sábado, 26 de setembro de 2009

CAUSAS DA OBSESSÃO


As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito.

Ás vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência.

Muitas vezes, também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram;

encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor.

Esses Espíritos agem, não raro por ódio e inveja do bem;

daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas. Um deles se apegou como "tinha" a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar. Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas distintas, em vez de o fazer a homens maus como ele, respondeu: estes não me causam inveja.



Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de lhes resistirem. Um destes últimos, que subjulgava um rapaz de inteligência muito apoucada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu: Tenho grandíssima necessidade de atormentar alguém;

uma pessoa criteriosa me repeliria;

ligo-me a um idiota, que nenhuma força me opõe.


Sob o ponto de vista global, podemos afirmar que as causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições, quais sejam:

vícios,

paixões exacerbadas,

perversões sexuais,

crimes,

ganância,

apegos excessivos à pessoas e objetos,

que nos colocam em estado de sintonia vibratória com os espíritos desencarnados em função da afinidade moral, estando então o Ser sujeito a reajustes e resgates específicos.

Na visão de Emmanuel e Scheila, apresentadas através das obras psicografadas por Francisco C. Xavier, as possíveis causas de obsessão são:

a cabeça e mãos desocupadas;

a palavra irreverente;

a boca maledicente;

a conversa inútil e fútil, prolongada;

a atitude hipócrita;

o gesto impaciente;

a inclinação pessimista;

a conduta agressiva;

o apego demasiado a coisas e pessoas;

o comodismo exagerado;

a solidariedade ausente;

tomar os outros por ingratos ou maus;

considerar nosso trabalho excessivo;

o desejo de apreço e reconhecimento;

o impulso de exigir dos outros mais do que de nós mesmos;

fugir para o álcool ou drogas estupefacientes.

OUTRAS CAUSAS APONTADAS:
vingança de espíritos contra pessoas que lhes fizeram sofrer nessa ou em vias anteriores;

Desejo simples de fazer os outros sofrerem, por ódio, inveja, covardia;

Para usufruir dos mesmos condicionamentos que tinham quando na vida física, induzem seus afins a cometê-los;

Apegos às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões quando em vida;

Por interesses em destruir, desunir, dominar, provocar o mal, manter distúrbios, partindo de espíritos inteligentes das hostes inferiores.

Na avaliação de nosso mentor espiritual André Luiz (Evolução Em Dois Mundos, psicografado por Francisco C. Xavier, 11ª edição, 1989, pg. 130) caminhamos pelo universo “sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa. Isto porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade das palavras para simpatias ou repulsões fundamentais.” O mesmo mentor, (Mecanismos da Mediunidade – Francisco C. Xavier – Waldo Vieira, 13ª edição, 1994, pg., 82-83) nos diz “É o pensamento contínuo fluxo energético, incessante, revestido de poder criador inimaginável, (...). A corrente mental, segundo anotamos, vitaliza particularmente todos os centros da alma e, conseqüentemente todos os núcleos endócrinos e junturas plexiformes da usina física, em cuja urdidura dispõe o Espírito de recursos para os serviços da emissão e recepção ou exteriorização dos próprios pensamentos e assimilação dos pensamentos alheios


É de importância vital aos que lidam com o tratamento da obsessão, descobrir as causas que levaram o paciente a cair sob o domínio do Espírito_obsessor que o atormenta. Sabemos, através dos ensinamentos de Allan_Kardec, que no fundo de todas as perturbações espirituais residem as fraquezas morais do perturbado, as imperfeições da alma que são as portas de entrada para a influência estranha.

Algo parecido acontece com as doenças do corpo físico: quando elas se instalam no organismo, a causa está geralmente nas fraquezas da estrutura orgânica.

Em estudos realizados no Grupo Espírita Bezerra de Menezes, na cidade de São José do Rio Preto, SP, onde foram examinados mais de 7 mil casos de anormalidades comportamentais, causadas por Espíritos ou não, se classificou as causas da obsessão como sendo provenientes de quatro fontes distintas:

