sexta-feira, 28 de março de 2008

ESPIRITISMO


HISTÓRIA:

O termo espiritismo (fr. espiritisme) surgiu como um neologismo, mais precisamente um porte-manteau, criado pelo pedagogo francês Allan Kardec para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas em O Livro dos Espíritos (1857). Contudo, a utilização de raízes oriundas da língua viva para compor a palavra (Spirit: Espírito + Isme: Doutrina), que, por um lado, foi um expediente a que recorreu Kardec para facilitar a difusão do novo conjunto de idéias, por outro fez com que o termo fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com os espíritos.

Assim, por espiritismo, muitos entendem hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência do espírito à morte do corpo, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar ordinariamente com ele.
O presente artigo visa a tratar do Espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto o artigo
Doutrina Espírita está voltado para descrever o Espiritismo conforme sistematizado por Kardec. Essa divisão entre Espiritismo (geral) e Doutrina Espírita é meramente didática, não implicando apologia a nenhum dos dois usos.
O espiritismo, de um modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:
o homem é um
espírito temporariamente ligado a um corpo, tendo o perispírito que é semimaterial como intermediário entre a alma e o corpo;
a
alma é o espírito enquanto se encontra ligado ao corpo;
o
espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;
a
reencarnação é o processo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos") podem se comunicar entre si através da
mediunidade;
Pluralidade dos Mundos Habitados, a Terra não é o único planeta com vida inteligente.
Lei de Causa e Efeito, ligada à reencarnação, esta lei define que recebemos na medida do que demos (bom e mau) em existências passadas ou nesta existência.

Durante o século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas nos Estados Unidos e na Europa.

Estas manifestações consistiam principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente. O cientista, cético até então, Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde adotou o pseudônimo de Allan Kardec, pesquisou por vários anos a respeito de manifestações espirituais. Chegou a afirmar: "Eu crerei quando vir e quando conseguirem provar-me que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, dêem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para dormir em pé".

Posteriormente foi investigar os casos das mesas girantes e se viu convencido a crer nos fatos (sem a necessidade de provar-se que uma mesa tinha cérebro e nervos, já que não eram necessarios te-los para que a mesa se movesse). Utilizando uma série de relatos de espíritos que foram psicografados por médiuns da época, publicou o Livro dos Espíritos.


Ao Longo dos Tempos/ Outras Ref. ao Termo Espiritismo:


As principais religiões institucionalizadas reservaram sempre um lugar importante às almas dos seus entes queridos falecidos - o Culto dos Antepassados, venerando-os ou rendendo-lhes cultos utilizando diversos rituais.
Os
gregos acreditavam que os espíritos dos mortos habitavam o submundo e que era possível entrar em contacto com eles. A Odisséia de Homero conta que o herói Odisseu de Ítaca vai até lá e realiza um ritual conforme indicações da feiticeira Circe. Logra dessa maneira falar com o espírito de sua mãe e dos seus companheiros que haviam soçobrado durante a guerra de Tróia.
Na
Idade Média, acreditava-se que os espíritos regressavam ao Mundo dos Vivos em certas ocasiões. Criaram-se superstições e usaram amuletos para obter protecção.

Nesta altura, multiplicaram-se os relatos de aparições de espíritos (vulgarmente chamados de fantasmas) e de assombrações de edifícios e locais, de casos de possessão espírita e da necessidade de exorcismos. Em Hamlet, o dramaturgo inglês William Shakespeare apresenta o fantasma do rei assassinado demandando vingança ao protagonista, seu filho. Este tipo de aparição estava registada em muitos relatos anteriores à época de Shakespeare, embora não se conste que houvesse uma prática mediúnica para facilitar a comunicação com os "mortos".
Os
xamãs dos povos "primitivos" da Ásia e Oceania, também afirmam ter esse dom.

Na população nativa americana, só o xamã (feiticeiro) tinha o poder de comunicar com os deuses e espíritos, fazendo a mediação - médium - entre eles e os comuns mortais. A principal função do xamã era a de assegurar a ajuda do Mundo dos Espíritos, incluindo o Espírito Supremo, para benefício da comunidade.

Tal como os xamãs, os curandeiros na América Latina, são capazes de aceder ao Mundo dos Espíritos. A actuação a este nível, envolve não só o uso de orações, mas também a consulta de Guias Espirituais ou Espíritos Superiores.

Apesar de existirem vários usos do termo Espiritismo, o que pode ser considerado como corpo dessa doutrina está expressa unicamente nos cinco livros codificados por Allan Kardec.

Espiritismo kardecista é um termo que nasceu da necessidade de alguns em distinguir o Espiritismo dos cultos afro-brasileiros, como a
Umbanda.

Estes, devido às represálias que sofreram, em especial no período da ditadura militar, passaram a se auto-intitular espíritas num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso. Escolheram o espiritismo devido à proximidade existente entre certos conceitos destas doutrinas.

No entanto, os espíritas mais ortodoxos não gostaram de ver o espiritismo associado aos cultos afro-brasileiros, e assim criaram o termo espírita kardecista para distingui-los daqueles que se denominavam espíritas umbandistas. A maior parte dos espíritas entende que o espiritismo, como doutrina, é um só, aquele que foi codificado por Allan Kardec, o que tornaria redundante o uso do termo espiritismo kardecista.

O espírita que julga seguir estritamente aqueles ensinamentos codificados por Kardec nas obras básicas, sem a interferência de qualquer outra linha de pensamento que não tenha sido a codificada, ou ao menos prevista pelo mesmo, denomina-se simplesmente espírita, sem o complemento "kardecista".

Alega que o Espiritismo, em sua essência, não se ligaria à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo e budismo, e a uma coletividadede espíritos que manifestavam através de diversos médiuns.
Neste sentido, Wladisney Lope publicou o artigo "Porque não sou Espírita Kardecista" na Revista Internacional de Espiritismo
[1].

Fantasmas?




Um fantasma (do grego φάντασμα, derivado de φαντάζω, "mostrar" e φαντάζομαι "aparecer") é, em seu sentido original, uma imagem não correspondente à realidade, ou seja, uma ilusão visual, produto da fantasia. Por extensão, o termo designa espíritos de pessoas que supostamente permaneceria na Terra depois de sua morte. Cada cultura no mundo contém histórias sobre fantasmas, mas as crenças divergem substancialmente de acordo com o período e local, muitas vezes discordando sobre o que são fantasmas e se realmente eles existem (respeitando a crença de cada povo).
Segundo a Enciclopédia do Sobrenatural, editada por Richard Cavendish, o termo "fantasma" normalmente se refere à "aparência imaterial" de uma figura humana que, se identificável, é de alguém falecido. O termo "aparição", como fantasma, é usado popularmente por
séculos, mas nunca com um sentido específico estritamente definido. Por isso, não é um termo que possa ser definido clara e precisamente. As aparições não são vistas por todas as pessoas.
Somente indivíduos, de vez em quando, comunicam uma experiência dessas.


Em geral, ocorre quando a pessoa está só, embora casos em que mais de uma parecem ter tido a mesma impressão ao mesmo tempo tenham sido comunicados com freqüência suficiente para se exigir uma explicação. Geralmente, a experiência com aparições ou fantasmas é transitória e, na maioria das vezes, única. Conseqüentemente, a ocorrência não é verificável com facilidade e a sua comunicação corre o risco de provocar ceticismo ou descrença na maioria dos ouvintes.
Atualmente, todas as experiências de aparições de fantasmas são atribuídas a experiências parapsíquicas.




Crendices:


Um fantasma (do grego φάντασμα, derivado de φαντάζω, "mostrar" e φαντάζομαι "aparecer") é, em seu sentido original, uma imagem não correspondente à realidade, ou seja, uma ilusão visual, produto da fantasia.


Por extensão, o termo designa espíritos de pessoas que supostamente permaneceria na Terra depois de sua morte. Cada cultura no mundo contém histórias sobre fantasmas, mas as crenças divergem substancialmente de acordo com o período e local, muitas vezes discordando sobre o que são fantasmas e se realmente eles existem (respeitando a crença de cada povo).
Segundo a Enciclopédia do Sobrenatural, editada por Richard Cavendish, o termo "fantasma" normalmente se refere à "aparência imaterial" de uma figura humana que, se identificável, é de alguém falecido.


O termo "aparição", como fantasma, é usado popularmente por séculos, mas nunca com um sentido específico estritamente definido. Por isso, não é um termo que possa ser definido clara e precisamente. As aparições não são vistas por todas as pessoas.
Somente indivíduos, de vez em quando, comunicam uma experiência dessas. Em geral, ocorre quando a
pessoa está só, embora casos em que mais de uma parecem ter tido a mesma impressão ao mesmo tempo tenham sido comunicados com freqüência suficiente para se exigir uma explicação.


Geralmente, a experiência com aparições ou fantasmas é transitória e, na maioria das vezes, única. Conseqüentemente, a ocorrência não é verificável com facilidade e a sua comunicação corre o risco de provocar ceticismo ou descrença na maioria dos ouvintes.
Atualmente, todas as experiências de aparições de fantasmas são atribuídas a experiências parapsíquicas.




