Deuses Indianos
Apsarás
Apsarás (Sânscrito: अप्सरा, apsarā) são os espíritos femininos das nuvens e das águas na mitologia Hindu e Budista.
No Rig-Veda há apenas uma Apsará, a esposa de Gandharva; em escrituras posteriores há muitas Apsarás, criadas por Brahma, que agem como criadagem de Indra ou como donzelas celestiais da sua corte que dançavam diante do seu trono.
Natya Shatra lista as seguintes apsarás: Manjukesi, Sukesi, Misrakesi, Sulochana, Saudamini, Devadatta, Devasena, Manorama, Sudati, Sundari, Vigagdha, Vividha, Budha, Sumala, Santati, Sunanda, Sumukhi, Magadhi, Arjuni, Sarala, Kerala, Dhrti, Nanda, Supuskala, Supuspamala e Kalabha.
Os Apsarás são ninfas do paraíso de Indra. O nome, significa 'movendo-se na água,' tem analogia com Afrodite. Elas não são provenientes dos Vedas, mas Urvasi e outras poucas mencionadas. No Manu elas são chamadas as criações dos sete Manus. Nos poemas épicos elas são proeminentes, e o Ramayana e os Puranas atribuem sua origem ao movimento dos oceanos(Veja em Amrita). Elas são ditas saídas das águas, os deuses as tomaram por esposas, assim elas tornar-se comuns a todos. Elas foram apelidadas de Suranganas, 'esposas dos deuses,' e Sumad atmajas, filhas do prazer.'
"Então das profundezas agitadas surgiram às legiões das Apsarás, assim chamadas por saírem do elemento água que lhes era próprio. Destes seres. Miríades nasceram, e todas trajadas com vestes celestiais, e jóias celestes: Ainda mais divinos são os seus semblantes celestiais, enriquecidos com todas as dádivas da graça, da juventude e da beleza. Um séquito numeroso a seguem ; Mesmo deste modo belas, Nem deuses nem demônios buscam seu legítimo amor: De fato Raghava! Elas ainda mantém seu encanto. Os tesouros dos céus"
Apsarás dizem ser capazes de mudam suas formas de acordo com a sua vontade, e especialmente governam a fortuna do jogo e da jogatina. Urvasi, Menaka, Rambha e Tilottama são as mais famosas entre as Apsarás que são bem versadas nas artes da música e da dança. O número total de Apsarás na corte de Indra é 26, cada uma representando um distinto aspecto de uma das artes. Elas podem ser comparadas com as musas da Grécia antiga ou ninfas, dríadas, náiades, etc.
Um dos seus deveres é guiar ao paraíso os guerreiros que caem em combate, se tornando suas esposas. Elas são divididas em daivika ("divinas") ou laukika ("mundanas").
Nas Puranas vários ganas ou classes delas são mencionadas com nomes distintos. O Vayu Purana enumera quatorze, o Hari-vansa sete classes. Elas são novamente distinguidas como seres daivika, 'divinos,' ou laukika, 'ordinários.' A principio diz serem dez e mais tarde trinta e quatro, e elas são as encantadoras (feiticeiras) celestes que fascinam os heróis, como Urvasi, e persuadem os austeros sábios em sua devoção e penitências, como Menaka e Rambha.
O Kasi-khanda menciona "Há trinta e cinco milhões delas, mas somente umas mil e sessenta são as principais." As Apsarás, então, são seres do mundo das fadas, lindas e voluptuosas. Elas são as esposas ou as amantes amantes Gandharvas, e não é prudente dispensar seus favores. Seus namoros na Terra foram numerosos, e elas são as recompensas do paraíso de Indra para os heróis que caíram em batalha. Elas tem a força de mudar as suas formas; they are afeiçoadas aos jogos de dados, e dão sorte aqueles que as favorecem. No Atharva-veda elas não são tão amaveis; que podem produzir a loucura, e por isso há encantos e encantamentos para se usar contra elas. Há um longo artigos sobre elas no dicionário de Goldstucker, do qual muito do que há acima foi adaptado.
observações
"Originalmente estas divindades parecem ter sido personificações de vapores que são atraídos pelo sol e formam a névoa e neblina; estes personagens parecem ser vagamente mencionados nos hinos do Rig-veda. Em um período subseqüente …(seus atributos foram expandidos com a sua associação com os Gandharvas), elas tornaram-se divindades que representam fenômenos ou objetos físicos ou etéricos associados com a vida" (a vida elementar do céu).
As Apsarás estão associadas aos ritos de fertilidade. No Hinduísmo, as menores Apsarás (também Vrikshaka, fadas) são às vezes referidas como espíritos da natureza, que enganam os homens os levando até a morte.