Causa moral Há duas situações que podem levar um paciente a ser vítima da obsessão de fundo moral: o Espírito imaturo e o Espírito mal orientado. No primeiro caso, o da imaturidade espiritual, encontram-se pacientes poucos adiantados moralmente, com o psiquismo ainda dominado por pensamentos inferiores. A conduta dessas pessoas em torno de ações e pensamentos inferiores atrai Espíritos imperfeitos que se afinizam com elas. No começo da relação, verifica-se tão somente uma interferência em algumas atitudes do indivíduo. Mais tarde, aparece um delicado mecanismo de interinfluenciação, onde as vontades e os desejos são trocados entre perturbado e perturbador.
A seguir, a vontade do obsediado vai aos poucos sendo substituída pela do obsessor, instalando-se o fenômeno obsessivo. Este tipo de obsessão é comum e há situações em que seus portadores nem percebem que dividem sua vida mental com um Espírito inferior. Nesse tipo de obsessão não há grande chance de sucesso no tratamento. O que se pode conseguir é uma melhoria relativa, pois não há como mudar bruscamente o estado evolutivo de uma pessoa, fazendo-a entender conceitos que ainda não tem condições de conceber.
Na segunda situação, a do Espírito mal orientado, encontram-se os pacientes que tiveram educação deficitária no lar, na religião ou na escola. A inferioridade do mundo terreno, seus costumes e sistemas educativos estimulam no ser humano o desenvolvimento das paixões e o afastam de Deus. Estruturas psicológicas mal orientadas provocam nas pessoas condutas desregradas, levando-as a sintonizar com Espíritos inferiores. Pelo mesmo mecanismo citado acima, forma-se o processo obsessivo de fundo moral. Nesses casos, o tratamento será mais fácil, pois trata-se de um problema que uma simples orientação bem conduzida pode resolver.

Causa cármica – Classificam-se como obsessões cármicas os casos obsessivos relacionados com as vidas passadas de um paciente em desequilíbrio. Carma é um termo que se refere à bagagem histórica do Espírito. É o produto de todas as encarnações vividas pela entidade. A palavra "carma" é de origem sânscrita (uma das mais antigas línguas da Índia), e significa "ação". Pode-se dizer, a grosso modo, que o carma é a ação do Espírito em toda sua trajetória evolutiva, desde sua primeira encarnação.
Denominam-se obsessões de "causa cármica", aquelas em que as perseguições observadas são oriundas do relacionamento entre obsediado e obsessor, ocorridas em vidas passadas, neste ou noutros mundos. É um tipo de obsessão provocada pela desarmonia de conduta entre duas ou mais criaturas, gerando ódios, ressentimentos e vinganças que podem se estender às suas vidas futuras. A lei de ação e reação, ou causa e efeito, regula estes processos de ajuste entre as partes envolvidas, permitindo que as conseqüências deste plantio mal feito dêem seus frutos com vistas ao aprendizado de todos.
O comprometimento no passado, através das ligações vibratórias, atrai o desafeto desencarnado que, vendo consumida a fase de infância de seu inimigo, inicia sua influência maléfica sobre ele. No passar dos anos instala-se a obsessão, apresentando maior ou menor gravidade, segundo as circunstâncias que cercam cada caso.

Contaminações Em A Gênese, Capítulo XIV, Allan Kardec fez um importante estudo sobre os fluidos espirituais. Examinando suas colocações, pode-se concluir que os ambientes materiais possuem uma espécie de atmosfera espiritual criada pelas pessoas que vivem em relação com eles.
Entende-se daí, que os centros espíritas, os terreiros_de_Umbanda, as Igrejas, os lares, os locais de trabalho e de diversões, constituem-se em verdadeiros núcleos de magnetismo espiritual, criados pelos pensamentos dos que os freqüentam. Aprendemos que nesses ambientes constituídos por pessoas mais ou menos imperfeitas, associam-se Espíritos desencarnados com tendências afins.
Nas investigações em torno da obsessão, realizadas no Grupo Espírita Bezerra de Menezes, verificou-se que freqüentadores de ambientes espirituais onde predominam a presença de Espíritos inferiores (terreiros primitivos, centros espíritas desajustados ou templos de seitas estranhas), podem ficar contaminados com sua influência. Tal domínio se forma em virtude da sintonia mental dos freqüentadores, com os Espíritos que habitualmente vão ali. Denominou-se essas obsessões de "contaminações".
Nos casos dos terreiros ditos de Umbanda, os consulentes - como são chamados ali os necessitados - quase sempre vão solicitar ajuda para a solução de seus problemas materiais e amorosos. Nesses ambientes, geralmente predominam interesses imediatistas, ligados à vida material e ninguém costuma tratar das questões morais relativas ao futuro do indivíduo como Espírito imortal.
Os Espíritos inferiores que militam nesses ambientes ajudam as pessoas interferindo em suas vidas, causando-lhes contrariedades ou efeitos materiais que iludem os que não possuem conhecimento da verdade ensinada pelo Consolador. Quando o freqüentador se afasta desses lugares, a influência dos maus Espíritos nem sempre cessa. Ao notarem que estão perdendo suas vítimas, podem instalar a desarmonia emocional e mesmo material na vida dos envolvidos.
As obsessões causadas por contaminações são mais freqüentes do que se imagina. Na região de São José do Rio Preto, SP, por exemplo, perfazem 40% do total dos casos examinados. As contaminações também podem ocorrer através das atividades de centros espíritas mal orientados. Quando pessoas novatas, sem estudo ou preparo, são colocadas em reuniões mediúnicas para exercitar suas faculdades, é muito comum caírem sob o domínio de Espíritos inferiores, terminando como vítimas da obsessão. Grupos espíritas dominados por entidades ignorantes e malévolas são verdadeiros focos de contaminação espiritual, que prejudicam os que ali vão buscar ajuda e orientação para suas vidas.