Lado Espiritual:


Para o Espiritismo, sempre que efeitos físicos ocorrem sem que se encontre causas físicas para eles, pode estar se dando um caso de mediunidade inconsciente. Um dos efeitos físicos dessa natureza que pode acontecer é a visibilidade do perispírito de um espírito desencarnado.
Para que um fantasma apareça é imprescindível que uma ou mais das pessoas presentes seja
médium de efeitos físicos, pois tais são os médiuns que cedem o ectoplasma necessário para que o perispírito dos espíritos desencarnados possa ser visível.


Como, no entanto, grande parte dos médiuns de efeitos físicos ignora sua mediunidade, geralmente se pensa que os fantasmas podem aparecer a qualquer pessoa, sendo eles que escolhem a quem aparecer, o que não é o caso. Se apenas pessoas sem mediunidade de efeitos físicos estiverem presentes, nenhum fantasma poderá aparecer.
O Espiritismo esclarece que espíritos adiantados jamais assustam ninguém, estando sempre prontos somente para nos auxiliar. Os espíritos que assustam as pessoas, os chamados fantasmas, podem ser espíritos sofredores, levianos ou perversos.


Os primeiros tentam fazer contato para relatar suas dores e buscar consolo, os segundos, para se divertir às custas do medo alheio e os últimos, para levar pessoas ao desespero, por vingança ou puro prazer em ver os outros sofrerem.


Em qualquer dos casos, orienta o Espiritismo que se ore por tais espíritos e se tente envolvê-los com vibrações de afeto e compreensão.
Por último, é bom lembrar que o Espiritismo também ensina que todo efeito inteligente deve possuir uma causa inteligente. Assim, uma alegada aparição que não interaja com as pessoas presentes e que faça apenas movimentos mecânicos repetitivos, mesmo que complexos, ou não faça movimento algum não é um efeito inteligente, não podendo, portanto, ser um fantasma, que é a aparição de um espírito, um ser inteligente. Impressões psíquicas deixadas nos ambientes por eventos passados, por exemplo, podem ser acessadas por médiuns com a rara habilidade de
psicometria, mas, pelo motivo acima exposto, nada têm a ver com fantasmas.


Visão Psicologia:


A maior parte dos cientistas diz que o fenômeno dos fantasmas não passa de uma visão psicológica inconsciente, que pode acontecer sem sequer estarmos a pensar nisso, o que é raro, sendo mais freqüente estarmos com um medo incontrolável quando tal ocorre, o que se dá, normalmente, quando visitamos casas assombradas, casas de banho em mau estado e vazias ou jardins e florestas sombrios. Em tais situações, nosso medo é tão grande que, inconscientemente, criamos uma situação psicológica que nos assusta (podemos ver sombras ou pessoas mortas em corpo real).


Também acontece, freqüentemente, quando estamos em uma casa dita assombrada onde existe um espelho, de, ao olharmos para o espelho, vermos nele uma pessoa morta que parece real.


Enquanto alguns aceitam fantasmas como uma realidade, muitos outros são céticos com relação a existência de fantasmas.
Céticos buscam explicar a aparição de fantasmas como visões relacionadas ao princípio da
navalha de Occam, que argumenta que a única adequada explanação para qualquer evento ou fenômeno é a mais provável explanação (explicação que , entretanto , muitas vezes é considerada simplista).
Isto geralmente significa que a sinceridade e o motivo da
pessoa que narra o fato será questionada.


Por exemplo, persistência de fantasmas é tipicamente associada a busca de justiça ou vingança. Atribuindo tais motivos e poderes a pessoas mortas pode ser interpretado como uma tática de medo direcionada aqueles que podem ter assassinado alguém.
Segunda, a possibilidade de um
hoax ou con será considerada, com a narração da pessoa que é a vítima.


Parece possível que, algumas vezes, o conto de histórias de fantasmas pode ter sido uma maneira de isolar comunidades e espantar intrusos. Também é acreditado que tais táticas podem ter sido elaboradas por membros da comunidade que se fingiam de fantasma (no entanto , outra vez a generalização é desaconselhada).
Terceiro, explicações baseadas na fisiologia humana.


A aparição de fantasmas geralmente está associada a uma sensação de frio e figuras pálidas ou semi-transparentes. Uma natural reação ao medo é o arrepio que pode ser confundido naturalmente com o frio. O aspecto visual dos fantasmas pode também ser considerado pela fisiologia humana : a visão periférica é muito sensitiva na detecção de moção, mas não contêm muita cor e não oferece também formas concretas; portanto, uma cortina movendo-se ou outro movimento fora do focus de visão pode criar uma forte ilusão de uma figura misteriosa.
A natural ocorrência do
infra-som, que são sons abaixo das freqüências auditivas humanas (abaixo 20 hertz), pode provavelmente explicar a noção ou a sensação de uma presença em um ambiente ou inexplicáveis sentimentos de ansiedade e pavor, como certas freqüências infrasônicas são conhecidas por gerar tais efeitos no corpo.


A freqüência de 18hz é conhecida por causar vibração no olho humano, o que pode gerar a aparição de formas pálidas na visão periféfica.
Fatores psicológicos são também citados como explanações para a
visão de fantasmas: pessoas sucetíveis podem ser sujeitas a exagerar interpretações de percepções quando visitando um determinado local no qual ocorreram desprazeirosos eventos históricos.
Há uma vertente de
pensamento que diz que o fantasma não seria necessariamente uma alma ou um ser desincorporado, mas sim uma "impressão psíquica no ambiente (comumente chamado Éter)" em que essa impressão seria de momentos antes da morte ou apenas um momento marcante para determinada pessoa que ficaria gravado na localidade.


Assim sendo, um fantasma, de acordo com essa crença, não teria noção das mudanças ocorridas ao seu redor e também não perceberia a presença de terceiros, impossibilitando assim de se comunicar com eles e de ser contatado. Essa seria um diferença em relação aos espíritos, que teriam sim, noção do mundo ao seu redor, afetando-o.




Fantasmas Famosos:


Um dos locais mais famosos pelos seus fantasmas é a Torre de Londres, que é descrita como assombrada pelos seguintes fantasmas:
O fantasma sem
cabeça de Anne Boleyn;



O fantasma de Thomas Becket, que alegadamente apareceu durante a construção do Portão dos Traidores;



Os fantasmas do rei da Inglaterra Eduardo V e Richard, Duque de York, e "Príncipes na torre";
O fantasma de
Lady Jane Grey;



O fantasma de Sir Walter Raleigh;



Uma tropa de fantasmas que revivem a execução da Condessa de Salisbury;



É dito que muitos outros fantasmas habitam a Torre de Londres; tropas de fantasmas foram vistas muitas vezes lá, bem como a Dama de luto, sem face.
A
Casa Branca em Washington, DC é dita ter sido assombrada pelo fantasma de Abraham Lincoln e por muitos outros espectros


.
O fantasma do
Imperador Romano Calígula é dito ter assombrado os jardins de Lamian em Roma, aonde seu corpo havia sido precipitadamente e sem cerimoniais enterrado, depois de seu assassinato.



Na descrição bíblica da Bruxa de Endor, o Rei Saul de Israel chama a bruxa para conjurar o fantasma do profeta Samuel e consultá-lo a respeito de uma situação precária. O suposto espírito do profeta não oferece assistência ao rei e, ao invés, blefa, anunciando sua morte. Saul, amedontrado com essas palavras acaba cometendo suicídio.


Lendas? Mistérios? LOBISOMEM


LENDA:

O Lobisomem é um ser lendário, com origem em tradições européias, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo, em noites de lua cheia, só voltando à forma humana, novamente, quando o galo canta.
Tais lendas são muito antigas e encontram a sua raiz na
mitologia grega.
Segundo a lenda, para matar um lobisomem é preciso acertá-lo com artefatos feitos de
prata.

Segundo as lendas medievais, são muitos os processos através dos quais um homem se pode converter num Lobisomen.
Gervase de Tilbury, um eclesiástico, afirmava que caso um homem se desnudasse e rolasse sobre a areia numa noite de lua cheia, existia uma possibilidade enorme, de esse ser humano, se transformar num Lobisomen.
As mesmas lendas aduziam que a transformação era inevitável quando se bebia num regato onde tivesse bebido um lobo, quando se era mordido por um lobo raivoso ou quando simplesmente se comia acónito.
Naquela época, era usual as pessoas contarem à noite, diante da lareira, histórias fantásticas em que os Lobisomens desempenhavam um papel preponderante. Numa dessas histórias, contava-se que um fidalgo, não podendo ir à caça, como estava combinado, com um amigo, pediu a este para o visitar na noite da batida, a fim de jantar com ele. O amigo, durante a caçada, foi atacado por um grande lobo. O fidalgo enfrentou corajosamente a fera e durante a luta decepou uma pata do lobo com a sua faca. Após a luta, guardou o "troféu" na sua bolsa de caça, com o intuito de mostrar ao amigo.

À noite, antes do jantar, contou a aventura ao seu anfitrião, mandou buscar a bolsa e, com grande surpresa sua, retirou de dentro dela... uma mão de mulher, com um anel de ouro no dedo mínimo. O amigo empalideceu ao reconhecer o anel que pertencia à sua mulher. De imediato mandou chamar esta e quando ela chegou, dissimula desajeitadamente sob o xaile o braço decepado.
Interrogada pelo marido, a mulher confessou que se transformava num lobo. Segundo reza a história, a mulher foi entregue à justiça e morta na fogueira, em Riom, na Bretanha.