Apsarás são freqüentemente citadas nas artes budistas do Camboja até China. Elas são motivos de decorações dos templos de Angkor.
Ardjuna
Ardjuna é uma personagem da mitologia hindu.
Filho do deus Indra é um dos cinco hérois da epopéia hindu.
Seu feitos estão documentatdos em Mahabharata.
Brahma
Brahma é o primeiro Deus da Trimurti, a Trindade Hindu mas não recebe tanta atenção como os outros dois: Vishnu e Shiva.
Brahma é considerado pelos hindus a representação da força criadora ativa no universo.
A visão de universo pelos hindus é cíclica. Depois que um universo é destruído por Shiva, Vishnu se encontra dormindo e flutuando no oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado, Brahma aparece montado num Lótus, que brotou do umbigo de Vishnu e recria todo o universo.
Depois que Brahma cria o universo, ele permanece em existência por um dia de Brahma, que vem a ser aproximadamente 4.320.000.000 anos em termos de calendário hindu. Quando Brahma vai dormir, após o fim do dia, o mundo e tudo que nele existe é consumido pelo fogo, quando ele acorda de novo, ele recria toda a criação, e assim sucessivamente, até que se completem 100 anos de Brahma, quando esse dia chegar, Brahma vai deixar de existir, e todos os outros deuses e todo o universo vão ser dissolvidos de volta para seus elementos constituíntes.
Brahma é representado com quatro cabeças, mas originalmente, era representado com cinco. O ganho de cinco cabeças e a perda de uma é contado numa lenda muito interessante. De acordo com os mitos, ele possuía apenas uma cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma mulher, chamada Satrupa, também chamada de Sarasvati. Quando Brahma viu sua criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa. Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brahma movendo-se para todos os lados. Para poder vê-la onde quer que fosse, Brahma criou mais três cabeças, uma à esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até o alto do céu, fazendo com que Brahma criasse uma quinta cabeça olhando para cima, foi assim que Brahma veio a ter cinco cabeças. Da união de Brahma e Satrupa, nasceu Suayambhuva Manu, o pai de todos os humanos.
Nas escrituras, é mencionado que a quinta cabeça foi eliminada por Shiva. Brahma falou desrespeitosamente de Shiva, que abriu seu terceiro olho e queimou a quinta cabeça de Brahma.
Brahma tem quatro braços e nas mãos ele segura uma flor de Lótus, seu Cetro, colher, um rosário, um vaso contendo água benta e os Vedas. O veículo de Brahma é o cisne "Hans-Vahana", o símbolo do conhecimento. A esposa de Brahma é Sarasvati, a Deusa da Sabedoria.
Na Índia, Brahma é pouco cultuado, pois na visão hindu, sua função já se acabou depois que o universo foi criado. As lendas sobre Brahma não são tantas nem tão ricas quanto as de Vishnu e Shiva. Para Vishnu e Shiva, existem incontáveis templos de adoração, mas para Brahma, apenas um, que fica no lago Pushkar em Ajmer.
Dia de Brahma
Brahma vive cem anos, mas não são anos humanos, são anos de Brahma. O período do dia ou da noite da vida de Brahma é chamado de Kalpa, quando a noite de Brahma chega, o universo é reabsorvido (Pralaya) no seu sono divino. Um Kalpa corresponde a 4.320.000.000 anos terrestres. A idade da Terra é medida em quatro Yugas ou "Eras", que são:
- Satya-Yuga: 4.800 anos
- Treta-Yuga: 3.600 anos
- Dwapara-Yuga: 2.400 anos
- Kali-Yuga: 1.200 anos
- Total: 12.000 anos
A cada Yuga que se passa, a virtude no mundo vai caindo progressivamente. Na Satya-Yuga a virtude prevalece e o mal é desconhecido. Na Treta-Yuga a virtude cai para três quartos. Na Dwapara-Yuga a virtude já caiu pela metade. Na Kali-Yuga, só resta um quarto de virtude. As quatro Yugas juntas formam a Mahayuga.
Na cultura Hindu, Vivasvat (também Visvakarma ou Vivasvan) é uma divindade solar e o arquitecto que projetou as cidades e palácios dos deuses.
Vixnu
Na mitologia hindu, Vishnu (em hindi, विष्ण, da raiz sans. vishva = tudo), juntamente com Shiva e Brahma formam a Trimurti, a Trindade Hindú, sendo Vishnu o Deus responsável pela manutenção do universo.
Nas duas representações comuns de Vishnu, ele aparece flutuando sobre as ondas em cima das costas de uma Serpente-Deus chamada "Shesh Nag", ou flutuando sobre as ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus atributos divinos, uma concha, um disco de energia, o Lótus e um Cajado.
