de Tantra, outras tantas de Cabala.Muitas Escolas de Ocultismo, que utilizam a Cabala como parte de seus ensinamentos, o fazem utilizando a chamada Cabala Teórica, que baseia-se no hieróglifo da Árvore da Vida e suas atribuições. Poucas Escolas utilizam a Cabala Prática, como ensinada por Franz Bardon. As diferenças entre a Cabala Prática e a Teórica são muitas, mas, como principal distinção, na Cabala Teórica o enriquecimento pessoal é apenas a nível teórico, isto é, intelectual, enquanto que na Prática se aprende, se compreende, se vive a realidade do Misticismo das Letras. O mesmo conhecimento que foi utilizado para criar tudo quanto existe no Universo. É simultaneamente Dogmático e Pragmático.Magia EletrônicaÉ um acessório da Magia Ritual, utilizando-se de paramentos do tipo Bobina Tesla ou Gerador Van De Graff para gerar poderosas energias visando potencializar os rituais.Sistema Psicotrônico (Psicotrônica)É uma forma de Magia Pragmática, pois utiliza o simbolismo próprio do Mago (uma vez que será este a determinar quais os números a serem utilizados, qual o tempo de exposição ao poder do equipamento utilizado, ou ainda uma série enorme de fatores passíveis de emissão psicotrônica, detectadas ou determinadas por meios radiestésicos ou intuitivos), aliado à eletricidade e à eletrônica, para produzir seus efeitos. Apesar de utilizar-se de aparato muitas das vezes sofisticado, tem o mesmo tipo de ação que outras variedades de Magia Ritual, isto é, depende inteiramente (ou quase) das qualidades mágicas do operador.Sistema de Emissões de Ondas-devidas-às-formas (Sistema de Ondas-de-Formas)É uma forma de Magia Dogmática, posto que faz uso de paramentos e símbolos sem paralelo no sub-consciente do Mago; exceção se aplica aos gráficos que dependem de uma seleção radiestésica de seu design, como, por exemplo, no sistema Alpha-Omega (aonde se seleciona os algarismos numéricos e a quantidade de círculos em torno daqueles, para se construir o gráfico) neste sistema Pragmático. Para exemplificar o uso prático, se utiliza equipamentos bidimensionais ou tridimensionais; os primeiros são os gráficos emissores, compensadores e moduladores de Ondas-de-Forma, enquanto os outros são os aparelhos tipo pirâmides, esferas ocas, meias-esferas, arranjos espaciais que parecem móbiles, etc. Neste Sistema, na sua parte tridimensional, é que se utiliza os pêndulos, as forquilhas e demais instrumentos radiestésicos, rabdomânticos e geobiológicos.Sistema Radiônico (Radiônica)É a única modalidade de Magia que, apesar de totalmente encaixada no sistema de Magia Ritual, e herdeira única do sistema Psicotrônico, reúne em si, simultaneamente, as características de Dogmatismo e Pragmatismo.Os métodos utilizados para a detecção das energias são nitidamente Pragmáticos, uma vez que fazem uso de pêndulos (radiestesia) ou das placas-de-fricção (sistemas sujeitos à Lei das Sincronicidades, de Carl Gustav Jung).O coração do sistema Radiônico, porém, não é seu método de detecção (uma vez que há aparelhos sem nenhum sistema de detecção, como a Peggotty Board, ou Tábua de Cravilhas), mas seu sistema de índices.Esses índices são em geral descobertos ou criados pelos pesquisadores do sistema em questão, e passados adiante para os outros usuários do sistema, que não são necessariamente pesquisadores. Assim, quando se utiliza índices desenvolvidos por outras pessoas, se está operando no sistema Dogmático, apesar de que os números presentes nos índices são sempre comuns à mente de qualquer operador - mas as seqüências em que eles aparecem, que formam os índices, o fazem de forma desconhecida ao sub-consciente do operador, portanto de forma Dogmática.Quando, porém, fazemos uso de índices que sejam fruto de nossas próprias pesquisas ou