NO BRASIL:

No Brasil existem muitas versões dessa lenda, variando de acordo com a região. Uma versão diz que a sétima criança em uma sequência de filhos do mesmo sexo tornar-se-á um lobisomem. Outra versão diz o mesmo de um menino nascido após uma sucessão de sete mulheres. Outra, ainda, diz que o sétimo filho homem de um sétimo filho homem se tornará a fera. Em algumas regiões, o Lobisomem se transforma à meia noite de sexta-feira, em uma encruzilhada.

Como o nome diz, é metade lobo, metade homem. Depois de transformado, sai a noite procurando sangue, matando ferozmente tudo que se move. Antes do amanhecer, ele procura a mesma encruzilhada para voltar a ser homem.
Em algumas localidades diz-se que eles têm preferência por bebês não
batizados. O que faz com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível.

Já em outras diz-se que ele se transforma se espojando onde um jumento se espojou e dizendo algumas palavras do livro de São Cipriano e assim podendo sair transformado comendo porcarias até que quase se amanheça retornando ao local em que se transformou para voltar a ser homem novamente.

No interior do estado de Rondônia, o lobisomem após se transformar, tem de atravessar correndo sete cemitérios até o amanhecer para voltar a ser humano. Caso contrário ficara em forma de besta até a morte.
A lenda do lobisomem é muito conhecida no
folclore brasileiro, e assim como em todo o mundo, os lobisomens são temidos por quem acredita em sua lenda.Algumas pessoas dizem que alem da prata o fogo também mata um lobisomem. Outras acreditam que eles se transformam totalmente em lobos e não 1/2 lobo 1/2 homem...mudam de forma a hora que querem e sabem o que estão fazendo quando se transformam.

Algumas lendas tambem dizem que se um ser huumano for mordido por um lobisomen,e nãoo encontrar a cura até a 12ª badalada desse mesmo dia,ficara lobisomen para toda a eternidade.


PORTUGAL:

Em Portugal, mais concretamente no interior Beirão, existe uma versão um pouco peculiar que se desvia da tradicional lenda do lobisomem. É referido que uma pessoa que padeça desse mal ou estado de espírito, sai pela noite fora, tendo de percorrer sete castelos e voltar ao sítio de onde saiu ainda antes do amanhecer.

Diz-se que se transforma nos restos dos animais que apanhar no seu caminho, ou somente no primeiro rasto que encontrar. Enquanto o lobisomem estava fora fazendo a sua jornada, a única maneira de o libertar desse mal era colocar a roupa da pessoa do avesso.

Pensava-se que quando a pessoa a vestisse, o mal desapareceria, porque a sina era quebrada. Referia-se que existiam muitos lobisomens pela zona do Gavião (Distrito de Portalegre), região Alentejo e subregião do Alto Alentejo, e quando se questionava acerca da razão da existência de tal coisa, as respostas eram algo unânimes: "As palavras dos batizados eram outras.." e mencionava-se as razões já ditas na lenda brasileira.

Por vezes, quando as pessoas vinham de uma festa ou convívio, ou simplesmente vinha da horta, a pé ou de carroça, e estamos a falar á 30 ou 40 anos atrás (ou mais), não raras vezes era ouvido um som repetitivo, como um trovão constantemente a rombar, de longe e associava-se isso aos lobisomens.
Desde há alguns anos para cá que não se ouve falar de um caso desses, mas ainda perduram na memória as histórias que nos contavam em pequenos, como a do homem que conversava com os seus amigos no café, e deixa escapar: "Como me custa subir a serra da Ladeira de noite, com pés de porco...".

quinta-feira, 27 de março de 2008

Galeria de Fotos vampiros / Bizarras








































Mais Comentários Sobre Vampiros


A crença em vampiros nasceu milênios de anos atrás, quando o homem descobriu que o sangue é a fonte da vida, e se espalhou pelo mundo todo. Em muitos lugares, como na Romênia - pátria de Drácula -, ela sobrevive ainda hoje.A crença em vampiros é universal. Ela é documentada na antiga Babilônia, no Egito, em Roma, na Grécia e na China.

Os relatos sobre vampiros existem em civilizações completamente separadas, entre as quais quaisquer influências diretas foram impossíveis. O vampiro é conhecido por vários nomes - vrykolakes, brykilakas, barbalakos, borbolakos ou bourdolakos em grego moderno; katakhanoso ou baital em sânscrito antigo; upiry em russo; upiory em polonês, blutsãuger em alemão etc. Os chineses antigos temiam o giang shi, um demônio que bebia sangue.

Na China, os vampiros já existiam em 600 a.C. Descrições de vampiros são encontradas nas antigas cerâmicas da Babilônia e da Assíria, milhares de anos antes de Cristo. A crença também floresceu no Novo Mundo, assim como no Antigo. Os peruanos pré-colombianos acreditavam numa classe de demônio chamados canchus ou pumapmicus; os quais sugavam o sangue dos jovens adormecidos de modo a partilhar sua vida.

Os astecas sacrificavam o coração dos prisioneiros ao sol, na crença de que seu sangue conservava a energia solar. Na Grécia Antiga havia a empusa ou lamia, parente do vampiro - horrível homem-mulher-demônio de asas que levava os jovens à morte para beber seu sangue e comer sua carne. Lamia foi uma vez amada por Zeus, que enlouqueceu com o ciúme de sua esposa., Hera. Lamia assassinou seus próprios filhos e vagava pela noite para matar os filhos dos humanos por vingança.

A primeira mulher na terra foi Lilith, ou Lilitu, de acordo com a antiga crença semita. No Tamulde, livro das leis, dos costumes e da tradição judaicas, Adão teve uma mulher antes de Eva, chamada Lilith. Mas ela foi desobediente a Adão, desafiando sua autoridade. Tomada de raiva, ela abandonou Adão, embora três anjos, Sanvi, Sansanvi e Semangelaf, tentasse convencê-la a ficar. Devido a sua desobediência, seus filhos foram mortos e ela se transformou em um monstro que perambulava na noite.

Eva então entrou na história e criou os filhos de Adão. Extremamente ciumenta, Lilith decidiu vingar-se matando filhos e filhas de Adão e Eva. Como todos os homens são descendentes de Adão e Eva, devem defender-se contra os ataques de Lilith.Os judeus medievais possuíam amuletos especiais para se proteger contra seus ataques, um feito para meninos e outro para meninas. Tradicionalmente, eles representam os três anjos que tentaram persuadir Lilith a não deixar Adão. No começo da era cristã, o erudito Bhavabhuti escreveu contos clássicos indianos, inclusive 25 histórias de um vampiro que animava cadáveres e podia ser visto pendurado de cabeça para baixo numa árvore, como um morcego.

O deus hindu Shiva partilha muitas semelhanças com os vampiros, tal como ser capaz de criar e destruir ao mesmo tempo. A idéia de vampiro supõe o conceito original do eterno retorno, segundo o qual ninguém é realmente destruído, mas volta vezes sem fim em reencarnações. Os vampiros tiram o sangue dos viventes, mas se misturam o seu sangue ao de sua vítima essa pessoa se torna um morto-vivo, sobrevivendo à morte comum. A prova de que os vampiros foram considerados essencialmente femininos, sem órgãos masculinos, vem de Santo Agostinho e dos primeiros padres da Igreja.

Por exemplo, Agostinho escreveu que os demônios tinham "imortalidade corporal e paixões como seres humanos", mas não podiam produzir sêmen. Em vez disso, eles juntavam sêmens dos corpos dos homens reais e os injetavam em mulheres adormecidas para engravidá-las. São Clemente testemunha que os demônios têm paixões humanas mas "não órgãos, assim eles se voltam para os humanos para usar seus órgãos. Uma vez exercendo o controle desses órgãos, podem obter o que querem." Durante o século 18, um vampiro famoso chamado Peter Poglojowitz surgiu em uma pequena aldeia da Hungria. Após sua morte, em 1725, seu corpo foi desenterrado. Encontraram sangue fresco escorrendo de sua boca e seu corpo não aparentava os sinais de rigor mortis ou de decomposição. Assim, os camponeses locais imaginaram que se tratava de um vampiro e queimaram o corpo.

Em 1732, o caso do vampiro sérvio Arnold Paole, de Medvegia, estimulou a pesquisa científica do século 18 sobre vampiros. Em pleno ápice do racionalismo, em 1751, um erudito dominicano, Augustin Calmet, escreveu um tratado sobre vampiros na Hungria e na Morávia. As crenças em vampiros são particularmente fortes hoje no sudeste da Europa, especialmente entre os modernos gregos. A ilha sulina das Cíclades, em Santorini, é considerada maldita pelos vampiros que tem. Muitos autores notaram esse fenômeno desde o século 17.De fato, se um vampiro suspeito era descoberto na Grécia continental, embarcavam seu corpo em navio para Santorini, porque o povo lá tinha uma longa tradição e uma vasta experiência a respeito de vampiros. Um velho dito grego fala em "trazer vampiros para Santorini" como quem diz "levar carvão para Newcastle" (cidade inglesa em tradicional área carbonífera), uma ação redundante.As práticas ortodoxas de excomunhão reforçam a crença nos vampiros. Quando os padres ou bispos ortodoxos cristãos expedem uma ordem de excomunhão, acrescentam a maldição "e a terra não receberá seu corpo!" Isso significa que o corpo da pessoa excomungada permanecerá "incorrupto e inteiro". A alma não descansará em paz.