A concha se chama "Panchjanya", que têm nela todos os cinco elementos da criação: ar, fogo, água, terra e éter. Quando se assopra nessa concha, pode se ouvir o som que deu origem à todo o universo, o Om
O disco, ou roda de energia de Vishnu, se chama "Sudarshana" ele representa o controle dos seis sentimentos, e serve de arma para cortar a cabeça de qualquer demônio.
O Lótus de Vishnu, se chama Padma, e é o símbolo da pureza e representa a Verdade por trás da ilusão.
O cajado de Vishnu, se chama "Kaumodaki", ele representa a força da qual toda a força física e mental do universo são derivadas.
Segundo o hinduísmo, Vishnu vem ao mundo de diversas formas, chamadas avatares, que podem ser humanas, animais ou uma combinação dos dois. Todos esses avatares aparecem ao mundo, quando um grande mal ameaça a Terra, no total, existem dez avatares de Vishnu, das quais nove já se manifestaram no nosso mundo - sendo Rama e Krishna os mais conhecidos - e outra ainda está por vir. São elas:
- Matsya, o Peixe;
- Kurma, a Tartaruga;
- Varaha, o Javali;
- Narasimha, o Homem-Leão;
- Vamana, o Anão;
- Parashurama, o Homem com o machado;
- Rama
- Krishna
- Buddha, o Iluminado (Sidarta Gautama) Nota: segundo os budistas, há 24 Budas, que não são encarnações de Vishnu, um deus de outra religião. Sidarta Gautama, o Buda histórico, foi um dos Budas.
- Kalki, o espadachim montado a cavalo que ainda está por vir.
A esposa de Vishnu é a deusa Lakshmi, deusa da prosperidade e sorte que o acompanha encarnado na terra como esposa de seus avatares. O veículo de Vishnu é Garuda, a águia gigante. Vishnu tem uma forte relação com a água (Nara), tanto que um de seus nomes é "Narayana", aquele que flutua sobre as águas. Ele é representado ao lado de uma Serpente com muitas cabeças, já mencionada anteriormente. Do seu umbigo, nasce uma flor de Lótus da qual emerge Brahma, o deus criador do universo.
Outros nomes de Vishnu
Há uma famosa prece hindu denominada Vixnusahastanama-stotra, ou os "mil nomes de Vixnu". Os nomes derivam dos atributos do deus.Esses são alguns dos principais:
- Acyutah (firme, permanente)
- Ananta (sem fim, eterno, infinito)
- Kesava (de cabelo abundante e belo)
- Narayana ("o que está sobre a água")
- Madhava (relacionado à primavera)
- Govinda (chefe dos pastores: um nome de Krishna)
- Madhusudanah (aquele que destrói o demônio Madhu)
- Trivikrama
- Vamana (anão)
- Aridhara
- Hrsikeshah
- Padmanabha (de cujo umbigo brota o lótus que contém Brahma)
- Damodara (um nome de Krishna)
- Gopala (pastor: ref. Krishna)
- Janardanah
- Vāsudeva (filho de Vasudeva: ref. Krishna)
- Anantasayana
- Sriman
- Srinivasa
Ganesha
No hinduísmo, Ganexa ou Ganesha (sânscrito: गणेश ou श्रीगणेश (quando usado para distinguir status de Senhor) (ou "senhor dos obstáculos," seu nome é também escrito como Ganesa e Ganesh, algumas vezes referido como Ganapati) é uma das mais conhecidas e veneradas representações de deus. Ele é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e o "esposo" de Buddhi (também chamada Riddhi) e Siddhi. Ele é chamado também de Vinayaka em Kannada, Malayalam e Marathi, Vinayagar e Pillayar (em Tamil), e Vinayakudu em Telugu. 'Ga' simboliza Buddhi (intelecto) e 'Na' simboliza Vijnana (sabedoria). Ganesha é então considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado como um deus amarelo ou vermelho, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. Ele é freqüentemente representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra. Tipicamente seu nome é prefixado com o título Hindu de respeito 'Shri' ou Sri.
Ganesha é o símbolo das soluções lógicas, e deve ser interpretado como tal. Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante, e ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato. Desta forma Ganesha representa uma solução lógica para os problemas, ou "Destruidor de Obstáculos". Sua consorte é Buddhi (um sinônimo de mente) e ele é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) pelos mercadores e homens de negócio. A razão sendo a solução lógica para os problemas e a prosperidade são inseparáveis.
O culto de Ganesha é amplamente difundido, mesmo fora da Índia. Seus devotos são chamados Ganapatyas.
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