experiências, trabalhamos, então, de forma Pragmática. Portanto, em se tratando de Radiônica, somente nossas próprias pesquisas permitem um trabalho totalmente Pragmático.Sistema do CandombléMuito parecido com o Sistema do Vodu, mas simplificado. Na verdade, o Candomblé é um culto aos Deuses e Deusas do panteão Nagô, aonde predomina a Magia Natural, com grande ênfase nos sacrifícios animais, na criação de Elementares Artificiais e em outras tantas práticas mágicas - como os banhos de ervas, o uso de pós mágicos, etc. Além de Evocações e Invocações das Divindades cultuadas. É um Sistema de grande potencial, infelizmente tornado, ao longo dos anos, inferior ao Vodu, do ponto de vista iniciático.Sistema da UmbandaConsiste na Invocação de Entidades de um panteão próprio e extremamente complexo, visando obter os favores das Entidades incorporadas. Também existe a Evocação quando se faz oferendas de itens diversos para as Entidades. É basicamente um culto de Magia Branca.Sistema da QuimbandaMuito parecido com o Sistema da Umbanda, com exceção de que não se atua com Entidades demoníacas; é basicamente um culto de Magia Negra.Sistema da WiccaUm aprimoramento do Sistema de Feitiçaria, a Wicca é uma religião muito bem organizada e sistematizada, sendo que nela se aboliu a prática de sacrifícios animais, que era freqüente na Feitiçaria. Há um ramo mais sofisticado da Wicca, a Seax-Wicca, dos seguidores de Gerald Gardner, que busca aprimorar a Wicca, transformando-a num culto menos dogmatizado que o tradicional.Sistema de Magia SexualTemos aqui uma abertura para oito sub-sistemas:- Sistema da O.T.O.:Basicamente um método de Magia Sexual que busca a elevação espiritual através do sexo. Tem três graus de aptidão mágica sexual - o VIII, o IX e o XI. Pode ser considerado o Tantra ocidental.- Sistema da O.T.O.A.:É muito parecido com o da O.T.O., porém faz uso não apenas da Magia Sexual praticada fisicamente, mas também de práticas astrais desse tipo de Magia.- Sistema MaatianoCriado por dissidentes da O.T.O., tem uma visão mais moderna da Magia Sexual. Sua visão sobre o grau XIº é particularmente distinta.- Sistema da Fraternitas Saturni (F.S.)É derivado da O.T.O., mas abertamente Luciferiano.- Sistema AnsariéticoCriado pelos Ansariehs ou Aluítas da Síria, é o primeiro dos modernos métodos de Magia Sexual.- Sistema de EulisCriado por Pascal Beverly Randolph, um iniciado entre os Aluítas, é um método científico de Magia Sexual ocidental, muito poderoso e perigoso. Seu criador era médico, e cometeu suicídio após muitos problemas na vida. Era mulato, político liberal, libertino, residente nos Estados Unidos no século XIX.- Sistema Zos-KiaCriado por Austin Osman Spare, consiste no uso mágico da Auto-Magia Sexual ou Auto-Amor. É também um Sistema muito potente e perigoso. Seu criador, talentoso artista plástico, morreu esquecido e quase na miséria.- Sistema PalladiumCriado por Robert North, estudioso de Franz Bardon, P.B.Randolph, Aleister Crowley, além de outros mestres do ocultismo. Tem sua doutrina, os Palladianos, no conceito do ser humano pré-adâmico, isto é, no ser humano bissexuado, para o qual o relacionamento sexual era desnecessário para a procriação. Esses seres eram os Elohim, Filhos de Deus, que criaram o pecado relacionando-se sexualmente uns com os outros - o que era desnecessário - provocando a queda da humanidade. Com o pecado, veio a punição: Deus dividiu o sexo dos seres humanos, o que provocou a expulsão deles do Éden. Baseando-se nessa crença, além de buscar decifrar os ensinamentos ocultos de todos os Mestres, e interpretar o significado oculto da literatura, os Palladianos buscam trazer luz aos conceitos tão mal compreendidos da Magia Sexual.
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