Nesse caso, a não-decomposição do corpo é um aviso do mal. Os ortodoxos cristãos que se converteram ao catolicismo romano ou islamismo são condenados a vagar pela terra e a não entrar no céu. É importante lembrar nesse contexto que o Drácula histórico, tendo se convertido ao catolicismo próximo ao fim de sua vida, "abandonou a luz da ortodoxia" e "aceitou a escuridão" da heresia, e a partir daí candidatou-se a se tornar um morto-vivo, um vampiro.Uma teoria acerca da prevalência da crença em vampiros na Transilvânia sugere que, uma vez que os mongóis tibetanos acreditam em vampiros e deuses-morcegos, estes podem se comunicar com tais asiáticos que emigraram em grande número para a Transilvânia. Os húngaros (magiares) e os sículas da Transilvânia passaram inicialmente da Ásia para a Europa. Nesse contexto, é revelador notar que, para Stoker, Drácula reivindica uma ascendência sícula. Outra teoria relativa às razões da aparente riqueza na crença em vampiros na Transilvânia baseia-se no fato de muitos diferentes grupos étnicos habitam a área, criando uma elaborada mistura de folclore que inclui alemães, húngaros, ciganos e romenos.

Os romenos em particular têm muitos nomes para uma grande variedade de vampiros. Por exemplo, o termo mais comum, strigoi (na sua forma feminina é strigoaica), é uma criatura demoníaca que dorme durante as horas do dia, voa à noite e pode tomar a forma animal de um lobo, um cão ou um pássaro, e chupa o sangue de crianças adormecidas. A fêmea é mais perigosa que o macho. Ela pode destruir casamentos e colheitas, impedir vacas de darem leite e mesmo provocar doenças fatais e a morte. O pricolici romeno é um vampiro que pode aparecer nas formas humana, de cachorro e de lobo. Entre os romenos, os vampiros são sempre o mal, sua jornada para o outro mundo foi interrompida e eles são condenados a vagar entre os vivos por um tempo.
Na Transilvânia, o alho é a arma poderosa para deter vampiros. As janelas e as portas são ungidas com alho para mantê-los a distância. Além disso, animais de criação, especialmente ovelhas, são esfregados com alho, pois os vampiros podem atacá-los assim como fazem com os humanos. Os camponeses consideram o alho como uma planta medicinal. Eles o comem para curar o resfriado comum e várias enfermidades. Tudo que afasta as doenças é considerado bom ou magia "branca", de onde se conclui que o alho pode afugentar os demônios, o lobisomem e os vampiros. A tumba de um vampiro pode ser identificada por buracos em torno do sepulcro bastante grandes para que uma serpente possa passar por eles. Para impedir que o vampiro saia de sua sepultura, esses buracos devem ser enchidos com água. Os espinhos das rosas selvagens são garantidos para manter vampiros a distância. Sementes de papoula são espalhadas no caminho do cemitério para a cidade porque os vampiros são contadores compulsivos e não conseguem deixar de querer catá-las. Essa prática pode impedir o vampiro de chegar à aldeia antes do raiar do dia, hora em que ele deve voltar ao seu caixão

.O modo definitivo de destruir um vampiro é dirigir ao seu coração uma estaca que deve atravessá-lo, ou ao seu umbigo, enquanto é dia claro e o vampiro precisa repousar no caixão. A estaca deve ser feita de oliveira ou de álamo. Em algumas regiões da Transilvânia, barras de ferro - de preferência aquecidas ao rubro - são usadas. Como garantia adicional, o corpo do vampiro é queimado. Às vezes um abeto é enterrado no corpo do vampiro para mantê-lo na sua sepultura. Uma derivação disso é o pé de abeto como ornamento, encontrado hoje sobre os túmulos na Romênia. Muitos romenos acreditam que a vida após a morte será bastante parecida com a vida na Terra. Como não há muita fé num mundo puramente espiritual, parece razoável que após a morte o vampiro possa andar pela Terra do mesmo modo que uma pessoa viva. Os mortos ambulantes não são sempre vampiros, no entanto.

De fato, o termo romeno para morto-vivo, moroi, é mais comum do que o termo para vampiro ou sugador de sangue, strigoi, mas ambos são mortos do mesmo modo. Os strigois são literalmente pássaros demoníacos da noite; eles só voam após o pôr-do-sol, comem carne humana e bebem sangue. A crença em vampiros ainda sobrevive no país do Drácula, particularmente entre a velha geração. Em 1969, junto ao Castelo Drácula, na pequena aldeia de Capatineni, vivia uma cigana chamada Tinka. Ela era a lautar, ou cantora da aldeia, e era sempre chamada para cantar velhas canções folcóricas em casamentos, bailes e enterros.

Tinka nos contou duas histórias sobre vampiros, e uma delas dizia respeito a seu pai. Quando ele morreu, 30 anos antes, foi devidamente velado, mas no dia seguinte os aldeões descobriram que o rosto do morto ainda estava corado e seu corpo continuava flexível, sem a rigidez típica dos mortos. O povo entendeu que se tratava de um vampiro. E uma estaca foi enterrada em seu coração. A outra história diz respeito a uma velha da aldeia. Depois de sua morte, muitos dos seus parentes mais próximos morreram. O mesmo aconteceu com vários animais ao redor da sua casa. O povo percebeu que ela era uma vampiresa e seu caixão foi exumado. Quando a tampa foi removida, viram que seus olhos estavam abertos e seu corpo contorcido. Também perceberam que o cadáver tinha uma aparência rosada. Os aldeões queimaram seu corpo.A crença em mortos ambulantes e vampiros bebedores de sangue talvez nunca desapareça. Foi só no século passado - 1823, para ser exato - que a Inglaterra pôs fora da lei a prática de enterrar estacas no coração dos suicidas.

Hoje é na Transilvânia que a lenda dos vampiros tem seu apelo mais forte. Examinando as seguintes superstições, arrepiamo-nos imaginando sua força 600 anos atrás. Na Europa Oriental diz-se que os vampiros têm dois corações ou duas almas. Uma vez que um desses corações ou uma dessas almas nunca morre, o vampiro permanece morto-vivo. Quem pode tornar-se um vampiro? Na Transilvânia, criminosos, bastardos, feiticeiras, mágicos, pessoas excomungadas, os que nascem com dentes, com âmnio (ou membrana na cabeça) e crianças não batizadas podem tornar-se vampiros. O sétimo filho de um sétimo filho está condenado a se tornar um vampiro. Como se pode descobrir um vampiro? Toda pessoa que não come alho ou que manifesta uma clara aversão ao alho é suspeita. Os vampiros às vezes atacam os mudos. Podem roubar a beleza ou a energia de alguém, ou ainda leite de mães que amamentam.

Na Romênia, os camponeses acreditam que os vampiros e outros espectros encontram-se na véspera do dia de Santo André, num lugar onde o cuco não canta e o cachorro não ladra. Os vampiros têm medo da luz, e, por isso, é necessário fazer um bom fogo para afastá-los, assim como tochas devem iluminar o interior das casas. Mesmo se você se tranca na sua casa, não está a salvo dos vampiros, uma vez que eles podem entrar pelas chaminés e pelo buraco da fechadura. Assim, deve-se esfregar a chaminé e as fechaduras com alho, assim como as janelas e portas. Os animais de criação devem também ser esfregados com alho para sua proteção. Cruzes feitas de espinhos de rosas selvagens são eficazes para manter longe os vampiros. Tome um cão preto e pinte um par extra de olhos na sua fronte com tinta branca - isso afugenta os vampiros. De acordo com a crença ortodoxa cristã, a alma não abandona o corpo para entrar no outro mundo senão 40 dias depois de o corpo ser levado à sepultura. Daí as celebrações nos cemitérios ortodoxos 40 dias depois do enterro.

Os corpos são exumados entre três e sete anos após o sepultamento; se a decomposição não é completa, uma estaca deve ser cravada no coração. Se um gato ou outro animal demoníaco salta ou voa sobre o corpo antes que ele seja enterrado, ou se a sombra de um homem passa sobre o cadáver, o falecido pode ser um vampiro.Se o corpo do morto é refletido no espelho, o reflexo ajuda o espírito a deixar esse corpo e a se tornar um vampiro. No folclore húngaro, uma das maneiras mais comuns de identificar um vampiro era escolher uma criança jovem bastante para ser virgem e sentá-la num cavalo de cor homogênea que também fosse virgem e nunca tivesse tropeçado. O cavalo era levado ao cemitério e solto entre as sepulturas. Se ele se recusasse a passar sobre um túmulo, ali poderia estar um vampiro.