Auto-obsessão Na auto-obsessão, a mente da pessoa enferma encontra-se numa condição doentia semelhante às neuroses. É uma situação onde ela atormenta a si mesmo com pensamentos dos quais não consegue se livrar. Há casos mais graves em que o paciente não aceita que seu mal resida nele mesmo.
As causas deste tipo de obsessão residem nos problemas anímicos do paciente, ou seja, nos seus dramas pessoais, dessa ou de outras encarnações. São traumas, remorsos, culpas e situações provindas da intimidade do seu ser, que prejudicam-lhe a normalidade psicológica.

Quando se examina esses casos mediunicamente, pode-se encontrar Espíritos atrasados ou sofredores associados à vida mental dos doentes. Mas, as comunicações indicam que eles estão ali por causa da sintonia mental com o obsediado. Agravam seu mal, mas não são os causadores dele.
A causa central desse tipo de obsessão reside no paciente, que se auto-atormenta, numa espécie de punição a si mesmo. A mente de um auto-obsediado é fechada em si mesma e é preciso abri-la para a vida exterior, se quisermos ajudá-lo.
A psicoterapia convencional pode e deve ser utilizada no tratamento da auto-obsessão. Juntando-se a ela a terapia espírita, fundamentada na evangelização e no ascendente moral, pode-se obter resultados satisfatórios. O tratamento abrirá a prisão psíquica em que o indivíduo vive, libertando-o da escravidão mental.

O que um Obsessor é capaz de fazer( trecho do livro (Inimigo de Família).

Ele abaixou o olhar e fugiu de minha presença. Eu sabia que ele só atuava porque as pessoas lhe davam muito espaço. E no caso de Janir e Dalva, elas praticamente entravam em simbiose com ele.

Eu ainda nada podia fazer sem que elas resolvessem mudar de comportamento. Rezei que reavaliassem seus comportamentos o mais rapidamente possível. Pois não absorviam as inspirações superiores e sempre escolhiam as influências do obsessor.

Ele tinha sua cota de culpa, não havia dúvidas, mas os obsediados não eram inocentes, pois se identificavam tanto com ele, que em muitas ocasiões até pediam sua má influência.

Pediam, como no exemplo de Dalva, quando ficava procurando na mente fatos para pensar mal das pessoas. Pediam, como no caso de Janir, que esquecia que a vida não era feita apenas para se ficar mirando no espelho e procurando defeitos materiais.

Pediam, como no caso de Carlos Eduardo e Marcela, que queriam o dinheiro pelo poder de o ter. Pelo prazer de comprar exageradamente coisas materiais.

Pediam, quando olhavam as pessoas procurando nelas apenas o que tinham de ruim a oferecer. PEdiam, quando queria viver apenas de aparências. Quando queriam ter apenas mais do que fulano ou beltrano. Sem avaliarem realmente o que precisavam. Pediam, quando anulavam os instintos bons e o conhecimento aproveitável.

Em resumo, pediam quando mentiam, enganavam, tripudiavam, caluniavam e prejudicavam outrem.

*****

Todo dia aprendemos, nem sempre com a nossa própria experiência e nossos próprios erros. Se apenas estas experiências contassem, o que seria de nós e da humanidade? Seria negar toda a experiência histórica e apenas nos restringir a nossa própria, alongando imensuravelmente o caminho à evolução, negando toda cultura humana até aqui conquistada.

O espírito Carlos Augusto dos Anjos tornou-se amigo de um ser, que demorou um pouco para compreender que ele era seu amigo. Ele estando no plano espiritual, tentou socorrê-lo muitas vezes de seu mergulho na escurdião da ignorância. Assim soube em detalhes de sua história de obsessão. Pediu então a ele autorização para narrá-la, para que todos possam entender como ocorrem os processos de obsessão. E ele concedeu.

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