Como matar um vampiro? A estaca, feita de uma roseira selvagem, álamo ou abeto, ou de ferro em brasa, deve ser dirigida para o coração do vampiro, a fim de mantê-lo preso no seu túmulo. O corpo do vampiro será então queimado, ou enterrado numa encruzilhada. Se não for localizado, o vampiro pode subir ao campanário de uma igreja e recitar ali os nomes dos habitantes do lugar, que morrerão instantaneamente, ou em algumas regiões o vampiro tocará um dobre de finados e todos que o ouvirem morrerão na hora. Se o vampiro continua despercebido por sete anos, pode viajar para outro país ou a um lugar onde outra língua é falada e tornar-se humano outra vez. Ele ou ela pode se casar e ter filhos, mas todos se tornarão vampiros quando morrerem. Os romenos cortam as solas dos pés ou amarram junto as pernas e os joelhos dos suspeitos, para tentar impedi-los de caminhar. Alguns enterram corpos com foices em torno dos pescoços, de modo que, tentando sair, o vampiro corte fora sua própria cabeça.

Os pilriteiros são bons para afastar os vampiros, uma vez que se acredita que a coroa de espinhos de Cristo foi feita de pilriteiros. Os vampiros ficariam enredados nos espinhos e acabariam desorientados. Por ser uma liga pura, acredita-se que a prata tem o poder de barrar vampiros, assim como lobisomens. Por isso, as cruzes e os ícones são em geral feitos de prata. Os camponeses do século 5 consideravam Vlad Tepes um vampiro? Quando interrogados sobre as crenças correntes, os camponeses residentes na região em torno do Castelo Drácula revelaram que há uma ligação entre Vlad Tepes e o vampiro do seu folclore. Os camponeses não sabem nada do Drácula de Stoker. Os mais velhos, no entanto, acreditam piamente em vampiros e mortos-vivos. À medida que a nossa cultura se tornou mais urbana, um preconceito contra a superstições dos camponeses também cresceu. Isso é refletido no nosso uso da palavra "urbano" para descrever alguma coisa positiva, aberta e racional, e a palavra "provinciano" para designar alguma coisa primitiva, estreita e ignorante.

Há uma tendência a ver a cultura camponesa como primária e não-científica. Até Karl Marx afirmou que o capitalismo pelo menos havia salvo a maioria da população da "idiotice da vida rural".Longe de estar incessantemente preocupados com dúvidas e medo, no entanto, os camponeses passam a maior parte do dia ocupados em tarefas práticas e necessárias a sua subsistência. Alguns evolucionistas afirmam que populações primitivas não têm capacidade de compreender explicações naturais, porque, uma vez que o homem primitivo vive num nível tecnológico baixo, ele deve ter um processo de pensamento oposto ao do homem moderno. A idéia geral é de que o homem simples rural é um "pré-lógico", como um inocente ou uma criança. Mas nem todas as crenças do homem moderno ocidental são lógicas e científicas. As atitudes em relação à morte e à vida foram sempre complexas para todos os homens, abrangendo ódio e amor, atração e repulsa, esperança e medo. A crença em vampiros é um modo poético e imaginativo de olhar a morte e a vida depois dela.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Matrimônio Perfeito/ Capítulos



Conhecimento Direito:


Todo aquele que estuda ocultismo quer o conhecimento direto, anseia saber como vai, quer conhecer os seus próprios progressos internos. A maior aspiração de todo estudante é poder converter-se em um cidadão consciente dos mundos superiores e estudar aos pés do Mestre.
Infelizmente o ocultismo não é tão fácil como pode parecer à primeira vista. A raça humana está com os seus poderes internos completamente deteriorados, atrofiados. Os seres humanos botaram a perder não apenas os sentidos físicos como também, e o que é pior, as suas faculdades internas. Este foi o resultado kármico dos nossos maus costumes. O estudante busca aqui e acolá, lê e relê todo livro de ocultismo e magia que cai em suas mãos, mas o pobre aspirante só consegue encher-se de terríveis dúvidas e de confusões intelectuais.
Existem milhões de teorias e milhares de autores. Uns repetem as idéias dos outros. Uns desmentem os outros. Todos contra um. Um contra todos. Os colegas ironizam-se e combatem-se mutuamente, uns contra os outros, e todos realmente contra todos. Alguns autores aconselham o devoto que seja vegetariano e outros dizem-lhe que não seja. Uns aconselham a praticar exercícios respiratórios, outros dizem para não praticá-los. O resultado é desastroso para o pobre buscador, que acaba sem saber o que fazer. Anseia pela luz, suplica, clama e nada consegue, absolutamente nada. Que fazer? Que fazer? Que fazer?
Conhecemos indivíduos sumamente místicos, "heróis dirigentes de grupos", muitos deles vegetarianos, abstêmios, virtuosos, etc. Em geral são muito sinceros, querem o bem de seus seguidores, mas suspiram como todos, sofrem e choram em segredo. Os pobrezinhos jamais viram o que pregam. Não conhecem o seu Guru, nem tiveram a ventura de conversar com ele pessoalmente. Jamais viram os planos da Consciência Cósmica. Planos ou mundos superiores dos quais sabem fazer tão belos diagramas e tão interessantes descrições. Nós, os Irmãos do Templo, sentimos verdadeira piedade por eles e tratamos de ajudá-los; isso é o que tentamos fazer, mas tudo é inútil. Eles odeiam tudo o que seja sexo, ou que se pareça com sexo. Quando se lhes fala do Matrimônio Perfeito, riem-se e protestam irados, defendendo a sua abstinência. Esses pobres cegos, guias de cegos, necessitam de quem os guie. Eles sofrem muito porque não têm a felicidade de gozar do conhecimento direto. Sofrem calados para não desmoralizar ou defraudar seus seguidores. Nós, os Irmãos do Templo, os amamos de verdade e temos compaixão por eles.
É necessário deixar de teorizar. O ópio das teorias é mais amargo que a morte. O único caminho para reconquistar os poderes perdidos é o da Magia Sexual. O Grande Arcano tem a vantagem de regenerar o homem. O ser humano necessita regenerar-se e isto não é questão de autores, nem de bibliotecas. Necessitamos trabalhar com o grão, com a semente. Assim como a lagartixa pode regenerar sua cauda e o verme também a sua, da mesma forma o homem pode regenerar os seus poderes perdidos. Estes animais reconstituem a cauda perdida com a força sexual que possuem. Assim, com a força sexual, o homem pode refazer, reconquistar os seus poderes internos e, por esse caminho, os peregrinos sofredores podem chegar ao conhecimento direto. E então converter-se-ão em verdadeiros sacerdotes iluminados para os seus grupos fraternos. O caminho é a Magia Sexual. Todo o guia deve ser clarividente e clariaudiente. A seguir, damos um exercício para o desenvolvimento da clarividência e do ouvido secreto. Depois de possuir estas faculdades é aconselhável permanecer por algum tempo nas selvas mais profundas, afastado da vida urbana. Na paz da natureza, os Deuses do Fogo, do Ar, da Água e da Terra, ensinam-nos coisas inefáveis. Não se trata de viver somente nas selvas. "Que faz o santo no bosque"? Devemos gozar férias no campo. Isso é tudo.
O perfeito equilíbrio mental é de vital importância para o progresso espiritual. Quase todos os aspirantes ao esoterismo perdem facilmente o equilíbrio mental e caem nas coisas mais absurdas. Os que querem o conhecimento direto, devem preocupar-se em manter a sua mente em perfeito equilíbrio.
PRÁTICA
O Grande Mestre Huiracocha ensina uma prática muito simples para ver os Tatwas (tatwa é vibração do éter). O exercício é o seguinte: introduza os seus polegares nos ouvidos. Cerre os olhos tapando-os com os dedos indicadores. Tampone o nariz com os seus dedos médios e finalmente sele os seus lábios com os dedos anulares e mínimos. Nestas condições, o estudante deve tratar de ver os Tatwas, através do sexto sentido. Este olho se encontra entre as sobrancelhas.
Yogananda prescreve o mesmo exercício de Krumm Heller aconselhando, além disso, que se use o mantram OM. Yogananda diz que o devoto deve apoiar seus cotovelos sobre almofadas, as quais devem estar sobre uma mesa. O devoto deverá fazer esta prática ante a mesa, com o rosto voltado para o oriente. Yogananda aconselha também que o devoto se sente numa cadeira forrada com um cobertor de lã para realizar esta prática. Isto nos recorda Apolônio de Tiana, que se envolvia num manto de lã para isolar-se completamente das correntes perturbadoras.
Muitos autores aconselham este exercício e nós o consideramos muito bom. Acreditamos que com esta prática desenvolve-se a clarividência e o ouvido mágico. A princípio o devoto não verá senão trevas. No entanto, quanto mais se esforce em praticar, a clarividência e o ouvido mágico se desenvolverão lenta mas seguramente.
Nos primeiros tempos, o devoto não ouvirá senão os seus sons fisiológicos; porém, pouco a pouco ouvirá durante a prática sons cada vez mais e mais delicados. Assim despertará o seu ouvido mágico.
Em vez de pegar uma indigestão com tantas teorias contraditórias, o melhor é praticar e desenvolver as faculdades internas. O progresso da regeneração deve marchar intimamente associado ao exercitamento esotérico. A ciência diz que órgão que não se usa, se atrofia. Daí a necessidade de se usar estes órgãos da clarividência e do ouvido mágico. É urgente exercitar-nos com estes órgãos e regenerá-los para lograr a realização interna. Estas práticas não são contra nenhuma religião, seita, escola ou crença. Todos os sacerdotes, guias e instrutores de todas as escolas e ordens podem fazer esses exercícios para desenvolver suas faculdades. Deste modo, poderão conduzir melhor seus respectivos grupos.
O despertar das faculdades internas deve seguir paralelamente ao desenvolvimento cultural, intelectual e espiritual.
Além disso, o clarividente deve desenvolver todos os chacras para não cair em graves erros. A maior parte dos clarividentes cometeu grandes equívocos. Quase todos os clarividentes famosos encheram o mundo de lágrimas. Quase todos os grandes clarividentes caluniaram as pessoas. A clarividência mal usada produziu divórcios, assassinatos, adultérios, roubos, etc.
O clarividente necessita de um pensamento lógico e do conceito exato. O clarividente deve ter um perfeito equilíbrio mental. O clarividente deve ser poderosamente analítico. O clarividente deve ser matemático na investigação e exigente na expressão.
A clarividência exige, para seu correto funcionamento, o perfeito desenvolvimento da clariaudiência, da intuição, da telepatia, do pressentimento e das demais faculdades.


Ressureição e reencarnação:

Os seres que se amam podem fazer-se imortais como os Deuses. Ditoso aquele que já pode comer os frutos deliciosos da árvore da vida. Sabei amados, que no Éden existem duas árvores deliciosas que até compartilham suas raízes. Uma é a árvore do conhecimento. A outra é a árvore da vida. A primeira te dá a sabedoria e a segunda te faz imortal.
Todo aquele que trabalhou na grande obra tem direito a comer dos frutos saborosos da árvore da vida. Realmente, o amor é o sumo da sabedoria.
Os homens e as mulheres que percorrem a senda do matrimônio perfeito ganham, afinal, a dita de entrar no Nirvana, que é o esquecimento do mundo e dos homens para sempre. É impossível descrever a dita do nirvana. Lá, toda lágrima desaparece para sempre. Lá, a alma desprovida dos quatro corpos de pecado, submerge-se na dita infinita da música das esferas. O nirvana é o sagrado espaço estrelado.
Os Mestres de Compaixão, comovidos pela dor humana, renunciam à grande dita do Nirvana e resolvem ficar conosco para ajudar-nos neste vale de grande amargura.
Todo matrimônio perfeito leva inevitavelmente ao adeptado. Todo adepto pode renunciar ao nirvana por amor à grande órfã. Quando um adepto renuncia à dita suprema do nirvana, pode pedir o elixir da longa vida. Os ditosos que recebem o elixir maravilhoso, morrem, mas não morrem. Ao terceiro dia são levantados. Isto já o demonstrou o Adorável. O adepto vem no terceiro dia ante o sepulcro, acompanhado das santas mulheres, que trazem drogas e ungüentos aromáticos. Acompanham também o adepto os anjos da morte e algumas outras hierarquias inefáveis.
O adepto clama com grande voz invocando seu corpo físico que dorme no santo sepulcro. O corpo é então levantado e pode escapar do sepulcro, aproveitando a existência do hiperespaço. Nos mundos superiores o corpo físico é tratado pelas santas mulheres com drogas e ungüentos aromáticos. Depois que o corpo voltar à vida, obedecendo a ordens supremas, penetra pela cabeça sideral da alma mestre. Assim é como esta torna a ficar de posse de seu corpo glorificado. Este é o preciosíssimo presente de Cupido.
Todo corpo ressurrecto vive normalmente dentro dos mundos superiores. Outrossim, devemos esclarecer que os mestres ressuscitados podem fazer-se visíveis e tangíveis em qualquer lugar e depois desaparecer instantaneamente. Vem-nos à memória o grande Mestre Conde Cagliostro, que cumpriu uma grande missão política na Europa e assombrou a humanidade inteira. Este grande mestre foi realmente quem provocou a queda dos reis da Europa. No fundo, deve-se a ele a república. Cagliostro viveu no tempo do adorável Jesus Cristo; foi amigo pessoal de Cleópatra; trabalhou para Catarina de Medicis. Foi conhecido durante vários séculos na Europa, tendo usado diferentes nomes tais como: Conde Cagliostro, José Bálsamo, etc.
Ainda vive na Índia o Imortal Babaji, o Cristo Iogue da Índia, mestre que foi o instrutor dos grandes mestres, que viveram na noite aterradora dos séculos. Este sublime ancião, no entanto, parece um jovenzinho de vinte e cinco anos. Também devemos recordar o conde Zanoni, jovem apesar dos milhares de anos. Infelizmente este sábio caldeu fracassou inteiramente ao se enamorar por uma artista de Nápoles. Ao unir-se a ela, cometeu o erro de derramar o Vaso de Hermes. O resultado foi horrível. Zanoni morreu na guilhotina durante a Revolução Francesa.
Os Mestres Ressurrectos viajam de um lugar para outro utilizando o hiperespaço. Este pode ser demonstrado pela Hipergeometria. A astrofísica descobrirá logo a existência do hiperespaço.
Algumas vezes, os Mestres Ressurrectos, depois de haverem cumprido a sua missão em algum país, se dão ao luxo de se passarem por mortos. Mas ao terceiro dia repetem a sua ressurreição e vão trabalhar em outro país com nome diferente. Foi assim que Cagliostro, dois anos depois de morto, apresentou-se em outras cidades para continuar sua obra usando nome distinto.
O Matrimônio Perfeito converte-nos em Deuses. Sublime é a dita do amor. Realmente só o amor nos confere a imortalidade. Bendito seja o amor. Benditos sejam os seres que se adoram.
RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO
Muitos estudantes de ocultismo confundem a ressurreição com a reencarnação. Os evangelhos têm sido muito mal interpretados pelos estudantes ocultistas. Assim como há vários tipos de ressurreição, assim também há vários tipos de reencarnação. Isso é o que vamos esclarecer neste capítulo.
Todo verdadeiro adepto possui um corpo de paraíso. Corpo este que é de carne e osso. Mas esta carne não vem de Adão. O corpo de paraíso é elaborado com os melhores átomos do organismo físico.
Muitos adeptos ressuscitam com este corpo de paraíso nos mundos superiores depois da morte. Com este corpo de paraíso esses Mestres Ressurresctos podem visitar o mundo físico, fazendo-se visíveis e tangíveis à vontade. Este é um tipo de ressurreição inefável. No entanto afirmamos que a ressurreição com o corpo mortal de Adão, ainda que seja mais dolorosa pelo regresso a este vale de amargura, não deixa de ser, por isso mesmo, mais gloriosa. Todos os adeptos da senda secreta, que constituem a muralha guardiã, ressuscitaram com o corpo de Adão.
Também existem as ressurreições iniciáticas. A terceira iniciação de fogo significa uma ressurreição no mundo astral. Todo aquele que passa pela terceira iniciação do fogo deve viver no mundo astral o drama do Cristo: vida, paixão, morte e ressurreição.
REENCARNAÇÃO
Ressurreição não é reencarnação como acreditam muitos pseudo-ocultistas equivocados. Há vários tipos de reencarnação e vários tipos de ressurreição.
Alguns adeptos podem reencarnar-se em corpos de pessoas adultas, sem necessidade, portanto, de entrar em uma matriz. Isso sucede quando um adepto tem muita urgência para realizar uma grande obra.Um caso concreto é o do grande lama Lobsang Rampa. Referido adepto estava fazendo um certo trabalho e não podia interrompê-lo. A humanidade, cruel e impiedosa, havia danificado o seu instrumento, e o único remédio que ele encontrou para não interromper seu trabalho, foi encarnar-se no corpo de um inglês. Este estava completamente desencantado com sua própria existência e queria morrer. Sua vida em Londres havia sido medíocre e dolorosa. Os adeptos do Tibet visitaram-no e com ele negociaram seu corpo. O inglês aceitou e entregou seu corpo ao adepto Lobsang Rampa. O inglês morreu voluntariamente, desencarnou em plena consciência gozosa por ter entregue seu corpo a um adepto do Tibet.
Grande foi o esforço que teve que fazer Lobsang Rampa para aprender depois a manejar o corpo do inglês. Atualmente o grande lama está trabalhando com o dito veículo. O ego desencarnado libertou-se da pesada carga de uma vida medíocre e a Loja Branca perdoou seu Karma. Lobsang Rampa é agora um homem inglês. Na realidade, este tipo de reencarnação é como mudar de roupa à vontade e em plena consciência. Uma das coisas mais importantes deste tipo de reencarnação especial é a troca de moléculas. O adepto Lobsang Rampa foi atraindo para seu novo corpo inglês cada uma das moléculas do seu cadáver tibetano. O adepto teve que tele-transportar as moléculas inglesas para o Tibet e as moléculas tibetanas para o corpo inglês. Assim, depois de certo tempo, todas as moléculas do corpo inglês eram tibetanas.
Este trabalho é dificílimo. Mais interessante foi que cada uma das cicatrizes do corpo tibetano vieram a ficar em seu novo corpo inglês. Lobsang Rampa continuou sua missão sem interrupção em seu novo veículo inglês. O trabalho para aprender a manejar o corpo inglês foi imenso, mas Lobsang Rampa, com infinita paciência, o conseguiu. Este tipo de reencarnação é para Adeptos.
RETORNO DA PERSONALIDADE
A personalidade é tempo. A personalidade vive em seu tempo e não se reencarna. Depois da morte a personalidade vai também para o sepulcro. Para a personalidade não existe nenhum amanhã. A personalidade vive no cemitério, perambula pelo cemitério ou submerge-se em sua sepultura. A personalidade não é o corpo astral, nem o duplo etérico. Ela não é a alma. Ela é tempo. Ela é energética e vai desintegrando-se muito lentamente. Jamais a personalidade pode reencarnar-se. Ela não se encarna nunca. Não existe nenhum amanhã para a personalidade humana.
O que continua, aquilo que se reencarna, não é tampouco a alma, porque o ser humano ainda não possui alma. Realmente, o que se reencarna é o ego, o eu, o princípio reencarnante, o fantasma do morto, a recordação, a memória, o erro que se perpetua.
TEMPO DE VIDA
A unidade de vida em qualquer criatura vivente equivale a cada pulsação de seu coração. Todo ser vivo tem um período de tempo definido. A vida de um planeta é de 2.700.000.000 de pulsações. Este número de pulsações corresponde à formiga, ao verme, à águia, ao micróbio, ao homem e, em geral, a todas as criaturas. O tempo de vida de cada mundo e de cada criatura é proporcionalmente o mesmo. É claro que a pulsação de um mundo se realiza a cada 27.000 anos, e no entanto os corações dos insetos batem mais rápido. Um inseto que só vive uma tarde de verão teve em seu coração o mesmo número de pulsações de um planeta, só que essas pulsações foram mais rápidas.
O tempo não é uma linha reta, como supõem os ignorantes ilustrados. O tempo é uma curva fechada. Eternidade é outra coisa. A eternidade nada tem que ver com o tempo. Aquilo que está mais além da eternidade e do tempo só o conhecem os grandes adeptos iluminados, os mestres da humanidade.
Existem três dimensões conhecidas e três dimensões desconhecidas, que constituem no total seis dimensões fundamentais.
As três dimensões conhecidas são: comprimento, altura e largura. As três dimensões desconhecidas são: tempo, eternidade e aquilo que está além do tempo e da eternidade. Esta é a espiral de seis curvas.
O tempo pertence à quarta dimensão. A eternidade, à quinta dimensão. E à sexta dimensão, aquilo que está além da eternidade e do tempo.
A personalidade vive numa curva de tempo fechada, é filha de seu tempo e termina com seu tempo. O tempo não pode reencarnar-se. Não existe nenhum amanhã para a personalidade humana.
O círculo do tempo gira dentro do círculo da eternidade. Na eternidade não há tempo mas o tempo gira dentro do círculo da eternidade. A serpente morde sempre sua cauda. Termina um tempo e uma personalidade. Mas ao girar a roda aparece sobre a terra um novo tempo e, uma nova personalidade. Reencarna-se o ego e tudo se repete. As últimas realizações, sentimentos, preocupações, afetos, palavras, originam todas as sensações sexuais e todo drama amoroso que dá origem a um novo corpo físico. Todos os romances dos esposos e dos namorados se acham relacionados com os últimos instantes dos agonizantes. "A senda da vida está formada pelas pegadas dos cascos do cavalo da morte". Com a morte fecha-se o tempo e a eternidade se abre. O círculo da eternidade primeiro se abre e depois se fecha quando o ego regressa do círculo do tempo.
RECORRÊNCIA
Os Iniciados da Quarta Via denominam de "recorrência" a repetição de fatos, cenas e acontecimentos.
Tudo se repete. A lei da recorrência é uma tremenda realidade. Em cada reencarnação repetem-se os mesmos sucessos. A repetição de fatos vai acompanhada do seu karma correspondente. Esta é a que ajusta os efeitos às causas que os originaram. Toda repetição de fatos traz karma e, algumas vezes, dharma (recompensa).
Os que trabalham com o grande arcano, os que percorrem a senda apertada, estreita e difícil do matrimônio perfeito, vão se libertando pouco a pouco da lei de recorrência. Esta lei terá um limite. E além desse limite nos convertemos em anjos ou em diabos. Através da magia sexual branca nos convertemos em anjos. Com a magia sexual negra nos convertemos em diabos.
A QUESTÃO DA PERSONALIDADE
Esta questão da personalidade, filha de seu tempo e que morre com seu tempo, é algo digno de nossa atenção. É sobremaneira evidente que se a personalidade se reencarnasse, reencarnar-se-ia o tempo, o que seria um absurdo, porque o tempo é uma curva fechada. Exemplificando: se um homem romano reencarnasse com sua humana personalidade nos tempos atuais numa cidade como Paris, seria algo insuportável e mesmo ridículo; com toda certeza seria tratado como um delinqüente e seria encarcerado, uma vez que seus costumes da velha Roma estariam, de fato, fora de seu tempo. Seriam extemporâneos. O que retorna é, poi, o ego; não a personalidade.
RETORNOS ANIMAIS SUB-HUMANOS
A simbologia de Jesus expulsando os mercadores do templo com o látego na mão corresponde a uma tremenda realidade de morte e de horror. Já dissemos que o eu é pluralizado, o ego, é legião de diabos. Certamente a muitos leitores desagradará esta afirmação, mas esta é a verdade e temos que dizê-la ainda que nos custe muito.
Durante o trabalho com o demônio, durante o trabalho de dissolução do ego, partes do eu, entidades sub-humanas, entidades que possuem parte de nossa consciência e de nossa vida, são eliminadas, lançadas fora do nosso templo interior. Algumas vezes estas entidades retornam em corpos animais. Quantas vezes haverá acontecido que em jardins zoológicos tenhamos nos encontrado com formas desgarradas de nós mesmos, vivendo em corpos animais.Há pessoas tão animalescas que se tirássemos delas tudo o que possuem de animal, realmente não sobraria nada. Essa classe de gente é um caso totalmente perdido. A lei de recorrência terminou para essa gente e a lei de reencarnação também acabou para essa espécie de gente. Pode reencarnar em corpos animais, ou entrar no abismo definitivamente, onde irão se desintegrar lentamente.
VANTAGENS DA RESSURREIÇÃO
Quem renuncia ao nirvana por amor à humanidade pode conservar seu corpo físico durante milhões de anos. Sem ressurreição o adepto ver-se-ia na contingência de ter que mudar de corpo constantemente. E isto seria uma evidente desvantagem. Por meio da ressurreição o adepto não tem necessidade de mudar de corpo, podendo conservar seu veículo por milhões de anos.
O corpo de um Adepto Ressurrecto transforma-se totalmente. A alma metida dentro do corpo transforma-o inteiramente, convertendo-o também em alma, sendo que afinal o adepto é todo alma.
Um corpo ressurrecto tem sua base nos mundos internos. Vive nos mundos internos e só se faz visível no mundo físico por meio da vontade. Assim, um Mestre Ressurrecto pode aparecer e desaparecer instantaneamente onde quiser e ninguém consegue apreendê-lo ou encarcerá-lo. E pode viajar no plano astral para onde desejar.
Para o Adepto Ressurrecto o que há de mais interessante é o grande salto. Quando é chegada a hora o Mestre Ressurrecto pode levar seu corpo para outro planeta, podendo, portanto, o Mestre Ressurrecto viver em outro planeta com seu corpo ressurrecto, e isso representa uma das grandes vantagens.
Todo Adepto Ressurrecto pode fazer visível e tangível as coisas do astral, passando-as para o plano físico, e isso se explica porque o Mestre tem seu assento básico no astral, ainda que possa manifestar-se fisicamente. Cagliostro, o enigmático Conde Cagliostro, depois da sua saída da Bastilha, tendo convidado alguns amigos para um banquete, e lá, em plena festa, invocou a vários gênios falecidos, os quais sentaram-se à mesa ante o espanto geral dos convidados. Em outra ocasião, Cagliostro fez aparecer, como por encanto, uma preciosa baixela de ouro na qual comeram os seus convidados. O poderoso Conde Cagliostro transmutava chumbo em ouro e fazia diamantes puros da melhor qualidade, mediante a vivificação do carbono.
Os poderes de todo Mestre Ressurrecto são uma autêntica vantagem. Um grande amigo, Adepto Ressurrecto que vive atualmente na Grande Tartária, disse-me o seguinte: "Antes de tragar terra a gente é muito estúpido; pensamos que sabemos mas nada sabemos".
Também informou: "Os Mestres caem pelo sexo". E isso nos recorda o conde Zanoni, o qual caiu quando ejaculou o sêmen. Zanoni, que era um mestre ressurreto, enamorou-se de uma artista de Nápoles e caiu. Zanoni morreu na guilhotina durante a Revolução Francesa.
Quem quiser chegar à ressurreição terá que seguir a senda do matrimônio perfeito. Não existe outro caminho. Somente com a magia sexual pode-se chegar à ressurreição. Só com a magia sexual nos libertamos da roda das reencarnações de forma positiva e transcendental.
A PERDA DA ALMA
Em capítulos precedentes já dissemos que o ser humano ainda não encarnou sua alma. Somente com a magia sexual podemos engendrar os veículos internos, os quais, à semelhança das plantas, dormem latentes dentro da dureza do grão, da semente, a qual se encontra depositada no sistema seminal. Só quando o ser humano possui os veículos crísticos pode encarnar sua alma. Quem não trabalha com o grão, quem não pratica magia sexual não consegue fazer germinar seus corpos crísticos. Quem não possui corpos crísticos, tampouco pode encarnar sua alma. Perde sua alma, e em conseqüência, submerge-se no abismo, onde vai se desintegrando lentamente. Jesus, o grande mestre disse: "De que vale o homem ganhar o mundo se vier a perder a sua alma?" Perde sua alma quem não a encarna. Não a encarna quem não tem veículos crísticos. Não tem veículos crísticos quem não trabalha com o grão. Não trabalha com o grão quem não pratica magia sexual. A ressurreição dos mortos só é para os homens com alma.
Realmente os homens com alma são verdadeiramente homens no sentido completo da palavra. Somente os homens verdadeiros podem alcançar a grande ressurreição. Só os homens com alma conseguem suportar as provas funerais do arcano treze. Estas provas são mais espantosas que a própria morte.
Os que não possuem alma são esboços de homens, fantasmas de morte. Isso é tudo. Os veículos dos homens sem alma são veículos de fantasmas, não são os autênticos veículos do fogo. Na realidade, os homens sem alma não são verdadeiros bomens. Atualmente o ser humano é ainda um ser não realizado. Pouquíssimos são aqueles que possuem alma. Em sua grande maioria os seres chamados humanos ainda não tem alma. De que servirá ao homem acumular todas as riquezas do mundo, se vier um dia perder sua alma?
A ressurreição dos mortos só é para os homens com alma. A verdadeira imortalidade é só para os homens com alma.
AMOR E MORTE
Para muitos leitores parecerá estranho o fato de relacionarmos o amor com a morte e a ressurreição. Na mitologia hindu o amor e a morte são as duas faces de u'a mesma deidade. Shiva, o deus da força criadora sexual universal, é, ao mesmo tempo, o deus da morte violenta e da destruição.
A esposa de Shiva tem também duas faces. Ela é Parvati e Kali ao mesmo tempo. Como Parvati é suprema beleza, amor e felicidade. Como Kali ou Durga, pode converter-se em morte, desgraça e amargura.
Shiva e Kali juntos simbolizam a árvore do conhecimento, a árvore da ciência do bem e do mal. O amor e a morte são irmãos gêmeos que nunca se separam. A senda da vida é formada com as pegadas do cavalo da morte.
O erro de muitas escolas e cultos consiste em serem unilaterais. Estudam a morte, mas não querem estudar o amor, quando em realidade estas são as duas faces da deidade.
As inúmeras doutrinas do oriente e do ocidente acreditam realmente conhecer o amor, mas, de fato, não o conhecem. O amor é um fenômeno cósmico, em que toda a história da terra e de suas Raças são simples acidentes.
O amor é a força magnética misteriosa e oculta que o alquimista necessita para fabricar a pedra filosofal e o elixir da longa vida, sem o qual a ressurreição se torna impossível. O amor é uma força que o eu jamais pode subordinar porque Satã jamais pode subjugar a Deus.
Os ignorantes ilustrados estão equivocados a respeito da origem do amor. Os tolos equivocam-se sobre o seu resultado. É estúpida a suposição de que o único objetivo do amor seja a reprodução da espécie, quando, na realidade, o amor desenvolve-se e progride em um plano muito distinto que os porcos do materialismo ignoram totalmente. Só uma força infinitesimal do amor serve para a perpetuação da espécie.
O que se faz com o restante desta força? Aonde vai? Onde se desenvolve? Eis o que ignoram completamente os ignorantes ilustrados. O amor é energia e como tal não se perde; o excedente desta energia tem outros usos e finalidades que as pessoas ignoram. A energia excedente do amor está intimamente relacionada com o pensamento, com o sentimento e com a vontade. Sem a energia sexual não poderiam se desenvolver essas faculdades. A energia criadora transforma-se em beleza, pensamentos, sentimentos, harmonia, poesia, arte, sabedoria, etc. A suprema transformação da energia criadora dá como resultado o despertar da consciência, a morte e a ressurreição do iniciado.
Realmente toda a atividade criadora da humanidade resulta da força maravilhosa do amor. O amor é a força maravilhosa que desperta os poderes místicos do homem. Sem o amor, a ressurreição dos mortos torna-se impossível.
É de suma urgência abrir novamente os templos do amor a fim de celebrar de novo as festas místicas do amor. A serpente de fogo somente desperta com os encantos do amor. Se quisermos a ressurreição dos mortos, necessitamos primeiramente ser devorados pela serpente. Nada vale quem não foi tragado pela serpente. Se quisermos que o Verbo se faça carne em nós, necessitamos praticar magia sexual intensamente. O verbo está no sexo. O lingam-yoni é a base de todo poder.
Precisamos primeiro levantar a serpente sobre a vara e depois ser tragados pela serpente. Desse modo nos convertemos em serpentes. Na Índia os adeptos são chamados nagas, serpentes. Em Teotihuacan, México, existe o templo maravilhoso das serpentes. Só as serpentes de fogo podem ressuscitar dentre os mortos.
Um habitante do mundo bidimensional, com sua psicologia bidimensional, creria que todos os fenômenos ocorridos em seu plano teriam ali sua causa e o seu efeito, seu nascimento e sua morte. Os fenômenos semelhantes seriam, para esses seres, idênticos. Todos os fenômenos que viessem da terceira dimensão seriam tomados, por esses seres bidimensionais, como fatos únicos de seu mundo bidimensional e não aceitariam sequer que se lhes falasse de uma terceira dimensão porque para eles só existe seu mundo plano (bidimensional). No entanto, se esses seres planos resolvessem abandonar sua psicologia bidimensional para compreender a fundo as causas de todos os fenômenos de seu mundo, poderiam, então, sair dele e descobrir com assombro um grande mundo desconhecido: o mundo tridimensional.
O mesmo sucede com a questão do amor. Em geral as pessoas acreditam que o amor é para perpetuar a espécie. As pessoas acreditam que o amor é vulgar, é prazer carnal, desejo violento, satisfação, etc.
Só aquele que é capaz de ver além das paixões animais, só aquele que renuncia a esse tipo de psicologia animal, pode descobrir em outros mundos e dimensões a grandeza e a majestade disso que se chama amor.
A humanidade dorme profundamente. A gente vive adormecida e sonha com o amor, porém não despertou para o amor. A gente canta ao amor, e crê que o amor seja isso com que sonha.
Quando o homem desperta para o amor, fazendo-se consciente do amor, então reconhece que estava sonhando. Então, somente então, descobre o verdadeiro significado do amor. Descobre, então, o que é isso no qual sonhava. Somente então virá a saber o que é isso que se chama amor.
Esse despertar é semelhante ao do homem que, estando em corpo astral, fora de seu corpo físico, vem a ter quando desperta a consciência. A gente no astral anda sonhando. Quando alguém verifica que está sonhando, diz: "Isso é um sonho! Estou sonhando, estou em corpo astral, estou fora do corpo físico", o sonho desaparece como por encanto, e então o indivíduo fica desperto no mundo astral. Um mundo novo e maravilhoso surge ante aquele que antes estava sonhando, pois sua consciência despertou. Agora pode conhecer todas as maravilhas da natureza.
Assim é também o despertar do amor. Antes desse despertar, sonhamos com o amor. Tomamos esses sonhos como realidade, e acreditamos mesmo que estamos amando, vivemos num mundo de paixões e de romances às vezes deliciosos, de desilusões, de vãos juramentos, de desejos carnais, de ciúmes, etc. e acreditamos que isso seja amor. Estamos sonhando e, no entanto, não o percebemos.
A ressurreição dos mortos é impossível sem o amor, porque o amor e a morte são as duas faces de uma mesma deidade. É necessário despertar o amor para lograr a ressurreição. É mister renunciar à nossa psicologia tridimensional e aos fatos grosseiros para descobrir o significado do amor nas quarta, quinta e sexta dimensões.
O amor vem das dimensões superiores. Quem não renunciar à sua psicologia tridimensional, jamais descobrirá o verdadeiro significado do amor, porque o amor não tem a sua origem no mundo tridimensional. O ser bidimensional, se não renunciasse à sua psicologia bidimensional, acreditaria apenas que a única realidade do universo seriam as linhas, as mudanças de cor, das linhas de um plano, etc.
Um ser bidimensional ignoraria que as linhas e a mudança de cor em certas linhas poderiam ser o resultado do girar de uma roda de raios multicoloridos, talvez uma carruagem. O ser bidimensional ignoraria a existência de tal carruagem e, com sua psicologia bidimensional, não creria em tal carruagem, e só acreditaria nas linhas e nas mudanças de cores vistas em seu mundo, sem saber que estas são unicamente efeitos de causas superiores.
Assim são também aqueles que acreditam que o amor seja unicamente deste mundo tridimensional e que só aceitam os fatos grosseiros como o único e verdadeiro significado do amor. Pessoas assim não podem descobrir o significado do verdadeiro amor. Gente assim não pode ser devorada pela serpente de fogo, e tampouco pode ressuscitar dentre os mortos.
Todos os poetas, todos os namorados cantaram o amor, porém ninguém sabe realmente o que é isso que se chama amor. As pessoas só sonham com isso que se chama amor. As pessoas não despertaram o amor.